03/11/2015
O que você vai ler mais a frente pode ser resumindo em "faça menos, de maneira mais simples e mais assertiva". Um dos grandes problemas da escola integral é o estresse dos funcionários e das crianças devido ao longo tempo em que estarão na escola. Também a armadilha em que pode cair por juntar enorme quantidade de ações, problemas, conteúdos, tudo ao mesmo tempo. Assim, simplifique.
Oficina em escola integral é mais informal, com espaços mais livres, crianças mais à vontade, sem a cobrança e pressão, com ambientes alegres e motivadores. Registros mais simples e concretos.
E a rotina da escola integral?
Em escolas que mudaram para atendimento integral houve um aumento acentuado de agitação entre as crianças e entre os funcionários.
Antes de qualquer coisa precisa-se fazer um diagnostico para saber por que as crianças estão agitadas. A estrutura e organização da escola integral, poderá produzir mais ou menos agitação..
Só o fato de as crianças ficarem o dia inteiro na escola já as tornam agitadas. Aula de dança agita, música alta agita, outros setores como salas de aulas assim como salas da administração sentem agitação e em alguns momentos irritação. Aulas agitadas seguidas de aulas silenciosas sem um momento de transição é pedir demais para os alunos. Com muitas atividades sem pausa, a correria pode agitar e estressar professores, alunos e até setor administrativo. Alunos estão suados e cheios de adrenalina o tempo todo, especialmente depois do almoço.
A importância de registros diversos
Na vida, sempre que temos muitas coisas para fazer, precisamos aprender a resolver os problemas de maneira objetiva e rápida, sem perder tempo com pessoas falando em devaneios. Existem boas estratégias para otimizar o tempo.
Sempre avaliar eventos após os mesmos, qualquer que seja, é preciso, sejam reuniões na SEMED, reuniões com professores, merendeiras, etc.
Analisar “quem” quer dominar, quem fala muito, quem fala pouco, quem contribui com ideias mas depois não faz, quem quer fazer 'de qualquer jeito', etc. Na próxima reunião, controla-se o tempo da fala conforme características de cada um. Por exemplo, professor(a) que fica pouco na escola, pode ter boas ideias mas não conhece muito da rotina, professoras mais tímidas ficam em silêncio, e há professoras que querem falar o tempo todo. Professores mais antigos precisam ser ouvidos em razão da experiência, mas devem contribuir com ideias novas, professores novos precisam considerar a experiência de outros mas devem ser incentivados a contribuir com ideias dinâmicas. Precisa-se administrar o tempo da fala de alguns e incentivar conscientemente outros, determinar se faremos poucas coisas bem feitas ou se é necessário correr e assumir responsabilidade de fazer mal feito. Ser simples e objetivo sempre é o melhor caminho. Professores que falam com mais intensidade passam a ideia errada de que representa todos os demais, por isto sempre é produtivo perguntar um a um se concordam com o que foi dito.
Assim, fala-se o que é estritamente necessário para resolução dos problemas.
Como diz Leandro Karnal, -"Eu atravessei a cidade de São Paulo, enfrentando transito intenso, para saber depois de uma hora de reunião que o assunto poderia ser resolvido em poucas frases num e-mail".
Avaliações antecipadas assim como após eventos ajudam muitíssimo.
Como exemplo de eventos poderíamos citar declamação de poesias. Precisa-se ter uma pauta anterior para ticar as tarefas e checar se tudo está bem preparado. Pega-se o registro do ano passado para averiguar o que foi bem e o que foi mal.
Crianças mal treinadas?
Mesma poesia para todos da categoria?
Crianças mal preparadas? (se declamassem para outra turma ficariam mais confiantes na frente de outros).
Começaram a fala antes, perdeu-se muitos inícios? Deve-se dar o sim para a criança começar a falar e orientar para esperar antes de sair.
As crianças devem estar separadas antes junto com as preparadoras, que devem dar os últimos lembretes, um pouco antes da apresentação, sem bronca, amorosamente (fale bem alto, fale devagar, fique mais no meio do palco, levante as mãos, tire as mãos do bolso, vai dar tudo certo, etc)
Necessário uso dos microfones? Treinar dias antes com microfones.
Quem preside o evento precisa fazer tudo lentamente, sem correria. Isto é possível se for objetivo. Elogiar todos, sempre após cada apresentação. No final elogiar professores que os prepararam.
O diretor poderia solicitar a um profissional da escola para presidir o evento? Alguém que seja mais tranquilo, animado, que goste de poesia, assim o diretor poderá cuidar de outras coisas, como receber visitantes. Outro profissional poderia ser convidado para certificar-se de que tudo está como planejado, auxiliando com papeis, ou averiguar se todos os declamantes estão presentes.
