quarta-feira, 8 de julho de 2015

EDUCANDO COM BERROS - RESOLVE MESMO PARTE 01


A tática é infalível. 
Pais estressados com filhos, casamento, emprego, trânsito, usam esta tática. "De vez em quando é preciso" dizem, " funciona imediatamente". 
Professores estressados com filhos, casamento, emprego, trânsito, projetos escolares, cobranças de desempenho, e uma sala cheia de crianças ou adolescentes, usam esta tática. "De vez em quando é preciso" dizem, "e funciona". Talvez não notem, mas em muitos casos é mais do que "de vez em quando".

"Tolice é fazer as coisas sempre do mesmo jeito e esperar resultados diferentes”. Albert Einstein. Se o berro funciona, por que tem que se continuar berrando? Poderia ser mera ilusão na cabeça de pais e mestres?

É um Recurso 
Na atual geração de pais, em que as palmadas foram banidas do repertório educativo, elevar a voz se transformou no recurso mais usado para impor disciplina.
Os críticos do grito paterno afirmam que ele assusta a criança sem ter efeito pedagógico. 

Quando você grita com seu filho, ele não assimila suas palavras. Ouve o volume de sua voz e sente sua raiva”, diz Amy McCready. Segundo ela, a criança pode até obedecer na hora, mas não há efeitos de médio e longo prazos. “Não há aprendizado. Repare como no dia seguinte você provavelmente berrará as mesmas coisas”, diz. Logo, o grito paterno é mais um instrumento de correção ou apenas uma explosão emocional? “Nos dias de hoje, ele revela perda de controle”, diz Anne Lise Scapatticci, psicanalista infantil e doutora em saúde mental pela Escola Paulista de Medicina.

Guillermo Ballenato: "Os gritos surgem da perda de autoridade"




Educar sem Gritar é o mais recente livro do espanhol Guillermo Ballenato. O autor, especialista em Psicologia Educativa e Psicologia Clínica, aponta caminhos para uma educação mais sólida e eficaz com crianças e adolescentes. Sem alterar o tom de voz. Na sua opinião, é preciso compreender a perda de controle de pais e educadores. E é necessário separar as águas. Gritar pontualmente é diferente de um estilo de comunicação agressivo e sistemático. "Os gritos surgem da sensação de impotência e perda de autoridade dos pais", afirma.



Afeto, motivação, elogio e reconhecimento. O psicólogo considera que estes são alguns dos ingredientes essenciais para um bom ambiente familiar. Ballenato defende também que o professor "deve ser um modelo, uma referência moral, um exemplo de conduta". "A educação eficaz consiste em conseguir o equilíbrio entre a firmeza e a flexibilidade, a razão e as emoções, o controle e a liberdade", escreve no seu livro. Um "manual" que dedica "a todas aquelas pessoas que têm o privilégio de educar e que, conscientes da sua responsabilidade, todos os dias o tentam aperfeiçoar".




Como explicar a um pai ou a um professor que não deve gritar para impor o seu ponto de vista? GB:Convém recordar os efeitos negativos dos maus modos da comunicação. O constante desgaste da autoridade, a perda da razão - mesmo quando realmente a têm -, os sentimentos de culpa, a diminuição da autoestima na criança, a perda de confiança e a deterioração das relações. A melhor forma de ensinar o autocontrole aos filhos é mostrando-lhes com a nossa própria conduta. Há um maravilhoso aforismo latino que diz que "a palavra ensina, mas o exemplo arrasta". Não podemos pedir aos filhos que não levantem a voz e dizê-lo aos gritos. O diálogo baseia-se na escuta. Escutar o outro é deixar ser. É tentar entender e respeitar o seu ponto de vista.
O docente é um agente de mudança social. Há muitas formas de fazer valer a sua autoridade na aula. O professor deve ser um modelo, uma referência moral, um exemplo de conduta. Daí deriva a autoridade moral que lhe conferem os seus alunos, de um verdadeiro líder que se destaca pelo seu poder de influência. Há professores que perdem a sua autoridade devido à sua falta de sentido de equidade e de justiça, mostrando arbitrariedades, demonstrando favoritismos. Os alunos tendem a perder o respeito perante essas condutas. E os professores podem tentar manter uma autoridade meramente aparente, à base de castigos; ou então gritar e perder o controle perante os seus alunos, com a consequente progressiva perda de autoridade.







Quem mudou? As crianças ou os adultos?
 
