segunda-feira, 6 de julho de 2015

VAI DECLAMAR? COMO ENSAIAR?

SUGESTÕES PARA DECLAMAÇÃO

A estrela não deve ser o Declamante, nem o Autor. É a poesia que deve aparecer. Por isso na hora da escolha da poesia, observe o texto, que lhe seja interessante, mas leia em voz alta para experimentar o sabor do som, das rimas. Escolha poesia que seja de texto fácil, para que todos entendam o que você esta dizendo. Uma poesia bem escolhida lhes dará segurança, satisfação.


1-Como primeira regra para alguém que vai declamar, não, não é decorar, mas se conscientizar que precisa falar devagar e com clareza. Mesmo porque isto vai ajudar a decorar. Pode-se ter um poema bonito, rico, assim como alguém pode decorá-lo muito bem, mas se falar rápido, irá desvalorizar o texto.
Adolescente tem mania de não pronunciar as últimas sílabas e, às vezes, as últimas palavras da frase.
Quem está dando treinamento precisa se focar em uma coisa por vez, ou seja, deixe o declamador fazer diversas vezes o texto consciente que está sendo observado só nisto: falar pausadamente.
O falar pausadamente irá dar maior controle, mais segurança para quem declama. Todos os passos seguintes devem ser acertados individualmente, treinando-se várias vezes só aquele passo, sem mistura-los. Claro que pode-se ir acumulando, somando, mas a cada passo novo treinar especificamente e conscientemente aquele passo.

2- Agora é hora de se preocupar em dar um espaço, uma pausa maior entre os parágrafos. Para isto que existem parágrafos, para indicar uma leve mudança de assunto, de detalhe, ou mesmo de continuidade, mas com outro enfoque (e para respirar com mais profundidade). Na simples leitura se faz isto. No poema é muito mais importante, se for com rima, mas importante ainda.
Obvio dizer que não e pode dar uma pausa tão grande a ponto de os ouvintes pensarem que você esqueceu o poema. Quando for dupla, dará um tempinho exato para outro entrar sem atropelar.

3- Agora é a hora de decidir a intensidade (o volume). Precisamos estudar o poema para discernir que partes podem ser feitas em voz baixa, em voz alta, em voz suave, em voz um pouquinho mais estridente, em voz mais romântica, em voz um pouco desleixada e sem interesse. Tudo isto tem seu lugar na declamação. É como uma musica, tem partes suaves, tem partes fortes. Tem partes fortes para falar rapidamente e partes fortes para falar pausadamente como martelando as sílabas. Podemos usar som suave, soprando bastante ar dos pulmões (fale a palavra ‘espaço’ bem suavemente como que está pedindo silencio em voz baixa, note que na sílaba ‘pa’ sai muito ar dos pulmões). Podemos usar voz menos suave fazendo soar na garganta.

4- Agora é hora de estudar os versos para descobrir quais versos serão falados com mais intensidade. Poemas são como musicas, geralmente começam mais suavemente, e vão adquirindo mais força, e, muitas vezes voltam a suavidade no final. Sim, vamos descobrir isto no texto, no assunto, conforme este se desenvolve. Isto deixará a apresentação mais dinâmica, sai dum lugar e chega em outro lugar, não fica cansativo, nem monótono. Pergunte para alguém que observa (ou para treinador) se a entonação (levada da voz, o ritmo) não está repetitivo.

