INICIO
Assim, Freire (1996), afirma que na escola foi introduzido o termo pedagogia do afeto, em que busca dentro da sala de aula uma educação e um processo de ensino-aprendizagem voltado para a amizade e o afeto, respeito mutuo e cooperação, transformando o ambiente escolar em um espaço agradável e de bem estar, haja vista que para o referido autor não existe educação sem amor.
(A AFETIVIDADE E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM - Cazé; Silva; Souza. (3º CONEDU congresso Nacional de Educação-Out 2016)
No
contexto escolar o afeto é um grande recurso no auxilio do
professor, podendo ser usado em sala de aula para obter a atenção
do aluno, e para que o mesmo tenha interesse e mais participação no
ensino aprendizagem. É através da interação afetiva, que o aluno
tem com seus colegas de classe, e com o professor, que ocorre o
diálogo, podendo desenvolver-se intelectualmente na apresentação
das atividades. Porém o verdadeiro e dedicado professor, deve
ouvir o seu aluno, tentar conhecê-lo, conhecer sua historia de vida,
para assim poder aproximar-se e trabalhar suas devidas carências
afetivas.
A organização precisa ser facilitada para que as crianças tenham acesso de um modo geral aos materiais e informações de forma que não dependam exclusivamente do professor. É preciso que os alunos possam interagir e agir de forma independente e não somente à partir da autorização do adulto para que melhor elaborem seus conhecimentos e suas ações autonomamente.
"O respeito pelas crianças exige a comunicação da aceitação e afeto. Exige o planejamento de um ambiente que encoraje e apoie as expressões de sentimentos, interesses e valores pelas crianças. Isto significa aceitar o direito da criança de sentir raiva e tristeza, bem como sentimentos positivos. (DEVRIES; ZAN, 2006,p.68).
Quando os professores passam algumas responsabilidades para os alunos, como por exemplo, de ajudá-lo a realizar o cartaz das regras, elas se sentirão co-criadoras destas regras, deste modo poderão segui-las com mais facilidade e lembrar ou até mesmo repreender os colegas para que os mesmos não esqueçam.
Se queremos que as crianças desenvolvam a autonomia moral, devemos reduzir nosso poder adulto, abstendo-nos de usar recompensas e castigos e encorajando-as a construir por si mesmas seus próprios valores morais. (KAMII, 1990, p.108).
linguagem valorativa
Para alguns autores (GINOTT,1979; FABER e MAZLISH, 2003), a comunicação pode ser mais coerente por meio do uso de uma linguagem que não avalie a capacidade das pessoas e nem julgue sua personalidade. Para isso, considera-se a utilização da linguagem descritiva, em que o emissor deve descrever os fatos, falar do que vê, do que sente, sem emitir julgamentos.
Tendo como princípio básico falar sobre a situação e não sobre seu caráter, torna-se útil, em todos os tipos de relações estabelecidas pelos educadores, podendo apresentar os fatos como realmente são, sempre procurando interpretar os sentimentos dos envolvidos. Conforme orienta Ginott (1973, p. 59), a essência da verdadeira comunicação é saber aplicar esse princípio nas mais diversas situações. É importante destacar que o tipo de mensagem transmitida nessa forma de usar as palavras reduz a resistência, diminuindo o gasto de tempo e de energia do sujeito com justificativas ou defesas.
(Bilhetes reais e/ou virtuais: uma análise construtivista da comunicação entre escola e família - Sandra Cristina De Carvalho Dedeschi
Logo de cara, os professores bem que poderiam olhar mais nos olhos dos alunos, ouvir mais. Integrar pais e comunidade no cotidiano da escola também seria “praticar educação integral”. E por que não trazer outros profissionais para a sala de aula para explicar tipos diferentes de ofício aos alunos? O professor pode convidar o pai de algum aluno que seja sapateiro, por exemplo. Na sala, ele pode explicar a cadeia do couro numa aula de geografia. A educação integral vem nesse sentido. É pelo cotidiano e por meio dos saberes das pessoas que a comunidade escolar vai contribuir para uma boa educação”. http://porvir.org/porpensar/a-educacao-integral-deixa-escola-mais-humana/20130821
As diversa pesquisas deste grupo da UNICAMP e da Drª Telma Vinha estão no: repósitorio da UNICAMP
Referências
Um
aluno se encaminha após refeição antes dos demais em direção ao
banheiro, um olhar sério dum adulto o repreende prontamente sem
saber do que acontecia, em seguida veio a voz ríspida mandando
voltar. Outro adulto que passa, não falou nada, deu um sorriso para
criança, ganhou um abraço e a acompanhou carinhosamente para o
lugar certo. Muitas vezes a repreensão é por uma coisa que a
criança “não fez” mas que se calou em defender-se “com medo”
da represália. (A
Importância Da Afetividade Na Aprendizagem Dos Alunos)
Não
quero ir à escola! Odeio! Qualquer coisa menos a escola!