As crianças de hoje são o que sempre foram: crianças. Há umas insuportáveis e birrentas, e que não se sabem comportar em locais públicos? Claro que há. Como há 20 anos havia. E há 30. E há 100. São crianças, e as crianças mexem-se e correm e não gostam de estar paradas, e muitas vezes soltam um grito na excitação da brincadeira, claro que sim. Repito: há casos de crianças incrivelmente mal comportadas, e de pais que não têm mão neles - há hoje, como sempre houve.
A maior mudança, a meu ver, está nos adultos, e não nas crianças. Em especial nos adultos que não têm filhos, que me parecem muito menos pacientes, muito menos tolerantes e muito mais egoístas. E é aos adultos que compete agir de forma totalmente racional, e não emocional, porque eles é que são adultos. Exigir a uma criança que se comporte como um adulto é a mesma coisa que tentar manter um cachorro sentado durante meia hora - é impossível. Pode aguentar-se algum tempo, mas está na natureza dele levantar-se e ir brincar, farejar, e fazer avarias.
http://oarrumadinho.sapo.pt/208474.html


Mas, . . . os alunos são indisciplinados . . .



Outro fator que incomoda, e muito, grande parte dos Amantes do Saber, é a disciplina; ou melhor, a ausência dessa; no entanto, infelizmente, sempre podemos presenciar situações em que muitos professores, em nome da autodisciplina, tomam atitudes, no mínimo, pedagogicamente questionáveis: fazem imposições sem fundamento, ameaçam os alunos e, não raras vezes, chegam a humilhá-los.

Por inúmeras vezes nos deparamos com docentes que ao ouvirem conversa durante a aula gritam com os estudantes, fazem ameaças dizendo que a prova será em breve e que eles não a conseguirão realizar, que aquele conteúdo está "dado", ou, então, como punição, passam exercícios valendo nota, para serem entregues no final da aula. Outros, simplesmente ignoram tal fato, demonstrando, claramente, que estão mais preocupados em cumprir o conteúdo curricular planejado para aquela aula, do que em descobrir o porquê da falta de interesse e da indisciplina da maioria dos seus alunos.



Casos em que o professor assume uma postura autoritária e acredita que distanciamento hierárquico é sinônimo de respeito, não são raros dentro de uma sala de aula. Esse profissional, como um "general", geralmente intimida os discentes a prestarem atenção, e ministra suas aulas sem se importar que haja alunos que não estão acompanhando o seu raciocínio. Sua atenção está voltada apenas para alguns poucos alunos que, sentados nas primeiras carteiras, olham-no atentamente. Quando algum dos supostamente desinteressados faz alguma pergunta, ou é ignorado, ou recebe como resposta: "Se você estivesse prestando atenção, teria entendido". Convém salientar que essas "disputas" entre mestre e discípulos pouco ou nenhum resultado prático trazem, pois um aluno que é retirado da sala de aula por comportamento inadequado e encaminhado à biblioteca para realizar uma pesquisa sobre o tema da aula, ou não o faz, ou o entrega ao professor antes do término do período.



E por falar em indisciplina, essa não deveria ser uma constante entre professores e alunos. Aulas dinâmicas, divertidas, linguagem clara, objetiva e de fácil entendimento, sempre associando o tema em questão a situações atuais, de conhecimento dos alunos, utilizando mais a explanação verbal do que a lousa (vista como um suporte, apoio para registrar, de forma resumida, alguma informação mais importante), tornam as explicações dadas pelo docente, segundo opinião unânime dos alunos, uma aula motivadora.



Vale a pena continuar ressaltando a atuação de alguns professores, não como modelo inquestionável de docência, mas como fonte de inspiração para que continuemos a buscar um melhor caminho para chegarmos ao coração e à mente de nossos alunos. Um aluno jamais deve permanecer passivo e, mesmo que as respostas dadas sejam incompletas ou incorretas, o verdadeiro educador sempre deve fazer um comentário crítico construtivo: "Você quase conseguiu... Valeu a tentativa!"; ou "Esqueceu, não é? Vamos ver se amanhã você já conseguiu se recuperar da amnésia". A forma como ele conduz a aula deve despertar a curiosidade pelo ouvir e aprender.



"... o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma 'cantiga de ninar'. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas." (FREIRE, 1996, p.96)



Berrar ou conversar mais vezes?

 Um professor deve buscar um aperfeiçoamento constante, ter um carinho especial pela profissão que abraçou e saber utilizar sua autoridade com moderação e imparcialidade. Então, por que não tentar eliminar rapidamente os poucos casos de conversa paralela durante a aula, chamando a atenção dos envolvidos de forma humorada? Por que não conversar, em particular, com qualquer estudante que necessite de uma reprimenda maior? Certamente, todos os alunos o cumprimentarão nos corredores e irão lhe pedir conselhos e orientações.



"Boa técnica de motivação é ter uma conversa em particular com o aluno. Em que se procura explorar o sentimentalismo e também, quando necessário, falar francamente com o aluno, chamando-o às suas responsabilidades. É imprescindível que ele sinta, apesar das verdades, se necessárias, que o professor é seu amigo e tudo está fazendo para ajudá-lo." (NÉRICI, 1992, p.190)



Um professor competente está sempre pronto a refletir sobre sua metodologia, sua postura em aula, a replanejar sua prática educativa, a fim de estimular a aprendizagem, a motivaçãodos seus alunos, de modo que cada um deles seja um ser consciente, ativo, autônomo, participativo e agente crítico modificador de sua realidade.