5-Próximo passo, é definir gestos e posição das pernas. Os gestos irão obedecer naturalmente o texto. Mas aqui vai uma palavra de cautela: Vamos inovar, vamos inventar, vamos achar novas maneiras de expressar palavras com gestos. Todos usam os mesmos gestos para as mesmas palavras (mar é sempre com as mãos flutuando para o lado, lágrimas é sempre apontando para os olhos, etc). Vamos usar gestos incomuns, mas claro que devemos cuidar para que não fuja tanto que descaracterize o substantivo ou o verbo. Quem declama não deve ficar com as pernas paradas, mas também não devem ficar se mexendo o tempo inteiro. Então decida antes como irá se movimentar no palco. Por que não começar parado, olhando para a assistência? Por que não começar sentado? Conforme o texto vai caminhando, vamos aumentando os gestos e movimentação das pernas. Na parte do texto em que chega a um clímax, nossa voz está forte, ficamos exitados, enlevados e nosso corpo deve acompanhar esta agitação, quando o texto se acalma, nossa voz se acalma e nossa movimentação se acalma concordemente. Isto parece teatral, mas é assim mesmo que tem que ser. Os jurados vão julgar a interpretação, o que é isto senão a movimentação que acompanha a voz e o texto?. Mas deve-se decidir isto antes, não necessariamente exatamente quanto vai andar, ou para que lado, mas a intensidade e o momento da movimentação.
6-Em alguns casos (mas apenas em alguns casos, pois tudo que acontece muitas vezes cansa) pode-se fazer uma mudança extrema. Por exemplo no poema “Luz e Escuridão” na parte “cegueira insólita, solidificada, deslumbre , lacrada - não, não vi mais nada nada nada nada nada nada. . .”, eu fazia com voz forte e alta, desesperada, de joelhos (acabei de falar dum acidente que me deixou cego) e em seguida, na segunda parte da frase, falava com voz triste, fraca e continuava desesperada. Se isto acontecer uma ou duas vezes já é o suficiente para dar um ar dinâmico para a apresentação.
8-Preocupe-se também em como fará o final. O final tem que ter um tom terminal. Uma boa sugestão é dar uma pausa um pouco maior antes de começar o último parágrafo. Um tom terminante significa uma maneira de expressar em que indique a todos que é o último paragrafo, como se dissesse ‘portanto’, ou ‘sendo assim’ como quem vai falar a última coisa e fim. As últimas palavras, a última frase deve ser falada bem lentamente.
9-Qual a primeira coisa a se fazer na hora da apresentação. Jamais saia falando. Primeiro feche os olhos e respire fundo. Depois olhe pausadamente para a assistência, olhando de um lado até o outro da sala. Então comece a falar. Isto te dará segurança pela apresentação adentro.
10-Decida antes o que fará se esquecer ou errar o texto. Pense em como os jurados olharão esta falha. Se eles observarem você se perder, ficar nervosa, tirarão pontos. Decida que, calmamente, irá respirar, olhar tranquilamente para a assistência e repetir o verso do início, e seguir. Note o que sempre acontece quando alguém erra poema ou leitura. A pessoa recomeça, ou pula pra frente e nos próximo parágrafos atropela palavras. É como alguém que tropeça mas não cai, sai desiquilibrado por vários passos até ficar bem. Vamos evitar isto. Se fizer a sugestão acima, irá recomeçar o verso de maneira segura, firme e com confiança, os jurados aplaudirão. Mas decida isto antes, treine isto antes diversas vezes para ficar natural, se um dia acontecer, você se sairá muito bem.
11-Procure as palavras que não conhece num dicionário para entender a frase e a ideia que o autor quis expressar. Se a língua não consegue falar uma determinada palavra, escreva-a com letras grandes e prenda no espelho, no caderno, no notebook, no celular, para olhar várias vezes para ela e sempre que fizer isto fale em ‘voz alta’ para que o cérebro ensine a língua a expressá-la sem tropeço.


Experimente fazer com texto abaixo



UMA SIMPLES CANÇÃO * 
*
* Na doce mensagem de uma simples canção (voz suave) (parado em pé)
Muito mais no encanto de uma melodia triste (voz normal de média altura) (parado em pé)
Na melancolia de umas horas de uns dias (voz triste) (parado, vire-se para direita com as mãos tapando rosto)
Incompreensão gera só tensão tristeza * (voz forte martelada nas duas últimas palavras) (um passo para frente, pernas abertas)
*
* A doce mensagem não importa às vezes (voz desleixada) (virado para o lado)
Mas na melodia, está minha alegria (Voz com tom alegre) (dá volta por trás e na metade começa a falar, acaba falar quando fica de frente –braços abertos no alto)
Só o violão ouve a minha voz (voz introspecta, como se estivesse olhando para o além – (ajoelha-se como ‘o pensador’)(é uma afirmação , mas é algo estranho, curioso)
Sim na solidão, ecoa meu refrão * (voz triste, fraca, afirmativamente)(em pé braços abertos para frente do corpo)
*
No suave silêncio de uma horas no dia (voz normal)
A doce canção alivia tensão, a irritação (voz meiga, suave, com olhos fechados)
Na desistressante e suave harmonia (voz normal, meio fraca)
Cada nota faz e traz uma incessante alegria (voz alta e forte, como que está concluindo)
*

quarta-feira, 1 de julho de 2015

A ESCOLA É DE TODOS, É DA COMUNIDADE – MAS QUEM É QUE MANDA MESMO?


