terça-feira, 29 de novembro de 2016

PAIS VERSUS PROFESSORES - QUEM TEM RAZÃO




      
As crianças estão inquietas. A professora fica cada vez mais estressada, já chamou atenção diversas vezes. Ela chama atenção de toda turma porque parece que todos estão descontroláveis. Ela berra, exigindo disciplina.
Na verdade, nunca é a turma toda, mas alguns alunos que estão agitados e “indisciplinados”. Toda hora se cutucam, se mexem, não param de falar, só querem brincar.
A professora pega o mais agitado pelo braço e leva para a diretoria: “este aluno não para quieto, veja o que faz aí com ele, . . . se tiver que chamar os pais, . . . eu já não aguento mais.
A diretora começa conversando, depois começa a falar mais alto diante do silêncio, ou da aparente atitude de ironia do aluno.
É, não tem jeito mesmo, vou ter que chamar teus pais.
E lá se vai mais um bilhete para os pais pedindo que este “tomem providências” em relação a seu filho.
Em casa, os pais tentam conversar, “eu já não sei mais o que fazer com você”.
Os pais são convidados para comparecer na escola para conversar com professora e diretora.
Na escola, o conceito comum é “os pais querem que a escola dê educação, mas isto deveria começar em casa”, “estes pais negligenciam seus filhos, não tão nem aí e a escola é quem tem que se virar”.
Em casa, os pais se perguntam onde estão errando, pois conversar não adianta, e tem até aqueles que dão uma surra no filho, mas tampouco tem tido resultados.

Onde está exatamente a causa do problema?
Os professores precisam que os pais contribuam mais com a escola?
Os pais precisam que os professores resolvam o problema de seu filho enquanto na escola, porque em casa não conseguem lidar com filhos?



Na verdade, a resposta a este problema poder ser muito mais simples do que se imagina.
Talvez algumas coisas bem simples estejam escapando dos olhos dos pais, mas também dos olhos dos profissionais da escola.
A autora e professora de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vem desenvolvendo estudos bem aprofundados sobre como lidar com conflitos na escola. Na verdade, os estudos expõem nossas maneiras de resolver conflitos como sendo arcaicos e totalmente ineficazes. Por quê? Como deveríamos proceder?
A professora e sua equipe usa método científico para determinar ações normalmente usadas em escolas para “coibir” indisciplinas, o que significa que ela analisou centenas de ações que escolas tomaram. Então analisou o efeito sobre cada criança, cada pai e mãe, cada professor, através do tempo.
Fez centenas de entrevistas com pais e professores. Quais foram as medidas que mais resultados positivos tiveram. Qual a razão da maioria das medidas não terem o resultado esperado?
Como exemplo, veja a questão dos bilhetes.
Como são redigidos os “bilhetes” aos pais? Exemplo, “pais, por favor tome providências com seus filho . . .”
O que a escola espera exatamente que os pais façam?
Quantos pais “tomam providências” e resolvem a situação? Que tipo de providência costumam tomar? Como professores reagem as providências tomadas pelos pais?
O que os pais acham da “incapacidade” do professor de lidar com seu filho?
Naturalmente, a questão dos bilhetes é só um campo estudado. Há inúmeros outros. Como se faz a mediação dos conflitos dentro da escola?
Há diversas ações que nunca deram certo, mas continuam com insistência a serem usadas.
Há algumas poucas e simples maneiras de lidar com muita eficácia, mas que não têm sido usadas pelas escolas.
Bem até aqui, só há questões e dúvidas.
Mas quais são mesmo as medidas que dão mais certo?

Tenha curiosidade de assistir só um video e tua vida como professor mudará muito. Estratégias bem sucedidas são expostos de maneira simples e lógica.



(15m de duração)







.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

INICIO

J á na infância, acabamos descobrindo que não existe Papai Noel. Depois descobrimos que Jes...