O prazer pelo aprender não é uma atividade que nasce espontaneamente nos alunos, pois, muitas vezes, não é uma tarefa que cumprem com prazer. Para que este hábito possa ser melhor cultivado, é necessário que o professor consiga despertar a curiosidade dos alunos e acompanhar suas ações na solução das tarefas que ele propuser (o não acompanhamento poderá fazer os alunos se sentirem inseguros na realização da atividade proposta, por julgarem-se cobrados a um desempenho para o qual não foram preparados; e, o fornecer as respostas prontas, não permitindo que o aluno problematize e descubra a resposta correta, acomoda-o e prejudica sua autonomia). http://www.conteudoescola.com.br/colaboracao-do-leitor/30/132-relacao-professor-aluno-uma-revisao-critica


Abuso de autoridade e Bullying

 
Pode soar estranho, falar da prática do bullying pelo educador, pois via de regra, partimos do pressuposto que o educador seja uma pessoa capacitada, dotada de bom senso e equilíbrio, mas infelizmente tal fato se faz presente em nosso cotidiano, vez que há professores abusam da autoridade que lhe é conferida pelo cargo, ameaçam seus alunos, constrangem e ofendem ao invés de ensinar,
Nos casos onde o agressor do bullying seja o professor, a responsabilidade pela reparação do dano será do próprio educador (pessoa capaz) e solidariamente da instituição de ensino que o contratou, pois o artigo inciso III do artigo 932, inciso III e 933 do Código Civil Brasileiro, atribui que o empregador será responsável pela reparação civil dos atos praticados por seus empregados, independentemente de culpa.


A família é sempre culpada . . .



A imitação mostra-se importante nesse período, portanto os responsáveis e educadores exercem funções deveras relevantes. Durante as observações, realizadas por nós, percebemos que os profissionais adotavam condutas desregradas e longe de serem pedagógicas. Portanto, parece provável que a criança imitando condutas inadequadas dos professores, gritos, agressões e desrespeito, possa desenvolver um comportamento reprovável socialmente. O que nos intriga nessa situação é perceber que os professores recriminam os procedimentos inadequados dos alunos, culpabilizando suas famílias ditas “desestruturadas e incapazes” de educar sua prole, mas não observam seus próprios comportamentos e atitudes no ambiente escolar.




O Estatuto (ECA) só defende as crianças. . . 

 
Logo que entrou em vigor e, infelizmente, até hoje, difundiu-se a idéia de que se tratava de lei que protegia em excesso as crianças e os adolescente, vedando qualquer atuação da polícia, do promotor, do juiz, do professor etc. Nada disso corresponde à verdade. O Estatuto apenas esmiúça pormenorizadamente os direitos fundamentais dos menores de dezoito anos, considerando-os pessoas que, por estarem em desenvolvimento, têm necessidades especiais. Não há qualquer regra que proteja em excesso o menor de dezoito anos.
Crianças e adolescentes não estão excluídos da atuação dos pais, educadores e autoridades constituídas quando praticam atos anti-sociais. Em nenhum momento o Estatuto proíbe a atuação dos pais ou professores na imposição de limites aos menores de dezoito anos, os quais, aliás, têm o direito da recepção desses limites para se desenvolverem adequadamente. Veda-se, apenas, o desrespeito à integridade física e psíquica, o autoritarismo.
O preceito atinge qualquer forma de desrespeito, desde simples apelido que o professor coloque no aluno que o ridicularize, até o desrespeito aos direitos à integridade física e à liberdade, por exemplo. O direito ao respeito está consagrado na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente e é a base onde se assenta a integridade física, emocional, moral e cultural do educando.
Se houver desrespeito que submeta a criança ou o adolescente a vexame ou constrangimento, caracteriza-se um crime, com pena de detenção de seis meses a dois anos (artigo 232, do Estatuto da Criança e do Adolescente). O vexame consiste no ato de causar humilhação e vergonha à criança ou ao adolescente. O constrangimento se caracteriza quando se obriga a criança ou o adolescente a fazer algo forçosamente.
Frise-se, por outro lado, que o aluno também deve respeito aos diretores, professores, outros funcionários e alunos. A conduta desrespeitosa do aluno pode ser desde um mero ato de disciplina até um ato infracional que, conforme define o Estatuto da Criança e do Adolescente, corresponde a qualquer crime ou contravenção. Nestes casos, deve haver a atuação firme, legal e necessária dos educadores, pais, conselheiros tutelares, juízes de direito, promotores de justiça, delegados de polícia.