- Não dar bronca, é uma ocasião alegre. As crianças podem fazer bagunça sim, é uma festa. (Sugestão: Deixar uma pessoa com uma mãozinha na mão. Durante a apresentação levanta a mão indicando como combinado que deve haver silêncio. Acabando a apresentação, a pessoa abaixa a mão – poderia ficar em pé para deixar mais claro a diferença – e bate palma, faz bagunça. Todos saberão que quando ela sentar, todos devem ficar quietos. As crianças ficam esperando pela ocasião e farão mais facilmente silêncio sem bronca. Orientar os professores para não dar bronca na ocasião. Não dar bronca em “todos”, por causa de alguns, e se for realmente necessário, levar a criança para outro recinto e aconselhar a mesma.
Leia: "A PROPOSTA PEDAGÓGICA DE LORIS MALAGUZZI: REGISTROS
NO COTIDIANO DA EDUCAÇÃO INFANTIL"
Leia também:
VAI DECLAMAR? COMO ENSAIAR
Assim é para tudo, e só é possível se houver devidos registros pós-eventos para que na próxima, ao usar destes registros, o evento progrida com menos tarefas, menos problemas de última hora, cada um sabendo exatamente o que fazer e o que vai acontecer.
Analisar após cada reunião cada evento, se foi atingido o objetivo e ao decidir qualquer coisa, não fugir do foco é essencial.
Corrigindo situações
“A roda de discussão é uma metodologia praticamente universal nos projetos analisados.
Alguns iniciam todos os dias de trabalho com uma roda de aquecimento, onde se discute como cada um está, os fatos mais importantes do momento e o que será feito no dia, e terminam as atividades igualmente em roda, avaliando o que foi feito no período e deliberando sobre os próximos passos. Problemas de disciplina frequentemente são trabalhados em discussões coletivas”. http://www.unicef.org/brazil/pt/midia_escola.pdf
Devido ao estresse que crianças agitadas normalmente causam, talvez precise-se colocar na roda de discussão a razão de gritos da parte de profissionais com as crianças.
Sempre fica como se as crianças fossem culpadas e que os professores “precisam fazer isto mesmo”. Mas precisa-se haver um ambiente no mínimo educado em todos os procedimentos, afinal estamos no lugar mais apropriado para se manifestar verdadeira “educação”. http://vivendosoilusao.blogspot.com.br/2015/07/educando-com-berros-resolve-mesmo.html
Considere ler a matéria:
EDUCANDO COM BERROS - RESOLVE MESMO
Também, veja a primeira parte desta matéria sobre como podem ser as oficinas da Escola Integral, com leveza, gentileza e compreensão, sem estresse nem pressão.
Houve uma ocasião em uma Velha Escola que dois professores, ao levantarem colchonetes, puxaram "de brincadeira" com um pouco mais de força um que estava mais abaixo da pilha e, ao encostar num armário com copos, derrubaram o armário e quebraram alguns copos. Embora a sala estivesse cheia de professores em hora do café, ninguém deu bronca, mas riram do acontecido. Nenhum deles foi levado à direção. Não se chamou os pais, sequer bilhetes para que os pais "tomassem providências" foram enviados.
Uma semana depois, dois alunos brincavam, um tropeçou e com o cotovelo quebrou um vidro pequeno da janela. Adivinhe o que aconteceu.
Então a leveza, gentileza e compreensão protegem os profissionais do estresse, de ter que "matar um leão por dia" como alguns se expressam de vez em quando. Não precisam matar leões, mas amansar gatos apenas.
O Conselho de Classe
Lembramos que também há uma "roda de discussão" quando acontece o Conselho de Classe, se é que as oficinas precisarão disto.
"O grupo reúne-se e então os Professores sentem-se livres para manifestarem-se sobre os alunos. Os diálogos versam sempre sobre o comportamento e problemas de indisciplina do aluno, tendo seu desempenho e sucessos desconsiderados. São diálogos entrecortados de comentários, opiniões, juízos de valor, julgamentos, preconceitos e achismos. Onde todos buscam o apoio e anuência uns dos outros como que para validar as afirmações feitas.
Muitas vezes o fracasso do aluno é atribuído a causas psicológicas e então são emitidos juízos de valor baseados no senso comum e não em laudos diagnósticos ou fonte segura que o ampare. Ao invés de avaliar o processo de aprendizagem, a interação pedagógica, e a eficiência da prática pedagógica do professor, o Conselho presta-se apenas para apontar e julgar comportamentos do aluno.
Neste modelo de Conselho de Classe, nada de fato é discutido e de fato nada é solucionado. Todos desabafam, todos discorrem livremente suas angústias, alguns nem falam pois não são apoiados nas suas colocações, então tudo fica na mesma. Conselho é composto de pessoas, e estas exercerão o papel de Conselheiros, que terão o objetivo de ponderar, aconselhar, orientar, propor, discernir as melhores intervenções e soluções para uma determinada questão.
Assim, é correto afirmar que quem aconselha deve ser uma pessoa prudente, ter bom senso, discernimento, domínio próprio, autoridade e notório saber na questão consultada. Desta forma fica claro que ninguém consultará a vizinha sobre um investimento na Bolsa de Valores, ou a Merendeira se um aluno necessita de tratamento Psiquiátrico. É preciso ter competência e conhecimento da questão para emitir declarações.