|
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
Amizade
com aluno?? O
relacionamento entre aluno e professor interfere positiva ou
negativamente no processo de ensino-aprendizagem. A capacidade do
professor de sentir, planejar, reagir e decidir torna-o capaz de
mudar os acontecimentos e a vivência em sala de aula. A melhor
maneira de agir é avaliar, analisar e sistematizar o comportamento e
a comunicação entre seus alunos, estabelecendo uma interação,
demonstrando afetividade.
Muitas vezes os professores se prendem a questões como salários e/ou a criticar seus alunos, se esquecendo de que o foco para se chegar a uma aprendizagem significativa é depositar, dentro de si, valores como bondade, gentileza, paciência, humildade, generosidade, carinho e respeito; e através dessas qualidades promover um ambiente de harmonia e respeito mútuo. Dessa maneira, a educação infantil deve ser um ambiente de muito aprendizado e aconchego. Um ambiente capaz de proporcionar segurança e desenvolvimento das emoções e habilidades, despertando nas crianças o desejo de fazer parte de algum grupo, promovendo suas relações sociais, de maneira que possam ser capazes de demonstrar sua capacidade de superar desafios.
Muitas vezes os professores se prendem a questões como salários e/ou a criticar seus alunos, se esquecendo de que o foco para se chegar a uma aprendizagem significativa é depositar, dentro de si, valores como bondade, gentileza, paciência, humildade, generosidade, carinho e respeito; e através dessas qualidades promover um ambiente de harmonia e respeito mútuo. Dessa maneira, a educação infantil deve ser um ambiente de muito aprendizado e aconchego. Um ambiente capaz de proporcionar segurança e desenvolvimento das emoções e habilidades, despertando nas crianças o desejo de fazer parte de algum grupo, promovendo suas relações sociais, de maneira que possam ser capazes de demonstrar sua capacidade de superar desafios.
Assim, Freire (1996), afirma que na escola foi introduzido o termo pedagogia do afeto, em que busca dentro da sala de aula uma educação e um processo de ensino-aprendizagem voltado para a amizade e o afeto, respeito mutuo e cooperação, transformando o ambiente escolar em um espaço agradável e de bem estar, haja vista que para o referido autor não existe educação sem amor.
(A AFETIVIDADE E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM - Cazé; Silva; Souza. (3º CONEDU congresso Nacional de Educação-Out 2016)
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
Professores
e alunos desanimados
“Estudos
desenvolvidos por Ribeiro (2005), sobre a competência afetiva na
relação educativa, mostraram que a relação de afetividade
fortalece o vínculo entre alunos e professores e, em um ambiente de
confiança, os alunos passam a construir uma autoimagem positiva, um
compromisso com o professor e passam a participar ativamente das
aulas, melhorando a qualidade do ensino e diminuindo a desistência
nos estudos.” (A AFETIVIDADE NA APRENDIZAGEM: O OLHAR DE ALUNOS DO
6o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL)
“O
professor tem um papel fundamental na afetividade do aluno, e a
qualidade do dialogo pode aproximar o professor do aluno, criando um
laço inseparável entre os mesmos. O educador pode controlar o
processo produtivo, cria, age e ordena tipos de atividades de acordo
com a necessidade de cada educando. Quando o professor se dispõe a
ensinar e o aluno a aprender, é formado uma corrente de
elos afetivos que propiciam boa
vontade, e cumprimento do dever. E a interação e interesse do
aluno, servem como estimulo para a criatividade e dedicação do
professor. “Ama-se na medida em que se busca comunicação,
integração a partir da comunicação com os demais”. (FREIRE.