 
AS CONTRADIÇÕES DE NOSSO MUNDO Parte2

A ESCOLA É DE TODOS É DA COMUNIDADE – MAS QUEM É QUE MANDA MESMO?

As relações de poder no interior da escola
 
Os diferentes agentes escolares apresentam percepções contraditórias a respeito das relações escolares. Freqüentemente exprimem uma relação de amor e ódio com a instituição e associam aspectos de satisfação e frustrações. A política educacional nacional, estadual e municipal constitui o elemento externo que determina um campo de poder no espaço escolar. Cargos de supervisão, em secretarias municipais ou delegacias regionais introduzem exigências na organização e atividades da escola e constituem um aspecto freqüentemente de interferência na escola, na medida em que impõem exigências de estrutura, relatórios, planejamentos que interpõem tarefas que se sobrepõem às tarefas cotidianas. Cargos de direção, coordenação, secretaria freqüentemente se vêm forçados a abandonar seus afazeres pedagógicos para atender às constantes solicitações de demandas dos agentes externos. Como a escola é parte de um sistema maior e regida por normas determinadas pelo poder público ao qual está submetida, todos aqueles que têm cargos dirigentes acabam “dirigindo” suas ações pelos aspectos determinados pelos agentes do poder público.
Como organização, a escola segue políticas contraditórias que atendem a interesses de grupos de expressão nacional, estadual, municipal e, muitas vezes, local. A comunidade atendida tem pouca influência nos aspectos políticos que determinam as normas e leis que impõem como deve funciona a escola dentro do sistema educacional. É ela, entretanto, que está mais próxima e que têm a escola como um dos aspectos de sua vida. 
(Conselho escolar: "ALGUMAS CONCEPÇÕES E PROPOSTAS DE AÇÃO" - 2010 by Maria Cecília Luiz)

 OS CONSELHOS ESCOLARES

"Por isso é fundamental que o conselho congregue em si a síntese do significado
social da escola, para que possa constituir-se a voz da pluralidade dos atores
sociais a quem a escola pertence. Então vem ao caso uma pergunta essencial: a
quem pertence a escola pública? A resposta óbvia seria: aos cidadãos, ao público.
O Estado, desde suas origens, foi a institucionalidade, a expressão da sociedade.
Obviamente, então, que a escola não pertence ao governo, nem ao diretor e nem
aos trabalhadores internos". (Conselhos Escolares: Uma estratégia de gestão democrática da educação pública)
Já tinha ouvido dos conselhos escolares desde a década de oitenta, me admiro como demorou para 'pegar' em todas as escolas. Sempre achei que o Conselho Escolar era muito importante para melhorar a qualidade da educação, mas achava que seu papel era de “fiscalizar e sugerir' soluções.
Vi que é mais do que isto, ele tem o poder de deliberar e tomar decisões, na elaboração do regimento escolar, “consolidar a participação efetiva nas tomadas de decisões” e até mesmo “encaminhar, quando for o caso, sindicância para fins de destituição de diretor e vice-diretor da escola”, agindo “como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino”.
"O Conselho Escolar é o órgão máximo da escola", então suas decisões têm que representar a vontade coletiva e deve ser acatada. Eu particularmente, tenho desejo grande de ver isto ser aplicado na realidade escolar, pois é justo, é produtivo, chama a responsabilidade de todos numa democracia real. Acho que será muito benéfico e a satisfação de todos será grande.
Alivia a carga dos Diretores assim como resolve aqueles caso de abuso de autoridade. 

    
A função deliberativa, refere-se à tomada de decisões - Conselho observa as dificuldades, delibera, junta ideias com fatos e sugere soluções, 'participando de decisões'.

A função consultiva refere-se à emissão de pareceres - Quer dizer o CE presta consulta quando se é solicitado por comunidade, por governo ou por empresas, pra isto pesquisa meios para melhorar situações problemáticas e emite parecer.

A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações identificando problemas e alternativas no cumprimento de ações para melhoria de seu desempenho.

A função fiscalizadora refere-se ao acompanhamento e fiscalização pra ver se estão sendo de fato feitas as mudanças devidas em suas datas e da maneira anteriormente decidida.


Quem compões o CE? O diretor da escola, representantes dos professores, dos funcionários, dos pais e dos alunos.
Como são tomadas decisões? O CE fará consulta à legislação, depois à comunidade e respeitará a voz de todos.