Daí a importância da Educação Continuada, pois , especialmente no nosso caso, enquanto Educadores, não podemos resvalar no senso comum, achismo é coisa de gente que não está preparada devidamente para argumentar. Devemos ter bases sólidas e seguras, não apenas na nossa área de atuação, mas dentro do possível estarmos atualizados sobre o que ocorre em áreas correlacionadas a nossa. Buscar o conhecimento tem de ser um estilo de vida, e não apenas a busca de um certificado.
Fiz esse recorte para que você compreenda que um Conselho é composto de pessoas, e estas exercerão o papel de Conselheiros, que terão o objetivo de ponderar, aconselhar, orientar, propor, discernir as melhores intervenções e soluções para uma determinada questão". Como Fazer o Conselho de Classe (http://www.sosprofessor.com.br/blog/como-fazer-o-conselho-de-classe/)
Se uma oficina tem por meta deixar os alunos investigarem, se autoconhecerem, navegarem pelo ambiente proposto pelo professor, não há que se falar em fracasso nas avaliações ou coisas assim. Mas talvez se tenha que considerar no Conselho de Classe ideias para aprimorar a oficina em relação a determinado aluno, as intervenções do professor, as intervenções do orientador (ou coordenador) para que sejam otimizadas, personalizadas e motivacionais em relação ao aluno e em último caso a possibilidade de trocá-lo de oficina para outra em que ele se desenvolva melhor, o que é normal neste tipo de escola. Se houver algum conflito no relacionamento entre as crianças, o orientador aproveitará a oportunidade para orientá-los e poderá ajudá-los a "se resolverem", não necessariamente resolver por eles. O aluno em geral nunca será o problema, alguma coisa na oficina em si, ou na condução adulta pode ser e deverá facilmente ser sanada.
Aproveito para descrever uma estratégia usada em algum centro educacional. Em ambientes em que as crianças estão um pouco mais tensas, ou que tem algum indivíduo mais agitado por natureza, às vezes com algum problema familiar ou de relacionamento, ou mesmo alguma dificuldade emocional, as crianças recebem uma bola de acrílico chamada Globo de Neve.
A professora pede que retirem do bolso e agitem. Depois que permaneçam com o braço direito com a bola semi esticado, e a mão esquerda junto ao peito e ao coração enquanto os flocos de neve caem e "se acalmam" ao solo dentro do globo. A criança é orientada a observar seu "coração" que vai se acalmando junto com a neve (poderá agitá-los novamente até o coração acompanhar a calmaria). A criança mantém seu cérebro ocupado e vai de fato se acalmando. Com o tempo, ela aprende a "sentir" quando sangue está subindo e ficando nervoso para "domar", dominar o nervosismo, também, a respirar fundo até a calma chegar. Até para os adulto é uma boa estratégia.
Eventos eficazes
Para eventos e festas, o responsável pelo mesmo precisa antes deste, olhar de perto como ficaram os ensaios em tempo para corrigir o que for necessário e possível. Tudo isto é possível se houver avaliação pós reunião e pós evento por escrito e revisão pré reunião. Relatório de ano anterior ajudará, e relatório final servirá no futuro.
Trabalhando em conjunto
Sempre que acontecem coisas fora da regra no cotidiano, imediatamente registrar num livro pessoal (aqui não se refere ao livro 'oficial' de registros), para quando tratar do assunto, este seja claro na mente, e ao se reunir com o Conselho Escolar, mostrar o acontecido com clareza e de maneira irrefutável. Nós precisamos desenvolver táticas que sejam “imbatíveis” quando se trata do errado, com clareza, gentileza, assim como boa base (literatura).
- “Entra ano e sai ano, ao olhar a tarjeta de notas a situação é a mesma, muitos alunos que não aprendem, alunos que precisam de ajuda"?
- "Os professores continuam dando as aulas como se nada estivesse acontecendo, e acabam recorrendo à Coordenação para que o problema seja resolvido"?
Afinal quando o aluno não consegue ou não “quer” fazer a lição o mesmo é retirado da sala e enviado para a Coordenação. Já viu esta estória antes? Pois é, o que está faltando para o Coordenador são as ferramentas para orientar os Professores e também para acompanhar o processo de aprendizagem de todos os alunos. Como fazer? ”.
Numa Escola Integral, referindo especificamente às oficinas da Nova Escola, não existem estas possibilidades, pois o aluno sempre "quer" fazer a lição. Não existem notas de provas, nem recuperação a cobrar, mas existem registros dos professores e do coordenador em que se deve observar o progresso individual a fim de elogiá-los e motivá-los. Não existem alunos com "pouco aproveitamento". Qualquer problema com determinado aluno, é a oficina e o profissional quem irá se adaptar às necessidades do aprendiz.