1983 p.29).
Cidadãos
são resultados de atitudes dos professores
Vygotsky
afirma que o afeto e o intelecto estão ligados e enraizados em
influências mútuas. Educadores como Wallon, Piaget e Vygotsky,
contribuem para que seja discutido e tentem entender a ligação e
influência dos laços afetivos na formação de cada criança, e
como influenciam também nos processos de ensino aprendizagem. Para
que as relações familiares ocorram bem, é necessária a troca de
afeto, como sentimentos de amor, carinho, e também impondo limites,
para que o filho possa crescer bem estruturado nos aspectos de sua
personalidade.
A dignidade da pessoa humana, esta interligada aos aspectos emocionais afetivos, porém a ausência do afeto, resulta num comportamento antissocial, e traumas, sendo em alguns casos necessário até acompanhamento psicoterapêutico, auxiliando no restabelecimento na sua historia de vida. No entanto, a carência afetiva, influencia muito no desenvolvimento e construção da personalidade, identidade e na capacidade de autoestima da criança, refletindo assim no seu comportamento, onde a mesma fica sempre querendo atenção para si, e se sentindo muito inferior na maioria das vezes quando se relaciona com outras pessoas.
A dignidade da pessoa humana, esta interligada aos aspectos emocionais afetivos, porém a ausência do afeto, resulta num comportamento antissocial, e traumas, sendo em alguns casos necessário até acompanhamento psicoterapêutico, auxiliando no restabelecimento na sua historia de vida. No entanto, a carência afetiva, influencia muito no desenvolvimento e construção da personalidade, identidade e na capacidade de autoestima da criança, refletindo assim no seu comportamento, onde a mesma fica sempre querendo atenção para si, e se sentindo muito inferior na maioria das vezes quando se relaciona com outras pessoas.
"(...)
A estabilidade do mundo começa no coração da criança."(PERIOTTO,
2009, p.22)
A
afetividade influencia muito na inteligência e desenvolvimento
humano, sendo nos aspectos emocionais, sociais, nas relações entre
as pessoas e principalmente no ensino aprendizagem. O professor tem
um papel fundamental na afetividade do aluno, e a qualidade do
dialogo pode aproximar o professor do aluno, criando um laço
inseparável entre os mesmos. O educador pode controlar o processo
produtivo, cria, age e ordena tipos de atividades de acordo com a
necessidade de cada educando. E a interação e interesse do aluno,
servem como estimulo para a criatividade e dedicação do professor.
Quando o professor é desanimado ou desmotivado a educar, isso
reflete diretamente nas manifestações de aprendizagem dos alunos,
resultando em alunos lentos e apáticos em sala de aula. Precisa-se
ter cuidado também para não se aproximar muito do aluno,
facilitando que o professor perca a autoridade em sala de aula.
A
AFETIVIDADE E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
A
experiência e a pesquisa têm mostrado que um fato impregnado de
emoção é recordado mais sólido, firme e prolongado que um
feito indiferente. Cada vez que comunicarem algo ao aluno tente
afetar seu sentimento. A emoção não é uma ferramenta menos
importante que o pensamento” (VYGOTSKY, 2003, p.121) Sendo assim, é
exatamente na escola, que o aluno desenvolve seus potenciais, sociais
e psicológicos, e o papel do professor como mediador deste processo,
é de suma importância, proporcionando situações e atividades,
voltadas a estimular e trabalhar a afetividade em cada aluno, segundo
a sua necessidade e carência.
TIPOS
DE RELAÇÕES EM SALA DE AULA
“(…)
Na verdade, preciso descartar como falsa a separação radical entre
“seriedade docente” e “afetividade”. Não é certo, sobretudo
do ponto de vista democrático, que serei tão melhor
professor quanto mais severo,
mais frio, mais distante e “cinzento” me ponha nas minhas
relações com os alunos, no trato dos objetos cognoscíveis que devo
ensinar.” (FREIRE, 1996, p. 159).
O afeto é uma ferramenta que pode ser usada pelo professor, para facilitar no contexto do ensino aprendizagem, e quando a criança sentir-se amada, sentirá mais desejo de aprender. Porém quando o aluno não se identifica com a didática do professor, e a maneira do mesmo conduzir sua aula, sendo arrogante no falar, torna- se difícil o desempenho e desenvolvimento cognitivo, dificultando no processo ensino aprendizagem. No entanto o bom relacionamento entre professor e aluno é muito importante, para que a aula flua melhor.