Gritar Com As Crianças Pode Ser Tão Prejudicial Quanto Punição Física

Foi o que apontou um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh e da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e publicado no site da revista Child Development. O estudo acompanhou 976 famílias e diversas perguntas foram feitas às crianças, para avaliar seus problemas de comportamento, sintomas de depressão e o relacionamento com os pais, que também responderam a alguns itens da pesquisa.
"Quando você grita, fere a autoimagem da criança, que está exatamente tentando desenvolver uma autoidentidade, e faz elas sentirem que não são capazes, que são inúteis", diz Ming-Te Wang, professor-assistente dos departamentos de Educação e Psicologia da Universidade de Pittsburgh e co-autor do estudo.
Ou seja: se os pais achavam que gritar com as crianças fosse fazê-las ouvir e se comportar melhor, o estudo descobriu que o que acontece é o oposto.  “A maioria das pesquisas realizadas sobre disciplina é centrada no emprego da disciplina física na infância e na adolescência. No entanto, dado que os pais tendem a recorrer à disciplina verbal com seus filhos, é importante que eles estejam cientes que a disciplina verbal dura é ineficaz em reduzir problemas de conduta e, na verdade, leva ao aumento dos problemas de conduta em adolescentes e ao aparecimento de sintomas depressivos, em alguns casos”, afirma o pediatra Moises Chencinski.
http://www.mulher.com.br/9203/gritar-com-criancas-pode-ser-tao-prejudicial-quanto-punicao-fisica

EDUCANDO COM BERROS - RESOLVE MESMO PARTE 02 

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segunda-feira, 6 de julho de 2015

VAI DECLAMAR? COMO ENSAIAR?

SUGESTÕES PARA DECLAMAÇÃO

A estrela não deve ser o Declamante, nem o Autor. É a poesia que deve aparecer. Por isso na hora da escolha da poesia, observe o texto, que lhe seja interessante, mas leia em voz alta para experimentar o sabor do som, das rimas. Escolha poesia que seja de texto fácil, para que todos entendam o que você esta dizendo. Uma poesia bem escolhida lhes dará segurança, satisfação.


1-Como primeira regra para alguém que vai declamar, não, não é decorar, mas se conscientizar que precisa falar devagar e com clareza. Mesmo porque isto vai ajudar a decorar. Pode-se ter um poema bonito, rico, assim como alguém pode decorá-lo muito bem, mas se falar rápido, irá desvalorizar o texto.
Adolescente tem mania de não pronunciar as últimas sílabas e, às vezes, as últimas palavras da frase.
Quem está dando treinamento precisa se focar em uma coisa por vez, ou seja, deixe o declamador fazer diversas vezes o texto consciente que está sendo observado só nisto: falar pausadamente.
O falar pausadamente irá dar maior controle, mais segurança para quem declama. Todos os passos seguintes devem ser acertados individualmente, treinando-se várias vezes só aquele passo, sem mistura-los. Claro que pode-se ir acumulando, somando, mas a cada passo novo treinar especificamente e conscientemente aquele passo.

2- Agora é hora de se preocupar em dar um espaço, uma pausa maior entre os parágrafos. Para isto que existem parágrafos, para indicar uma leve mudança de assunto, de detalhe, ou mesmo de continuidade, mas com outro enfoque (e para respirar com mais profundidade). Na simples leitura se faz isto. No poema é muito mais importante, se for com rima, mas importante ainda.
Obvio dizer que não e pode dar uma pausa tão grande a ponto de os ouvintes pensarem que você esqueceu o poema. Quando for dupla, dará um tempinho exato para outro entrar sem atropelar.

3- Agora é a hora de decidir a intensidade (o volume). Precisamos estudar o poema para discernir que partes podem ser feitas em voz baixa, em voz alta, em voz suave, em voz um pouquinho mais estridente, em voz mais romântica, em voz um pouco desleixada e sem interesse. Tudo isto tem seu lugar na declamação. É como uma musica, tem partes suaves, tem partes fortes. Tem partes fortes para falar rapidamente e partes fortes para falar pausadamente como martelando as sílabas. Podemos usar som suave, soprando bastante ar dos pulmões (fale a palavra ‘espaço’ bem suavemente como que está pedindo silencio em voz baixa, note que na sílaba ‘pa’ sai muito ar dos pulmões). Podemos usar voz menos suave fazendo soar na garganta.

4- Agora é hora de estudar os versos para descobrir quais versos serão falados com mais intensidade. Poemas são como musicas, geralmente começam mais suavemente, e vão adquirindo mais força, e, muitas vezes voltam a suavidade no final. Sim, vamos descobrir isto no texto, no assunto, conforme este se desenvolve. Isto deixará a apresentação mais dinâmica, sai dum lugar e chega em outro lugar, não fica cansativo, nem monótono. Pergunte para alguém que observa (ou para treinador) se a entonação (levada da voz, o ritmo) não está repetitivo.