Se o aluno for "enviado a Direção", as ajudas propostas pela Nova Escola são bastante diferentes da escola regular. Comentaremos mais adiante sobre o assunto.
Escola agitada, reuniões monótonas?
Se houver aconselhamento aos profissionais é preciso se preparar. É possível usar filmes, usar textos de especialistas sérios no assunto. Deve-se dar sempre tempo para que cada um exponha sua situação. Mas não fazer dinâmicas infantis em que se gasta muito tempo apenas para no final 'supostamente' aprenderem uma lição tão corriqueira que seria muito mais eficaz se fosse conversado com franqueza e objetivamente. Ao usar vídeos, que sejam de profissionais sérios, não vídeos infantis com "musicas" emocionais. Estes terão sua serventia em outras ocasiões mais informais.
Mas jamais use para impor a tua ideia, obrigar outros a engolir o tua maneira de pensar nem para dar "indiretas". A franqueza, assim como ouvir outra parte é o mais justo.
Passa-se um filme para todos assistir. Comenta-se as dificuldades e deixa-se que cada um dê sua opinião. Opiniões errôneas, antigas, ruins, devem ser rebatidas com base no livro ou filme. A ideia é “mudar” a escola, não ficar se justificando ou culpando crianças, mas francamente discutir 'como' ajustar a escola com as ideias apresentadas por escolas bem sucedidas e conselhos de estudiosos do assunto. Mas não é para 'copiar' e sim usar como exemplo. Poder-se-ia sugerir que cada participante lesse um livro diferente sobre as estratégias de pensadores, pedagogias de idealizadores, e depois passasse para outros as partes que mais gostaram.
O “achismo” é uma praga que assola a eficácia.
Por que não são passados vídeos nas reuniões pedagógicas de escolas com estratégias bem sucedidas ?
A autora e professora de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vem desenvolvendo estudos bem aprofundados sobre como lidar com conflitos na escola. Na verdade, os estudos expõem nossas maneiras de resolver conflitos como sendo arcaicos e totalmente ineficazes. Por quê? Como deveríamos proceder?
Tenha curiosidade de assistir só um vídeo e tua vida como professor e ou mudará muito.
Estratégias bem sucedidas são expostos de maneira simples e lógica.
Segue links:
Programa “Otimização através da contenção de tempo gasto”
Muitas atividades precisam sempre de simplificações. Tempo é tudo.
Por exemplo, nas decisões do Conselho Escola e da APP em que houver ações, precisa-se discutir mais e ver se temos apoio e participação dos pais. Muitas vezes pais decidem o que fazer, basta levantar a mão e dizer "sim, vamos fazer", mas é a escola que fará, às vezes a duras penas.
Temos que “otimizar” a quantidade de trabalho na escola. Por exemplo, se uma profissional gasta muitas horas fazendo mural, fazer mais simples e de maneira menos trabalhosa. Simples, objetivo e bonito.
"Otimizar" significa também se livrar de muitas tarefas que a escola faz mas que não faz parte dela mesma, como bazares, noite dos pasteis, rifas, deixando estas para APP e Associação de moradores. A escola assumiu tantos 'deveres', comemorações, dia da diretora, dia das mães, dia dos funcionários, etc. E mesmo aqueles eventos que fazem parte do currículo podem ser "otimizados", feitos de maneira mais simples e mais fáceis para crianças assimilarem sem dar tanto trabalho para os profissionais envolvidos.
Presentes para os pais, por exemplo, nos anos iniciais, podem ser com escritas mal feitas, desenhos infantis, laços mal colados, elas vão se regozijar. Apresentações de danças com erros de andamento, de posicionamento, serão um presente igualmente maravilhoso para os pais se alegrarem e filmarem para posteridade.
Então, por que nós, professores, estamos tão estressados? Enfim aquela criança não consegue "acertar o passo da dança" como eu quero, ou passar o lápis de cor "dentro da linha do desenho" como eu acho que ficará bonito!
Queremos que as crianças aprendam "tudo certinho" como nossas cabeças adultas, experimentadas sabem, mas isto não é necessário nem possível para a visão de mundo da criança. Como ela reage à morte dum pai, ou a um acidente de automóvel, ou a separação de pais, ou a um desenho animado tão inútil e aparentemente mal feito é inalcançável para nós adultos. O professor coloca um filme achando que seus alunos vão aprender lições valiosas dele, desconhece que não aprenderão nada do que programou. Se ele falasse de maneira simples, seria entendido facilmente.
Ainda otimizando o tempo
As reuniões de diretores e funcionários, fora da escola, são todas realmente importantes, justificando a ausência nas atividades importantes na escola? São muitas reuniões, cada vez passa-se um período inteiro fora da escola. E quando são assuntos importantes, espera-se que na volta, quem lá esteve, repasse as informações pertinentes aos demais da escola.