O professor precisa conhecer o aluno de uma forma particular e muito especial, conhecendo sua historia de vida, suas experiências, suas tristezas, alegrias e frustrações, para poder trazer estes aspectos para sala de aula, e transformá-los em aprendizagem. Porém a afetividade nas relações pedagógicas de professor aluno, pode determinar o sucesso ou fracasso de uma criança na escola e em sua vida futura. Precisa-se estabelecer um relacionamento de amizade e respeito entre professor e aluno, permitindo ao aluno e estabelecendo seu próprio progresso físico, psíquico, espiritual e moral.
O afeto é uma ferramenta que pode ser usada pelo professor, para facilitar no contexto do ensino aprendizagem, e quando a criança sentir-se amada, sentirá mais desejo de aprender. Porém quando o aluno não se identifica com a didática do professor, e a maneira do mesmo conduzir sua aula, sendo arrogante no falar, torna- se difícil o desempenho e desenvolvimento cognitivo, dificultando no processo ensino aprendizagem. No entanto o bom relacionamento entre professor e aluno é muito importante, para que a aula flua melhor.
O professor precisa conhecer o aluno de uma forma particular e muito especial, conhecendo sua historia de vida, suas experiências, suas tristezas, alegrias e frustrações, para poder trazer estes aspectos para sala de aula, e transformá-los em aprendizagem. Porém a afetividade nas relações pedagógicas de professor aluno, pode determinar o sucesso ou fracasso de uma criança na escola e em sua vida futura. Precisa-se estabelecer um relacionamento de amizade e respeito entre professor e aluno, permitindo ao aluno e estabelecendo seu próprio progresso físico, psíquico, espiritual e moral.
(...)
Não aprendemos de qualquer um, aprendemos daquele a quem outorgamos
confiança e direito de ensinar” (Fernández, 1991, p. 47 e 52).
(…)
na relação professor-aluno, uma relação de pessoa para pessoa, o
afeto está presente" (Almeida, 1999, p. 107)
A
pedagogia afetiva é o caminho que deveríamos seguir em sala de
aula, demonstrando, afeto, respeito, responsabilidade, dedicação,
amor, carinho, porém através destes aspectos o aluno irá observar
melhor o que se é ensinado, e irão também aprender com mais
prazer.”
(A
IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO ENSINO APRENDIZAGEM - ROSINÉIA
ARNEIRO BOSCARATO - 2014)
Depois de considerar as fase de Piaget, as autoras consideram a realidade duma sala de aula:
"Porém, é muito comum encontrar em salas de aulas decorações superficiais, onde apenas o professor trabalha na decoração, com esta prática é possível afirmar que os alunos não são considerados como seres capazes e respeitados em suas produções segundo seu desenvolvimento.A organização precisa ser facilitada para que as crianças tenham acesso de um modo geral aos materiais e informações de forma que não dependam exclusivamente do professor. É preciso que os alunos possam interagir e agir de forma independente e não somente à partir da autorização do adulto para que melhor elaborem seus conhecimentos e suas ações autonomamente.
"O respeito pelas crianças exige a comunicação da aceitação e afeto. Exige o planejamento de um ambiente que encoraje e apoie as expressões de sentimentos, interesses e valores pelas crianças. Isto significa aceitar o direito da criança de sentir raiva e tristeza, bem como sentimentos positivos. (DEVRIES; ZAN, 2006,p.68).
Se queremos que as crianças desenvolvam a autonomia moral, devemos reduzir nosso poder adulto, abstendo-nos de usar recompensas e castigos e encorajando-as a construir por si mesmas seus próprios valores morais. (KAMII, 1990, p.108).
(O PAPEL DO PROFESSOR NO DESENVOLVIMENTO DA MORALIDADE INFANTIL PELAS PRÁTICAS EDUCATIVAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL - PRÉ-ESCOLA - Alair Daiane de Moura Silva, Karoline Rezende Thomaz Da Silva - 2013)
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
As
palavras do educador não são inofensivas.