5-Próximo passo, é definir gestos e posição das pernas. Os gestos irão obedecer naturalmente o texto. Mas aqui vai uma palavra de cautela: Vamos inovar, vamos inventar, vamos achar novas maneiras de expressar palavras com gestos. Todos usam os mesmos gestos para as mesmas palavras (mar é sempre com as mãos flutuando para o lado, lágrimas é sempre apontando para os olhos, etc). Vamos usar gestos incomuns, mas claro que devemos cuidar para que não fuja tanto que descaracterize o substantivo ou o verbo. Quem declama não deve ficar com as pernas paradas, mas também não devem ficar se mexendo o tempo inteiro. Então decida antes como irá se movimentar no palco. Por que não começar parado, olhando para a assistência? Por que não começar sentado? Conforme o texto vai caminhando, vamos aumentando os gestos e movimentação das pernas. Na parte do texto em que chega a um clímax, nossa voz está forte, ficamos exitados, enlevados e nosso corpo deve acompanhar esta agitação, quando o texto se acalma, nossa voz se acalma e nossa movimentação se acalma concordemente. Isto parece teatral, mas é assim mesmo que tem que ser. Os jurados vão julgar a interpretação, o que é isto senão a movimentação que acompanha a voz e o texto?. Mas deve-se decidir isto antes, não necessariamente exatamente quanto vai andar, ou para que lado, mas a intensidade e o momento da movimentação.
6-Em alguns casos (mas apenas em alguns casos, pois tudo que acontece muitas vezes cansa) pode-se fazer uma mudança extrema. Por exemplo no poema “Luz e Escuridão” na parte “cegueira insólita, solidificada, deslumbre , lacrada - não, não vi mais nada nada nada nada nada nada. . .”, eu fazia com voz forte e alta, desesperada, de joelhos (acabei de falar dum acidente que me deixou cego) e em seguida, na segunda parte da frase, falava com voz triste, fraca e continuava desesperada. Se isto acontecer uma ou duas vezes já é o suficiente para dar um ar dinâmico para a apresentação.
8-Preocupe-se também em como fará o final. O final tem que ter um tom terminal. Uma boa sugestão é dar uma pausa um pouco maior antes de começar o último parágrafo. Um tom terminante significa uma maneira de expressar em que indique a todos que é o último paragrafo, como se dissesse ‘portanto’, ou ‘sendo assim’ como quem vai falar a última coisa e fim. As últimas palavras, a última frase deve ser falada bem lentamente.
9-Qual a primeira coisa a se fazer na hora da apresentação. Jamais saia falando. Primeiro feche os olhos e respire fundo. Depois olhe pausadamente para a assistência, olhando de um lado até o outro da sala. Então comece a falar. Isto te dará segurança pela apresentação adentro.
10-Decida antes o que fará se esquecer ou errar o texto. Pense em como os jurados olharão esta falha. Se eles observarem você se perder, ficar nervosa, tirarão pontos. Decida que, calmamente, irá respirar, olhar tranquilamente para a assistência e repetir o verso do início, e seguir. Note o que sempre acontece quando alguém erra poema ou leitura. A pessoa recomeça, ou pula pra frente e nos próximo parágrafos atropela palavras. É como alguém que tropeça mas não cai, sai desiquilibrado por vários passos até ficar bem. Vamos evitar isto. Se fizer a sugestão acima, irá recomeçar o verso de maneira segura, firme e com confiança, os jurados aplaudirão. Mas decida isto antes, treine isto antes diversas vezes para ficar natural, se um dia acontecer, você se sairá muito bem.
11-Procure as palavras que não conhece num dicionário para entender a frase e a ideia que o autor quis expressar. Se a língua não consegue falar uma determinada palavra, escreva-a com letras grandes e prenda no espelho, no caderno, no notebook, no celular, para olhar várias vezes para ela e sempre que fizer isto fale em ‘voz alta’ para que o cérebro ensine a língua a expressá-la sem tropeço.


Experimente fazer com texto abaixo



UMA SIMPLES CANÇÃO * 
*
* Na doce mensagem de uma simples canção (voz suave) (parado em pé)
Muito mais no encanto de uma melodia triste (voz normal de média altura) (parado em pé)
Na melancolia de umas horas de uns dias (voz triste) (parado, vire-se para direita com as mãos tapando rosto)
Incompreensão gera só tensão tristeza * (voz forte martelada nas duas últimas palavras) (um passo para frente, pernas abertas)
*
* A doce mensagem não importa às vezes (voz desleixada) (virado para o lado)
Mas na melodia, está minha alegria (Voz com tom alegre) (dá volta por trás e na metade começa a falar, acaba falar quando fica de frente –braços abertos no alto)
Só o violão ouve a minha voz (voz introspecta, como se estivesse olhando para o além – (ajoelha-se como ‘o pensador’)(é uma afirmação , mas é algo estranho, curioso)
Sim na solidão, ecoa meu refrão * (voz triste, fraca, afirmativamente)(em pé braços abertos para frente do corpo)
*
No suave silêncio de uma horas no dia (voz normal)
A doce canção alivia tensão, a irritação (voz meiga, suave, com olhos fechados)
Na desistressante e suave harmonia (voz normal, meio fraca)
Cada nota faz e traz uma incessante alegria (voz alta e forte, como que está concluindo)
*

quarta-feira, 1 de julho de 2015

A ESCOLA É DE TODOS, É DA COMUNIDADE – MAS QUEM É QUE MANDA MESMO?