Pensar mais, discutir mais, dar tempo para, antes de tomar decisões transforma uma escola ultrapassada que só repete automaticamente o que se faz por anos. Reuniões regulares são um procedimento adotado em todo o mundo porque funciona. Mais pessoas participam da tomada da decisão, consequentemente mais assumem responsabilidades compartilhadas de fazer acontecer. Inclusive, criam olhares mais críticos, aprendendo a “ver” problemas e já “imaginar possíveis soluções”. Em assuntos mais urgentes, sempre que possível, expor o problema num horário, deixar em pé o assunto para colher as ideias no próximo horário. Reuniões ultra rápidas, cheias de achismo momentâneo, sem tempo para pesquisar todos os fatos e literatura ou internet, só pode levar ao arrependimento e desastre. Há coisas que não se pode sair resolvendo na hora, para ver “se” vai dar certo ou não depois.
Parece contraditório, mas precisa-se conversar mais em menos tempo, todavia, com mais qualidade e objetividade. Por isto a necessidade de fundamentação em que se basear decisões e o monitoramento na resolução para que os mesmos problemas não fiquem se repetindo.
Mas não dá para ficar fazendo reuniões o tempo todo. A questão é que problemas se arrastam ou ficam nas costas da direção corrigi-los. Muitas vezes são repetições de problemas recorrentes que nunca são de fato "resolvidos". Um dia tem que se parar e resolver de maneira eficaz.
A velha escola encheu-se de tantos detalhes inúteis, tantos papéis, tantos programas, tantos "controles" de aproveitamento de alunos, tantas atividades para os professores, registros, comprovações de tantas coisas, que o objetivo simples dela foge: ensino simples, sem pressão, de qualidade.
As oficinas tem como características a leveza, a ausência de imposição e comprovação do aprendizado, a gentileza e compreensão do ser que é o cliente VIP: a criança.
Voltando às reuniões
E agora não se poderia esquecer de citar uma das coisas mais importantes:
Toda pauta de qualquer reunião deveria passar por todos os que participarem dela alguns dias antes para que sugiram pontos novos ou contribuam com pontos de vista, bem estudados antes, sobre assuntos já constantes dela.
Quando isto não acontece, os participantes ficam alienados antes, durante e depois da reunião. Mas o mais grave ainda é que durante a reunião participantes contribuam com "achismo" que na hora parece ser lógico mas que mostram ser desastrosos uma vez que não se prepararam adequadamente.
E finalmente há a questão de aquele que prepara a ata parecer que ele é o que sabe tudo, que determina os assuntos e o tempo de exposição.
Brain Storm
O que é o Brain Storm?
“Escreve-se problema num papel grande e deixa “o tempo necessário” para que pessoas escrevam ideias ao seu redor para serem mais tarde avaliadas e executadas, a melhor delas ou a soma delas."
Tire tempo para “passear” pela escola", observe cada detalhe, não saia corrigindo, anote num caderno, prepare-se para conversar com base, com tempo. Seja um bom observador. Observe bulling, observe a menina que não larga do menino, observe quem é líder do mal e se safa, quem é só seguidor e que é pego sempre, quem tem problemas em casa e está cabisbaixo, quem está sendo rejeitado, qual a professora encarnou e rotulou aluno e fala para outros na sala de professores, quem gosta de abraçar, quem está carente.
Leia: EDUQUE COM EDUCAÇÃO
-"Ah, mas você não imagina a correria que é na escola, se não resolver na hora, se não der um grito, se não mandar para a diretoria, a coisa desanda".
Aqui está a diferença entre eficiência e eficácia.
Eficiência– sai corrigindo, dando bronca, resolve na hora, outro dia acontece outra vez, ano inteiro a história se repete.
Eficácia– fica em silêncio, prepara fala, literatura se preciso, prepara ocasião formal, absorve pontos de vista de outros profissionais sobre o assunto, não critica todos por causa de alguns (esta turma hoje está impossível), ensina e educa. Pode se usar até projetos, teatro, vídeos para "educar". Fala uma vez, repete alguns dias depois (não muitos dias depois). Tantas vezes até que assunto se resolva. A coisa muda, devagar, mas muda.
Parece que 'toda vez' que tem um evento na escola, os profissionais têm que ficar dando sermão, cutucando bagunceiros, mandando parar de falar, ameaçando, e lá na frente a diretora falando que "vocês não aprendem, tem alguns aqui que não entenderam, vão ter uma conversa mais de perto depois, será que vou ter que chamar os pais"? Uma ocasião de alegria vira uma sucessão interminável de broncas.
Qual é preocupação de nossa escola com a criança?
Professores terão mais dificuldade em lidar com a agitação duma escola integral especialmente em alguns momentos críticos. Precisa-se de conversas positivas, estratégias boas, métodos coletivos para que todos falem a mesma língua.
-Se professores conseguirem ter domínio, as crianças não serão trazidas para diretoria.