Eu achava que funcionava mais para o prédio físico, ou para festas ou coisa assim, mas agora vi que a atuação do Conselho entra no campo pedagógico. Isto é muito significativo porque vai “analisar os resultados da avaliação interna e externa da escola e contribuir para a implementação das alternativas propostas para melhoria do desempenho dos alunos”. É claro que a parte mais importante da educação é no campo pedagógico, dali que sai a parte mais significativa para melhorar “a qualidade” do ensino.

Os conselheiros não defendem ideias próprias, mas fazem a intermediação entre a comunidade e a escola, o que significa que não vão impor sua opinião, mas trazer a comunidade para a escola. Isto que é Democracia. Por isto tem representantes de dentro e de fora da escola. A década de oitenta já se falava que o Conselho iria “ contribuir com a progressiva autonomia das unidades escolares”, cada escola servindo às necessidades de sua comunidade, o que pra mim é surpreendente.
Sim porque sempre me pareceu que as decisões vinham de cima, da prefeitura, do Estado, da União e não restava o que fazer senão obedecer. Isto muda toda minha opinião sobre o assunto.
Na prática mesmo, é assim, a Secretaria Municipal de Educação manda, a diretora obedece, e manda na escola. Quem resolve, decide, define as coisas nas escolas que você conhece?

Em algumas escolas já existe o Conselho por anos. Eu percebi nos anos que trabalho em escolas, como professor ou no administrativo, que muitas vezes mal sabemos qual exatamente é nossa função como conselheiros e como membros da APP.
Por exemplo, como pai e como membro da APP no conselho fiscal, eu ia nas reuniões e também assinava os papeis sem fiscalizar nada, pois fui orientado que podíamos confiar que a diretora estava fazendo as compras e pagamentos corretamente. Para que existe conselho fiscal então?.
Vi isto por décadas. O diretor é quem prepara a pauta, depois fala o tempo inteiro na reunião. Trabalhei numa escola que nas reuniões a diretora começava falar às 8h da manhã e só parava às 16h.
Não é questão de ficar criticando, mas é a percepção de onde erramos para corrigirmos. Com o CE, as APP passam a servir como executoras, não mais deliberativas. Assim, todos precisam participar, não com próprias ideias, mas trazendo as opiniões (e soluções) de outros da comunidade, depois embasar com legislação. Senão repetimos o erro, o CE fica limitado aos de "opiniões mais fortes" ou às "opiniões" só dos próprios membros ali presentes. Daí continua o "achismo". Pelo que vi nos vídeos do you tube, há CEs que funcionam maravilhosamente bem. Os alunos, os pais, a comunidade agradecem.
As escolas devem ser “autônomas”, quer dizer, é ela mesma, através do CE, quem determina a maioria dos assuntos dela mesma. “Autonomia administrativa consiste na possibilidade da escola elaborar e gerir seus planos, programas e projetos. A autonomia administrativa da escola evita que esta seja submetida a uma administração na qual as decisões a ela referente sejam tomadas fora dela e por pessoas que não conhecem a sua realidade”.

O Diretor passa a ter um importante papel de encabeçar os encaminhamentos feitos pelo CE para que tudo funcione bem. Como a comunidade nem sempre estará presente em executar o que foi decidido, caberá ao diretor administrar as decisões que esta tomou através do CE.
Uma das mais importantes ações que uma escola poderia fazer através de seu Conselho Escolar é dar a devida divulgação de como funciona a escola. Sim, promover palestras, assembleias, folder, cartilhas, usar mesmo a rádio, murais da escola, associação de moradores, e todos os meios que puderem usar para informá-los que eles são responsáveis pela vida vida escola de seus filhos e do funcionamento da escola, através do CE. 
A ideia é que toda a comunidade precisa saber que a “A ESCOLA É DE TODOS, É DA COMUNIDADE”. Que os pais de alunos tem “Voz”, tem “Voto”, nas deliberações de assuntos na escola através do CE. Mesmo que por décadas ou séculos se tenha criado esta cultura que pais não tem poder de decisão, de deliberação na escola, que devem 'pedir', 'perguntar' para o diretor, o que criou esta ideia que “os pais não tem interesse”, isto deve mudar, agora.
Qual é a contradição?
O Estado sempre nos lembra que ele manda, ele faz a lei, ele fiscaliza. O município faz a mesma coisa. Na escola todos recorrem a uma pessoa para obter informações, decisões, e resoluções de problemas. Esta pessoa, e outros funcionários recorrem à Secretaria de Educação.
Na outra mão vem a legislação que dá poder aos Conselhos Escolares, representes da comunidade, e estes são quem devem ser consultados, estes são quem deliberam, e depois fiscalizam.



veja: 
AS CONTRADIÇÕES DE NOSSO MUNDO Parte1
A VALORIZAÇÃO DA CULTURA AFRO – QUAL É A SUA COR? 