Ao
contrário: afetam a vida dos alunos para melhor ou para pior e
influenciam no conceito
que eles têm de si mesmos.
Ao
refletir sobre os diálogos que costumeiramente observamos ou
presenciamos nas instituições escolares, logo nos lembramos das
ameaças, gritos e broncas. As mensagens humilhantes são comuns: o
adulto julga, censura, critica, intimida, culpabiliza, ridiculariza,
envergonha e oprime o aluno. Outros tipos de mensagens que podem ser
encontradas nas escolas são as de solução, isto é, aquelas que
dirigem, ordenam, advertem, recomendam, exigem, fazem sermão e dão
lições de moral. Também há o sarcasmo e as ironias, que podem
parecer brincadeiras, mas ferem o outro. Além disso, elogios como
“parabéns!”, “muito bem!”, “como você é esperto!”,
costumam também fazer parte do repertório dos educadores, visando
motivar seus estudantes.
linguagem valorativa
Esse
tipo de linguagem frequentemente utilizada nas escolas é chamada de
linguagem valorativa. Ela diz respeito à personalidade ou à
capacidade do indivíduo e não às suas ações. Alguns exemplos
são: “como você é desligado! Não está vendo que já mudamos de
matéria?”, “ninguém quer brincar com você, porque você é
muito egoísta!”, “deixe que eu faço, você é descoordenado
demais pra isso!”, “você é uma ótima desenhista!” e “você
é sempre tão dedicada”.
Julgamentos
e atribuições de culpa, comuns para quem faz uso da linguagem
valorativa, também trazem consequências ruins. A pessoa acusada
tende a focar suas forças e argumentos para se defender,
justificando o porquê de seus atos, ao invés de focar sua atenção
nas causas e na resolução do problema. “Não fui eu” ou “eu
só fiz isso, porque...” são frases de defesa comumente
utilizadas, buscando formas de escapar desse sentimento de culpa.
Não
há lugar para reflexões devastadoras na comunicação
professor-criança.
Um
professor profissional evita comentários que casualmente destroem
o amor próprio
de
uma criança. O papel de um professor é curar e não ferir. Um
professor com uma certa disposição crítica e uma língua bem
dotada tem uma grave responsabilidade: ele deve proteger as crianças
do seu talento mortal, ou aprendendo novas formas de comunicação ou
escolhendo outro gênero de trabalho (GINOTT, 1973, p. 76).
A
linguagem do educador precisa, assim, ser repensada e estudada.
Como
podemos nos comunicar de uma maneira que não prejudique o outro e
que, mais que isso,
contribua para seu desenvolvimento moral?
Linguagem descritiva
Essa maneira diferente de se comunicar é denominada linguagem descritiva. É uma forma de comunicação que consiste em apresentar os fatos como são, isto é, como o próprio nome diz, descrever ações, fatos e sentimentos, sem emitir julgamentos.
Essa maneira diferente de se comunicar é denominada linguagem descritiva. É uma forma de comunicação que consiste em apresentar os fatos como são, isto é, como o próprio nome diz, descrever ações, fatos e sentimentos, sem emitir julgamentos.
Assim,
se refere à situações e fatos, e não à personalidade ou ao
caráter do sujeito, como é
o caso da linguagem valorativa.
(A
Linguagem do Educador e a Autonomia Moral)
Para alguns autores (GINOTT,1979; FABER e MAZLISH, 2003), a comunicação pode ser mais coerente por meio do uso de uma linguagem que não avalie a capacidade das pessoas e nem julgue sua personalidade. Para isso, considera-se a utilização da linguagem descritiva, em que o emissor deve descrever os fatos, falar do que vê, do que sente, sem emitir julgamentos.
Tendo como princípio básico falar sobre a situação e não sobre seu caráter, torna-se útil, em todos os tipos de relações estabelecidas pelos educadores, podendo apresentar os fatos como realmente são, sempre procurando interpretar os sentimentos dos envolvidos. Conforme orienta Ginott (1973, p. 59), a essência da verdadeira comunicação é saber aplicar esse princípio nas mais diversas situações. É importante destacar que o tipo de mensagem transmitida nessa forma de usar as palavras reduz a resistência, diminuindo o gasto de tempo e de energia do sujeito com justificativas ou defesas.