"Casos de indisciplina que possam ser solucionados pelo próprio professor, devem ser evitados de serem levados à Equipe Pedagógica sob o risco do professor perder sua autoridade. Somente casos relevantes, devem ser encaminhados . . .(Sanções Disciplinares e Legislação)
-Na diretoria, esta correção poderia ser muito mais rápida. Se você falar durante 3 minutos ou ficar repetindo durante 20 minutos o resultado é igual, ou pior. Quanto mais tempo fora da sala, mais o aluno perde. Se o profissional ficar exaltado(a) e estressado, seu coração sofre, vem o atestado, se aposenta doente, dorme mal, acaba com a saúde, assim, não tem porque ficar fora de si, descontrolado.
Na verdade, se a criança não violou nenhuma regra do regimento que foi bem elaborado, e é conhecido de todos, especialmente da criança, ela pode ficar alguns minutos ali e ser devolvida a sala em seguida.
Se ela desrespeitou alguma regra, é só aplicar o que se ajustou no próprio regimento, seja uma conversa sobre assunto (não sobre o ser, a criança, se ela é bagunceira, ou rebelde, mas sobre sua ação em desrespeito ao regimento específico), seja uma advertência ou o que estiver lá no regimento. Ninguém precisa se estressar. Nem se precisa ouvir vozes mais intensas, pois este tipo de conversa será em tom baixo e sério. Não será a altura da voz, ou sua agressividade para "meter medo", ou sua cara feia e desaprovativa, que deverá corrigir o aluno.
Simples assim, depois de poucos minutos, gentilmente combina com aluno, numa boa:
- “agora vou devolver “você” (porque a repreensão amorosa “deveria” ser um a um, e jamais em conjunto) à sala e vou ver como você se comporta, vou voltar daqui a 5 minutos para ver seu comportamento (uma ou duas vezes)”.
Autoridade
com tranquilidade
-
“Mas já foi conversado várias vezes com aluno”. Mire no exemplo
do juiz, ele tem autoridade para aplicar sanções e disciplina. Como
fazem os juízes? Levantam da cadeira e esbravejam, dão bronca,
gritam, xingam, ameaçam? Pelo contrário, falam baixo, mandam
prender, pronunciam condenação, etc. Pais e professores também têm
autoridade. Na verdade o esbravejar não melhora em nada a situação.
Quando notarmos que a sala está barulhenta, ou nos corredores tem muita agitação, tire um tempinho e fique olhando, isto será preventivo. Mas, caso veja alguma atitude reprovável, não saia gritando e corrigindo. Espera, observa, obtenha os fatos e depois calmamente e com certeza de todos os fatos chama só aquela criança, raciocina com a criança, diz que a observou e que é melhor ela cuidar melhor de seu comportamento (sem elevar a voz, sem ameaçar de chamar pais, polícia, ou CT); também, elimine o senão (ameaça), diga simplesmente para a criança parar, raciocine o porquê, e só. Mostre o princípio da regra que ela está desrespeitando, cite o princípio que consta junto a regra no regimento.
A criança deve se sentir segura de ter adulto observando, não acoada, nem ameaçada. Ela não deve pensar que se um adulto não estiver vendo, ela pode aprontar, mas ela deve sentir que na escola 'ela é' observada, o tempo todo. Um dia destes, uma professora trouxe um menino que dizia que outros batiam nele e ele só reagiu, a professora respondeu: “Como é que eu não vi nada, eu só vi você brigando, pare de mentir”. Na verdade outro funcionário da escola tinha visto o que realmente aconteceu e, neste caso, o aluno falava verdade. O observar lhes dará um senso de segurança.
Se estiver sofrendo bullying, contará e confiará na sua proteção.
No caso, a "aprontar", se refere a burlar as regras do regimento, que é econômico em número de regras, em que há vários níveis de gravidade e providências.
Considere ler um resumo do livro "VIGIAR E PUNIR" de MICHEL FOUCALT
-"Ah, mas tem alguns casos mais complexos de indisciplina". Estes casos são resolvidos seguindo o regimento escolar e é o Conselho Escolar quem resolve.
Normalmente os Regimentos Escolares deixam bem claro
DO CORPO DISCENTE
DOS DEVERES
- Manter atitudes de respeito e atenção para com os membros da Direção, Coordenadores, Professores, Funcionários e colegas;
DOS DIREITOS
- Ser tratado com respeito e atenção pela Direção, Coordenadores, Professores e Funcionários do Estabelecimento;
Considere ler o artigo "Construindo Autonomia Moral na Escola" com considerações sobre os princípios das regras escolares, como construir o regimento, tipos de punições, etc. Notará que pode haver em sua escola muitas regras sem um "princípio" ou porquê da existência dela, regras tolas às vezes, outras se confundem em gravidade com outras de cunho moral, enfim, tudo sobre regramento equilibrado.