 
AS CONTRADIÇÕES DE NOSSO MUNDO Parte2

A ESCOLA É DE TODOS É DA COMUNIDADE – MAS QUEM É QUE MANDA MESMO?

As relações de poder no interior da escola
 
Os diferentes agentes escolares apresentam percepções contraditórias a respeito das relações escolares. Freqüentemente exprimem uma relação de amor e ódio com a instituição e associam aspectos de satisfação e frustrações. A política educacional nacional, estadual e municipal constitui o elemento externo que determina um campo de poder no espaço escolar. Cargos de supervisão, em secretarias municipais ou delegacias regionais introduzem exigências na organização e atividades da escola e constituem um aspecto freqüentemente de interferência na escola, na medida em que impõem exigências de estrutura, relatórios, planejamentos que interpõem tarefas que se sobrepõem às tarefas cotidianas. Cargos de direção, coordenação, secretaria freqüentemente se vêm forçados a abandonar seus afazeres pedagógicos para atender às constantes solicitações de demandas dos agentes externos. Como a escola é parte de um sistema maior e regida por normas determinadas pelo poder público ao qual está submetida, todos aqueles que têm cargos dirigentes acabam “dirigindo” suas ações pelos aspectos determinados pelos agentes do poder público.
Como organização, a escola segue políticas contraditórias que atendem a interesses de grupos de expressão nacional, estadual, municipal e, muitas vezes, local. A comunidade atendida tem pouca influência nos aspectos políticos que determinam as normas e leis que impõem como deve funciona a escola dentro do sistema educacional. É ela, entretanto, que está mais próxima e que têm a escola como um dos aspectos de sua vida. 
(Conselho escolar: "ALGUMAS CONCEPÇÕES E PROPOSTAS DE AÇÃO" - 2010 by Maria Cecília Luiz)

 OS CONSELHOS ESCOLARES

"Por isso é fundamental que o conselho congregue em si a síntese do significado
social da escola, para que possa constituir-se a voz da pluralidade dos atores
sociais a quem a escola pertence. Então vem ao caso uma pergunta essencial: a
quem pertence a escola pública? A resposta óbvia seria: aos cidadãos, ao público.
O Estado, desde suas origens, foi a institucionalidade, a expressão da sociedade.
Obviamente, então, que a escola não pertence ao governo, nem ao diretor e nem
aos trabalhadores internos". (Conselhos Escolares: Uma estratégia de gestão democrática da educação pública)
Já tinha ouvido dos conselhos escolares desde a década de oitenta, me admiro como demorou para 'pegar' em todas as escolas. Sempre achei que o Conselho Escolar era muito importante para melhorar a qualidade da educação, mas achava que seu papel era de “fiscalizar e sugerir' soluções.
Vi que é mais do que isto, ele tem o poder de deliberar e tomar decisões, na elaboração do regimento escolar, “consolidar a participação efetiva nas tomadas de decisões” e até mesmo “encaminhar, quando for o caso, sindicância para fins de destituição de diretor e vice-diretor da escola”, agindo “como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino”.
"O Conselho Escolar é o órgão máximo da escola", então suas decisões têm que representar a vontade coletiva e deve ser acatada. Eu particularmente, tenho desejo grande de ver isto ser aplicado na realidade escolar, pois é justo, é produtivo, chama a responsabilidade de todos numa democracia real. Acho que será muito benéfico e a satisfação de todos será grande.
Alivia a carga dos Diretores assim como resolve aqueles caso de abuso de autoridade. 

    
A função deliberativa, refere-se à tomada de decisões - Conselho observa as dificuldades, delibera, junta ideias com fatos e sugere soluções, 'participando de decisões'.

A função consultiva refere-se à emissão de pareceres - Quer dizer o CE presta consulta quando se é solicitado por comunidade, por governo ou por empresas, pra isto pesquisa meios para melhorar situações problemáticas e emite parecer.

A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações identificando problemas e alternativas no cumprimento de ações para melhoria de seu desempenho.

A função fiscalizadora refere-se ao acompanhamento e fiscalização pra ver se estão sendo de fato feitas as mudanças devidas em suas datas e da maneira anteriormente decidida.