(Bilhetes reais e/ou virtuais: uma análise construtivista da comunicação entre escola e família - Sandra Cristina De Carvalho Dedeschi
Conversando
com criança
"Toda
vez que nos dirigimos a outra pessoa, transmitimos mensagens que
afetam as emoções e os sentimentos dela, para melhor ou pior. Por
isso, nós, educadores, precisamos ir além da boa intenção e
aprender a nos comunicar de modo construtivo, usando procedimentos
que auxiliem a estabelecer diálogos efetivos, mesmo nas difíceis
condições da sala de aula.
A
conversa com um aluno sobre determinado acontecimento ou
comportamento dele, como uma postura inadequada, é mais eficiente
quando não há julgamentos, culpabilizações ou desconfianças. O
ideal é falar da situação, e não do caráter do envolvido. Em vez
de dizer "vocês são bagunceiros", o melhor é "vocês estão saindo da
classe, mas vejo carteiras fora do lugar e papéis no chão". A
linguagem assim formulada, de maneira descritiva, favorece a
colaboração e dá oportunidade para ele concluir o que fazer.
Evite acusar ou atacar
Isso faz com que o ouvinte canalize a energia em se defender ou se justificar, e não em solucionar o problema. Reprimendas somente incitam a raiva e diminuem a autoestima. Comentários negativos, como Você derruba tudo, que desajeitada! também não ajudam. Já a linguagem sem crítica (linguagem descritiva) atrai a cooperação: A tinta caiu. Depois de limpar, vamos pensar em o que fazer para ela não cair mais?
Evite acusar ou atacar
Isso faz com que o ouvinte canalize a energia em se defender ou se justificar, e não em solucionar o problema. Reprimendas somente incitam a raiva e diminuem a autoestima. Comentários negativos, como Você derruba tudo, que desajeitada! também não ajudam. Já a linguagem sem crítica (linguagem descritiva) atrai a cooperação: A tinta caiu. Depois de limpar, vamos pensar em o que fazer para ela não cair mais?
Assim,
sem se utilizar de censuras, julgamentos ou críticas, o educador
valoriza a fala da criança e acolhe seus sentimentos, mostrando que
esses são aceitáveis – as ações é que devem ser controladas.
Ao ter seus sentimentos identificados e respeitados, a criança
consegue lidar melhor com eles e pensar com mais clareza em como
resolver seus problemas.
Em
vez de ordenar ou ameaçar, ofereça opções, mesmo que as
alternativas não sejam agradáveis." (Telma Vinha - O Educador
e a Moralidade Infantil).
É
hora de dar conselhos
Ao
dar conselhos, a primeira regra é, saiba de tudo quanto possível
antes. Segunda regra, estude métodos diferentes e eficazes de
aconselhar. Terceira, dar bronca afastará o ouvinte do conselho e
fará agir exatamente ao contrário, fará escondido na próxima vez
se não entender a sabedoria do conselho.
"Acusar,
intimidar, dar longos sermões não são possibilidades de tomada de
consciência e nem mesmo desencadeadoras do valor de si.
Há
um tipo de linguagem que consiste em não acusar, apenas descrever o
que vemos e o que sabemos.
Linguagem
descritiva é apenas descrever o ocorrido sem criticar, acusar ou
julgar e, em seguida, focar numa solução.
Fante
(2005) também indica esse tipo de linguagem para que possa se
estabelecer uma relação de confiança com os envolvidos na
situação: “Estou vendo que você e seu colega estão tento alguns
problemas... Estou vendo que você anda chateado com alguns colegas”.
Numa
relação de confiança com as crianças, é preciso que perguntemos:
“Como é que eu posso te ajudar?”, “Diga-me, vamos pensar
juntos, o que nós podemos fazer para resolver essa situação?
Mostramos
respeito pela criança, continua a autora, “através de nossas
tentativas no sentido de compreender o que elas dizem e sentem, e
através de nossa aceitação, destituída de qualquer juízo, desses
sentimentos e pensamentos”.