Os pais próximos
O Regimento Escolar deve ser construído a partir de uma ampla discussão com toda a comunidade escolar, em especial junto aos pais dos alunos, para que além de respeitar as normas acima referidas, eles, tendo conhecimento delas, ajudem os educadores a assegurá-las, visando ao pleno desenvolvimento dos educandos, respeitando os direitos de todos, e preparando-os para o exercício da cidadania.
O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê em seu artigo 53, parágrafo único. ”É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.”(Sanções Disciplinares e Legislação)
A agitação é normal em crianças
Vi um professor que deixava todos em silencio por dez ou quinze minutos, até todos se acalmarem. Especialmente na transição de aulas com níveis opostos de agitação. Se achar que se perde tempo assim, pense em como fica se ficam agitados durante a aula inteira apesar dos clamores do professor.
Também, pode-se treiná-los sobre problemas recorrentes, por exemplo, como lidar com a fofoca. Acha que quando uma criança vem fofocar a melhor maneira é criticá-la momentaneamente e dar uma bronca – isto não funciona!! Eficiência talvez, mas eficácia. Pode se conversar de vez em quando (ou sempre) os porquês de não ficar fofocando e sobre como lidar quando outros fazem isto. Lembre-se que se proibir de fofocar, noutro dia talvez precise que contem algo que deveria saber e haverá contradição.
As crianças saudáveis são alegres e agitadas. Correm sem parar, falam bastante e quando juntas falam alto.
Por isto não haveria necessidades de adultos todo tempo ficarem censurando-as para fazer diferente. Tolerância zero!
Mas se houver crianças muito quietas, falando menos que o costumeiro, então é de se preocupar.
Imagine um adulto que volta da academia, ou dum show maravilhoso, um acaba de receber uma noticias super legal. A gente não se contém, dá gargalhadas, nossa adrenalina está a mil, falamos alto, descontroladamente, queremos compartilhar o contentamento. De repente surge alguém e nos manda "ficar em silêncio, "imediatamente". Tolerância zero, corta nosso barato! Mas a adrenalina está ali, em nossas veias, nossos cérebros, simplesmente não dá para ficarmos calados mesmo que nos esforcemos.
As crianças são feitas do mesmo material que nós, mesmos hormônios, mesmas sinapses, mesmos olhares, aliás são tão humanos! Às vezes nos esquecemos disto!
Leia: POR QUE ALUNOS FALAM TÃO ALTO QUANDO ESTÃO AJUNTADOS?
Mas como na vida precisa-se de limites, podemos apelar para boas estratégias:
Muitas escolas adotaram estratégias como sinais, cores, formas, para sinalizar momentos de silêncio, de conversar, etc.
Brainstorm em painéis aos olhos de todos
Muitas escolas adotaram sinais para problemas de gestão escolar. Por exemplo, depois de conversar sobre algum problema com funcionários, espera-se sugestões, senta-se, decide-se o que poderia ser feito. Escreve-se o problema num painel, a solução ou soluções. Ao lado de cada solução colocar um quadradinho e neste, começa com vermelho, conforme vai se resolvendo ele vai em direção ao azul ou volta ao vermelho quando piora. Isto se refere a problemas do tipo: falta de apoio dos pais, falta de apoio dos professores em eventos, programas deficientes da escola, biblioteca, ATE, espaço físico inadequado para oficina, berros na escola, partes quebradas no prédio (fitas de proteção nas rampas, sistema elétrico, ventiladores estragados, mofo nas paredes, etc) problemas com esquecimento de chaves das portas das salas (ou de se fechar janelas). O bom é que todos são lembrados ao verem o painel e acompanham o desenrolar até a solução, sem constrangimento ou desconforto, sem ninguém se sentir inadequado.

Veja como a EMEF COQUEIRAL se organizou, e participam professores, funcionários e pais. Após considerações, "análise e diagnóstico" pelo Conselho escolar, eles fazem um relatório abaixo de cada "indicador" e colocam a cor devida. Depois entra um relatório das "sugestões" de soluções. Conforme estas progridem, pode-se mudar de cor assim como pode-se voltar a cor se o problema voltar:
DIMENSÃO 3 - AVALIAÇÃO:
Indicador 1 - Monitoramento e Registro do Processo de Aprendizagem dos Alunos - Cor atribuída:
Indicador 2 - Mecanismos de Avaliação do Aluno - Cor atribuída:
Indicador 3 - Participação dos Alunos na Avaliação de sua Aprendizagem - Cor atribuída:
Indicador 4 - Avaliação do Trabalho dos Profissionais da Escola - Cor atribuída:
Indicador 5 - Acesso, Compreensão e Uso dos Indicadores Oficiais de Avaliação da Escola e das Redes de Ensino - Cor atribuída:
Vermelho: Os funcionários e os pais avaliaram que essas ações não são praticadas a contento, que desconhecem o assunto e que gostariam de ter mais informações.
SUGESTÕES: (Soluções para cada indicador)
A escola adotou as cores vermelho, amarelo e verde.