Quem compões o CE? O diretor da escola, representantes dos professores, dos funcionários, dos pais e dos alunos.
Como são tomadas decisões? O CE fará consulta à legislação, depois à comunidade e respeitará a voz de todos.

Eu achava que funcionava mais para o prédio físico, ou para festas ou coisa assim, mas agora vi que a atuação do Conselho entra no campo pedagógico. Isto é muito significativo porque vai “analisar os resultados da avaliação interna e externa da escola e contribuir para a implementação das alternativas propostas para melhoria do desempenho dos alunos”. É claro que a parte mais importante da educação é no campo pedagógico, dali que sai a parte mais significativa para melhorar “a qualidade” do ensino.

Os conselheiros não defendem ideias próprias, mas fazem a intermediação entre a comunidade e a escola, o que significa que não vão impor sua opinião, mas trazer a comunidade para a escola. Isto que é Democracia. Por isto tem representantes de dentro e de fora da escola. A década de oitenta já se falava que o Conselho iria “ contribuir com a progressiva autonomia das unidades escolares”, cada escola servindo às necessidades de sua comunidade, o que pra mim é surpreendente.
Sim porque sempre me pareceu que as decisões vinham de cima, da prefeitura, do Estado, da União e não restava o que fazer senão obedecer. Isto muda toda minha opinião sobre o assunto.
Na prática mesmo, é assim, a Secretaria Municipal de Educação manda, a diretora obedece, e manda na escola. Quem resolve, decide, define as coisas nas escolas que você conhece?

Em algumas escolas já existe o Conselho por anos. Eu percebi nos anos que trabalho em escolas, como professor ou no administrativo, que muitas vezes mal sabemos qual exatamente é nossa função como conselheiros e como membros da APP.
Por exemplo, como pai e como membro da APP no conselho fiscal, eu ia nas reuniões e também assinava os papeis sem fiscalizar nada, pois fui orientado que podíamos confiar que a diretora estava fazendo as compras e pagamentos corretamente. Para que existe conselho fiscal então?.
Vi isto por décadas. O diretor é quem prepara a pauta, depois fala o tempo inteiro na reunião. Trabalhei numa escola que nas reuniões a diretora começava falar às 8h da manhã e só parava às 16h.
Não é questão de ficar criticando, mas é a percepção de onde erramos para corrigirmos. Com o CE, as APP passam a servir como executoras, não mais deliberativas. Assim, todos precisam participar, não com próprias ideias, mas trazendo as opiniões (e soluções) de outros da comunidade, depois embasar com legislação. Senão repetimos o erro, o CE fica limitado aos de "opiniões mais fortes" ou às "opiniões" só dos próprios membros ali presentes. Daí continua o "achismo". Pelo que vi nos vídeos do you tube, há CEs que funcionam maravilhosamente bem. Os alunos, os pais, a comunidade agradecem.
As escolas devem ser “autônomas”, quer dizer, é ela mesma, através do CE, quem determina a maioria dos assuntos dela mesma. “Autonomia administrativa consiste na possibilidade da escola elaborar e gerir seus planos, programas e projetos. A autonomia administrativa da escola evita que esta seja submetida a uma administração na qual as decisões a ela referente sejam tomadas fora dela e por pessoas que não conhecem a sua realidade”.

O Diretor passa a ter um importante papel de encabeçar os encaminhamentos feitos pelo CE para que tudo funcione bem. Como a comunidade nem sempre estará presente em executar o que foi decidido, caberá ao diretor administrar as decisões que esta tomou através do CE.
Uma das mais importantes ações que uma escola poderia fazer através de seu Conselho Escolar é dar a devida divulgação de como funciona a escola. Sim, promover palestras, assembleias, folder, cartilhas, usar mesmo a rádio, murais da escola, associação de moradores, e todos os meios que puderem usar para informá-los que eles são responsáveis pela vida vida escola de seus filhos e do funcionamento da escola, através do CE. 
A ideia é que toda a comunidade precisa saber que a “A ESCOLA É DE TODOS, É DA COMUNIDADE”. Que os pais de alunos tem “Voz”, tem “Voto”, nas deliberações de assuntos na escola através do CE. Mesmo que por décadas ou séculos se tenha criado esta cultura que pais não tem poder de decisão, de deliberação na escola, que devem 'pedir', 'perguntar' para o diretor, o que criou esta ideia que “os pais não tem interesse”, isto deve mudar, agora.
Qual é a contradição?
O Estado sempre nos lembra que ele manda, ele faz a lei, ele fiscaliza. O município faz a mesma coisa. Na escola todos recorrem a uma pessoa para obter informações, decisões, e resoluções de problemas. Esta pessoa, e outros funcionários recorrem à Secretaria de Educação.
Na outra mão vem a legislação que dá poder aos Conselhos Escolares, representes da comunidade, e estes são quem devem ser consultados, estes são quem deliberam, e depois fiscalizam.



veja: 
AS CONTRADIÇÕES DE NOSSO MUNDO Parte1
A VALORIZAÇÃO DA CULTURA AFRO – QUAL É A SUA COR? 

