quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A ESCOLA TAMBÉM É DOS PAIS


A escola da família


O relacionamento (entre pais e escola) chega a ser ambíguo. Muitos gestores e docentes, embora no discurso reclamem da falta de participação dos pais na vida escolar dos filhos – com alguns até atribuindo a isso o baixo desempenho deles – não se mostram nada confortáveis quando algum membro da comunidade mais crítico cobra qualidade no ensino ou questiona alguma rotina da escola. Alguns diretores percebem essa atitude inclusive como uma intromissão e uma tentativa de comprometer a autoridade deles. Já a maioria dos pais, por sua vez, não participa mesmo. Alguns por não conhecer seus direitos. Outros porque não sabem como. E ainda há os que até tentaram, mas se isolaram, pois nas poucas experiências de aproximação não foram bem acolhidos e se retraíram.

Fazer uma reunião de pais focada no ensino
“A reunião para falar mal dos estudantes e compartilhar somente problemas não serve para nada. Os encontros devem mostrar as intenções educativas da escola e a evolução da aprendizagem e discutir estratégias conjuntas para melhorá-la”, acredita Pedro de Carvalho da Silva, da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, em Portugal. Durante a pesquisa As Escolas e as Famílias em Portugal – Realidade e Perspectivas, com famílias consideradas ausentes da Educação dos filhos, o professor verificou que o principal motivo da não-participação era a pauta das reuniões: “Elas eram chamadas para ouvir comentários negativos sobre os filhos ou sobre a maneira de educar em casa”. Na EE Leopoldo Miranda, em Belo Horizonte, o foco dos encontros é sempre a aprendizagem. E isso desde a primeira reunião, em que os pais dos 1,4 mil alunos ocupam o pátio da escola. No evento, a diretora, Lilianne Marino, entrega o calendário e as regras da escola e apresenta o projeto político pedagógico. Ela faz um balanço do ano anterior e informa sobre as metas, organizadas em uma planilha e classificadas por cores: em verde estão as que foram atingidas e em vermelho aquelas em que a escola precisa melhorar. Nas outras reuniões, os pais são convidados para ver produções dos filhos e recebem um relatório sobre os avanços na aprendizagem.

Incentivar a participação no conselho escolar
É no conselho escolar que são debatidas a aplicação dos recursos financeiros, a compra de materiais pedagógicos e as estratégias adequadas para a superação dos mais variados problemas relacionados com o dia a dia da instituição. Quando ele é bem estruturado, ajuda o gestor a definir a personalidade da escola. Os conselheiros passam a ser verdadeiros parceiros na tomada de decisões para a melhoria da qualidade do ensino, tornando a gestão mais democrática. Algumas redes têm normas que regulamentam a formação dos conselhos. O MEC também disponibiliza material para a implantação nas escolas.

Emprestar o espaço para eventos da comunidade
A escola pode abrir a quadra, o pátio e até as salas de aula para pais e vizinhos e oferecer atividades esportivas, culturais e sociais quando esses ambientes não estiverem sendo utilizados pelos alunos. Para que essa iniciativa dê certo, é preciso que a gestão estabeleça normas claras e organize os horários adequados para garantir a segurança dos usuários e do patrimônio, além da utilização compatível com os objetivos da escola. Essa ação tem sido transformada em políticas públicas por algumas redes, que a incentivam e dão subsído para que ela aconteça, na medida em que atende a uma necessidade do público por um lugar organizado para o lazer. A comunidade, por sua vez, passa a respeitar o espaço que utiliza.
Autor: Gustavo Heidrich


O que verificar em relação à educação de seu filho – Ensino Fundamental e Médio - MEC

  
* Cultive o hábito da leitura em sua casa.

* Ajude seu filho a conservar o livro didático. O material servirá para outros alunos futuramente.

* Acompanhe a frequência da criança ou do adolescente às aulas e sua participação nas atividades escolares.

* Visite a escola de seus filhos sempre que puder.

* Observe se as crianças ou adolescentes estão felizes e cuidadas no recreio, na hora da entrada e da saída.

* Verifique a limpeza e a conservação das salas e demais dependências da escola.

* Observe a qualidade da merenda escolar.

* Converse com outras mães, pais ou responsáveis sobre o que vocês observam na escola.

* Converse com os professores sobre dificuldades e habilidades do seu filho.

* Peça orientação aos professores e diretores, caso perceba alguma dificuldade no desempenho de seu filho. Procure saber o que fazer para ajudar.

* Leia bilhetes e avisos que a escola mandar e responda quando necessário.

* Acompanhe as lições de casa.

* Participe das atividades escolares e compareça às reuniões da escola. Dê sua opinião.

* Participe do Conselho Escolar.

Vá ao site

UMA ESCOLA IDEAL

“Escola demais faz mal às crianças”, garante psicólogo português


 
Rita:Existe a escola ideal? Se sim, como ela seria?
: Não existe, nem precisaria existir. Seja como for, uma escola amiga do conhecimento e das crianças será:
.Uma escola onde as aulas serão, sobretudo, de manhã (porque somos animais cujos ritmos biológicos nos tornam mais perspicazes e mais inteligentes de manhã)
.Uma escola onde as aulas terão entre 45 e 60 minutos e, em vez de serem expositivas devem ser, sobretudo, participadas
.Uma escola onde os recreios tenham entre 20 e 25 minutos, e sejam cobertos e adequados (porque brincar não é uma atividade de primavera/verão mas de todo o ano) e onde se possa correr e brincar.
.Uma escola onde todas as disciplinas tenham o mesmo valor e onde não haja disciplinas de primeira (como a matemática ou o português) e disciplinas de segunda (como a educação física ou a educação musical)
.Uma escola onde não haja turmas de bons alunos e turmas de alunos banais
.Uma escola onde nunca se sossegue até se descobrir o que é que cada aluno tem de singular (e que represente uma mais valia para toda a escola) e qual é a sua necessidade educativa especial
.Uma escola que recomende que se brinque todos os dias, porque brincar é um patrimônio imaterial da Humanidade e quem não brinca não pensa nem aprende
.Uma escola com mais criatividade e menos repetição
.Uma escola menos amiga dos trabalhos de casa
.Uma escola onde haja mais cooperação entre professores e família
.Uma escola que acarinhe a autonomia e a pesquisa das crianças e onde não se incentivem as explicações ou aulas que se multipliquem
.Uma escola com mais direitos à dúvida e aos erros
.Uma escola onde os alunos faladores tenham um quadro de honra, porque eles são um patrimônio fundamental da escola pela forma como interpelam e dão à escola a oportunidade de se repensar
Autora: Rita Lisauska

INICIO

J á na infância, acabamos descobrindo que não existe Papai Noel. Depois descobrimos que Jes...