(Experiências - Curso Conselheiros Escolares - EMEF COQUEIRAL - Aracruzes/ES)
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Leia: QUALIDADE DE ENSINO E A AUTO AVALIAÇÃO ESCOLAR sobre estratégias na escola. Em algumas escolas, a hora da campainha, é hora de gritar e correr, especialmente a última aula. Tem como deixar mais baixa e tempo mais longo? É possível usar musica em vez de som estridente? Professores, alguns minutos antes, poderiam orientar alunos a saírem calmamente até se tornar padrão, fazer até que se acostumem
- “A gente fala mais não funciona, quando ouvem companhia saem correndo e gritando”. Poderia a professora ir soltando os alunos aos poucos, minutos antes, calma e silenciosamente. Não adianta deixar “tudo solto”, menos ainda exigir silêncio de crianças saudáveis – precisa-se dosar a quantidade de barulho permitida, também não adianta a professora ficar gritando, exasperando, exigindo silêncio. Se um professor(a) exige muito, outro deixa solto, é desastre na certa.
Qual é preocupação de nossa escola com a criança?
Se professores tem controle, as crianças não se ferem. Os conflitos acontecem porque as crianças ficam se pegando, se encostando, se derrubando, o tempo todo. Daí a diretora não sabe o que aconteceu, pune criança errada, a que chora mais é menos punida, a que argumenta melhor é menos punida. Aquela que é pega batendo é punida, a criança esperta bate escondido, não é punida.
Domínio a custa de berros é antieducacional, prejudica a próxima professora que assume a classe e tem que lidar com crianças agitadas. Ensina a criança a ser mal-educada, e ensina que se deve resolver conflitos no berro, na violência. (Que escola estranha é esta?) Pra que serve o cartaz na parede: Use palavras mágicas, por favor, desculpe. . .?
Tem o professor que corrige todos como se todos fossem maus, mas apenas alguns aprontam e, todos ouvem. Muito melhor se aproximar dos poucos alunos da bagunça e falar baixinho com carinho e firmeza, sem sarcasmo. Vale a pena parar a aula um instante, corrigir amorosamente a situação com apenas os envolvidos, pois perde-se menos tempo assim do que deixar largados e depois corrigir a custa de berros. Outra opção é não fazer nada na hora, ter uma conversa amorosa e calma com firmeza mais tarde, raciocinando, deixando a criança falar bastante, não ficar dando bronca sem parar.
Noutra vez que criança aprontar, vamos tentar entender o que aconteceu, se esqueceu iremos lembrá-la, se estiver com problemas iremos ajudá-la, de repente é outra criança que está levando esta a perder calma. Já vi muitas vezes uma criança cutucando outra sem para parar até que esta perde a cabeça da um soco, vai para diretoria, leva bronca, chama-se a mãe, chama-se o CT, a polícia, o FBI. Um dia destes uma criança que sempre é muito calma deu uma mordida nas costas de outra criança. Esta outra que levou a mordida é conhecida por sempre incomodar as outras. Mas, se o professor acha que gritos resolve, não deveria se ouvir seus gritos durante o ano todo, só na primeira semana.
O Sarcasmo
Aliás, o sarcasmo é o método mais comum e contraproducente. Não ensina nada.
Evite dizer “eu não quero” (como se a criança tivesse que fazer o que "eu quero"), “parabéns pela bagunça” (sarcasmo) ou taxar aluno (rotular).
Quem não ouviu coisas assim:
- "Você não viu que sujou todo o chão? Parabéns, nota 10 para você!",
- "Isto, pisa nos papeis!",
- "Vai, suja toda a roupa, é a mãe que lava mesmo!".
Não é muito mais fácil aconselhar correta e amorosamente?
Muitas vezes se dá bronca, ameaça chamar pais, dando longos e firmes sermões, a criança sai da sala de direção e quando ninguém vê sai dando risada, parece que nada aconteceu. A bronca, o medo, não atinge o coração.
“Os chamados “sermões” não são proibidos, porém, muitas vezes são improdutivos. Uma discussão aberta sobre o ocorrido, ou ainda um filme escolhido com critério, tem um maior efeito nos jovens.
Considerando que eles estão vivendo a onipotência juvenil, é difícil acreditar que eles mudarão seus comportamentos a partir de um “sermão”, principalmente se o interlocutor for uma pessoa que represente o poder sem um elo de identificação com os alunos, por exemplo: se o sermão for dado por um professor tradicional de quem eles não gostem".(Sanções Disciplinares e Legislação)
Professores discordarão, -”porque os alunos são terríveis, não dá pra dá moleza não”, e continuarão assim, com alunos terríveis, estresse, broncas, garganta detonada . . .eternamente.
Tente, invente, faça algo diferente, estude, leia, ouça conceitos diferentes.
A ESCOLA FORA DA SALA - A IMPLANTAÇÃO DE ESCOLA INTEGRAL PARTE 01
A ESCOLA FORA DA SALA - A IMPLANTAÇÃO DE ESCOLA INTEGRAL PARTE 03