 
AS CONTRADIÇÕES DE NOSSO MUNDO Parte3
O DOGMA DA LIVRE ESCOLHA DO CONSUMIDOR

A VALORIZAÇÃO DA CULTURA AFRO – QUAL É A SUA COR?

AS CONTRADIÇÕES DE NOSSO MUNDO Parte 1


A VALORIZAÇÃO DA CULTURA AFRO – QUAL É A SUA COR?


Eu fui incubido de preencher o relatório do COMPIR ( Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial) cuja atribuição é de formular, assessorar e acompanhar as políticas públicas, institucionais, culturais e pedagógicas, visando reparações, reconhecimento e valorização da identidade, da cultura e da história dos afrodescendentes, de grupos étnicos e/ou segmentos historicamente estigmatizados por relações etnorraciais.

Neste questionário pergunta-se a cor e ou raça e das pessoas na escola, alunos, professores e funcionários. Solicita-se apenas os números destes separados em Branca – Preta – Amarela – Parda – Indígena.

Entenda-se que “A palavra pardoé mais comumente usadapara referir-se aos brasileiros com variadas ascendências raciais. O manual do IBGE define o significado atribuído ao termo como pessoas com uma mistura de cores de pele, seja essa miscigenaçãomulata(descendentes de brancose negros), cabocla(descendentes de brancos e ameríndios), cafuza(descendentes de negros e indígenas) ou mestiça”.

Negro é a soma dos Pretos e Pardos (mesmo que uma pessoa “parda” possa ser filho de branco com índio).
Como e quem determina a cor e ou a raça?

Não se trata, portanto, de uma classificação biológica ou física com base no genótipo. Pardos e pretos são categorias de classificação da cor da pele tomadas a partir da auto identificação da pessoa que responde a pergunta do IBGE. Assim, um entrevistador pode achar que a cor da pele de uma pessoa é preta, mas o próprio entrevistado pode se achar da cor parda ou branca”. http://www.ecodebate.com.br/2010/06/28/a-definicao-de-corraca-do-ibge-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

Dos alunos, eu recorri ao sistema on line, que é onde eu registro por ocasião da matricula. Na verdade, a cor e ou raça do aluno é registrada segundo a declaração de quem está fazendo a matricula, ou seja mãe, pai ou responsável legal.
Dos professores e funcionários precisei recorrer aos próprios. Ao perguntar a cada um deles surgiu grande polêmica. A professora negra diz ser descendente de preto com índio, portanto, não é negra e sim parda, “mas eu me considero da raça negra”, disse ela. Na verdade quase todos que se consideram branco ou negro são na verdade pardos, porque tem descendência mista. Eu mesmo não me considero branco, pois quando comparo as costas de minhas mãos com papel sulfite, branco, vejo que não sou branco. Tampouco sou preto, pois também comparo com o teclado negro em que digito. De cor mesmo, sou meio bege. E quanto a descendência, tenho afrodescendentes, índios, bugres, holandeses e poloneses na minha ascendência, então não sei que “raça” sou, parda então, sei lá.
Quem são afrodescendentes? Os negros. Me lembrei que há uma parte dos habitantes da África que são brancos e que é bem possível que descendentes destes que por acaso estejam no Brasil, serão “afrodescendentes”, porém não negros.

O que perguntava mais o questionário da Compir? Bem, o se queria saber é como está sendo cumprida leis de fomentação à cultura afrodescendente, no plano da escola, nos projetos da escola, no tratamento aos alunos afrodescendentes, na disponibilidade de livros para pesquisa, enfim, como a cultura afrodescendente tem sido valorizada na escola.
A legislação maior assegura-nos que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,. . .” Art. 5º.

A COMPIR tem como objetivo “promoção da igualdade racial com ênfase na população negra e em outros segmentos étnicos da população brasileira, com o objetivo de combater o racismo, o preconceito, a discriminação, a xenofobia e de reduzir as desigualdades raciais nos campos econômico, social, político e cultural”.
Precisa-se colocar em destaque a “raça”, dando vantagens, destaque, para nivelar o que foi perdido em questão de respeito às 'raças' negra e indígena. Se uma revista se intitular hoje como 'raça branca', ou em vez de homenagear um dia a vinda dos alemães, italianos, japoneses ou outros, homenageássemos a 'raça branca', seria muito descabido para nossos dias. Assim, se pretende elevar a 'raça' afro para assegurar o respeito que faltou nos séculos até hoje.


Veja:
AS CONTRADIÇÕES DE NOSSO MUNDO Parte2

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