As
oficinas como local de conversa
“Elas
têm que mudar a forma de pensar e fazer educação, não basta ter
uma oficina de artes no contraturno, é preciso muito mais. Elas têm
que dialogar mais com os alunos, com o que eles trazem nos encontros
e com o contexto de suas comunidades. Como trabalhar a disciplina de
história sem levar em conta a história do aluno, da escola ou da
própria comunidade? Mesmo vivendo numa sociedade cada vez mais
fragmentada é preciso que a gente transversalize mais, rompendo com
a prática de trabalhar com conteúdos isolados. Com as atividades de
capoeira, por exemplo, é possível trabalhar os direitos humanos, a
história, a cultura e a educação física.
Logo de cara, os professores bem que poderiam olhar mais nos olhos dos alunos, ouvir mais. Integrar pais e comunidade no cotidiano da escola também seria “praticar educação integral”. E por que não trazer outros profissionais para a sala de aula para explicar tipos diferentes de ofício aos alunos? O professor pode convidar o pai de algum aluno que seja sapateiro, por exemplo. Na sala, ele pode explicar a cadeia do couro numa aula de geografia. A educação integral vem nesse sentido. É pelo cotidiano e por meio dos saberes das pessoas que a comunidade escolar vai contribuir para uma boa educação”. http://porvir.org/porpensar/a-educacao-integral-deixa-escola-mais-humana/20130821
A
criança sempre é culpada - eles só aprontam
Pode
haver situações parecidas, na verdade paralelas, culpa-se
prontamente a criança sem saber o que aconteceu de fato. Por
exemplo, aluno caiu, machucou seriamente cabeça e nariz:
-
“Bem feito, mas também, você não para quieto”.
Não
parar quieto é 'normal de criança saudável', e se “não parar
quieto” incomoda, a culpa é do adulto de não ter interferido
corretamente e amigavelmente antes. Culpar a criança pela falta de
domínio é injusto. Para que a criança vem a escola, senão
aprender, não a base do chicote, mas do raciocínio, da educação e
do amor? Na verdade a criança “é tirada” de seu lar cedo na
vida, sem entender o que acontece, e estranhos passam a dar bronca e
exigir coisas dela, lições, comportamento, coisas que às vezes é
diferente na casa dela.
"Quando
ocorrer qualquer tipo de incidente é preciso que os fatos sejam
apurados, assim nada de sair fazendo prejulgamentos, (...)
No
momento da apuração é preciso que os envolvidos sejam ouvidos
separadamente e depois confrontados. Quando confrontados é preciso
que os mesmos saibam o mal que causaram ao outro, pois desse modo
facilita para que eles vejam a extensão do ato." (Material de
Apoio - Coordenador Pedagógico,Gestor escolar e Diretor -
http://www.sosprofessor.com.br/blog/)
Se
uma professora leva um aluno direto à diretoria, ou aos pais através
de bilhetes, passa por cima dum profissional chave, e de ferramenta
essencial à resolução de suas dificuldades: o Coordenador(a). Este
profissional poderia planejar soluções junto dos professores e
depois participar na aplicação de estratégias bem sucedidas.
A
escola regular muitas vezes usa erroneamente o "livro de
registro", ou "livro negro", para registrar
indisciplinas de alunos. As oficinas da Nova Escola, usa também o
livro, mas com o objetivo original de quando foi criado: para
estatísticas. Este é usado para cálculos de tipos de
incivilidades.
A
autora e professora de Psicologia Educacional da Faculdade de
Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vem
desenvolvendo estudos bem aprofundados sobre como lidar com conflitos
na escola. Na verdade, os estudos expõem nossas maneiras de resolver
conflitos como sendo arcaicos e totalmente ineficazes. Por quê? Como
deveríamos proceder?
Tenha
curiosidade de assistir só um vídeo e tua vida como professor
mudará muito.
Estratégias
bem sucedidas são expostos de maneira simples e lógica.
Vídeo
1: MEDIANDO
CONFLITOS NA ESCOLA
As diversa pesquisas deste grupo da UNICAMP e da Drª Telma Vinha estão no: repósitorio da UNICAMP
Referências
A
importância da afetividade no ensino aprendizagem - Rosinéia
Arneiro Boscarato - 2014
A
Linguagem do Educador e a Autonomia Moral (Mariana Guimarães
WREGE, Beatriz Gracioli ANDRADE, Gabriela Caldeira ARANHA, Nicole
Stephania Strohmayer LOURENCETTI. 2014 - www.marilia.unesp.br/scheme
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