 
AS CONTRADIÇÕES DE NOSSO MUNDO Parte3
O DOGMA DA LIVRE ESCOLHA DO CONSUMIDOR

A VALORIZAÇÃO DA CULTURA AFRO – QUAL É A SUA COR?

AS CONTRADIÇÕES DE NOSSO MUNDO Parte 1


A VALORIZAÇÃO DA CULTURA AFRO – QUAL É A SUA COR?


Eu fui incubido de preencher o relatório do COMPIR ( Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial) cuja atribuição é de formular, assessorar e acompanhar as políticas públicas, institucionais, culturais e pedagógicas, visando reparações, reconhecimento e valorização da identidade, da cultura e da história dos afrodescendentes, de grupos étnicos e/ou segmentos historicamente estigmatizados por relações etnorraciais.

Neste questionário pergunta-se a cor e ou raça e das pessoas na escola, alunos, professores e funcionários. Solicita-se apenas os números destes separados em Branca – Preta – Amarela – Parda – Indígena.

Entenda-se que “A palavra pardoé mais comumente usadapara referir-se aos brasileiros com variadas ascendências raciais. O manual do IBGE define o significado atribuído ao termo como pessoas com uma mistura de cores de pele, seja essa miscigenaçãomulata(descendentes de brancose negros), cabocla(descendentes de brancos e ameríndios), cafuza(descendentes de negros e indígenas) ou mestiça”.

Negro é a soma dos Pretos e Pardos (mesmo que uma pessoa “parda” possa ser filho de branco com índio).
Como e quem determina a cor e ou a raça?

Não se trata, portanto, de uma classificação biológica ou física com base no genótipo. Pardos e pretos são categorias de classificação da cor da pele tomadas a partir da auto identificação da pessoa que responde a pergunta do IBGE. Assim, um entrevistador pode achar que a cor da pele de uma pessoa é preta, mas o próprio entrevistado pode se achar da cor parda ou branca”. http://www.ecodebate.com.br/2010/06/28/a-definicao-de-corraca-do-ibge-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

Dos alunos, eu recorri ao sistema on line, que é onde eu registro por ocasião da matricula. Na verdade, a cor e ou raça do aluno é registrada segundo a declaração de quem está fazendo a matricula, ou seja mãe, pai ou responsável legal.
Dos professores e funcionários precisei recorrer aos próprios. Ao perguntar a cada um deles surgiu grande polêmica. A professora negra diz ser descendente de preto com índio, portanto, não é negra e sim parda, “mas eu me considero da raça negra”, disse ela. Na verdade quase todos que se consideram branco ou negro são na verdade pardos, porque tem descendência mista. Eu mesmo não me considero branco, pois quando comparo as costas de minhas mãos com papel sulfite, branco, vejo que não sou branco. Tampouco sou preto, pois também comparo com o teclado negro em que digito. De cor mesmo, sou meio bege. E quanto a descendência, tenho afrodescendentes, índios, bugres, holandeses e poloneses na minha ascendência, então não sei que “raça” sou, parda então, sei lá.
Quem são afrodescendentes? Os negros. Me lembrei que há uma parte dos habitantes da África que são brancos e que é bem possível que descendentes destes que por acaso estejam no Brasil, serão “afrodescendentes”, porém não negros.

O que perguntava mais o questionário da Compir? Bem, o se queria saber é como está sendo cumprida leis de fomentação à cultura afrodescendente, no plano da escola, nos projetos da escola, no tratamento aos alunos afrodescendentes, na disponibilidade de livros para pesquisa, enfim, como a cultura afrodescendente tem sido valorizada na escola.
A legislação maior assegura-nos que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,. . .” Art. 5º.

A COMPIR tem como objetivo “promoção da igualdade racial com ênfase na população negra e em outros segmentos étnicos da população brasileira, com o objetivo de combater o racismo, o preconceito, a discriminação, a xenofobia e de reduzir as desigualdades raciais nos campos econômico, social, político e cultural”.
Precisa-se colocar em destaque a “raça”, dando vantagens, destaque, para nivelar o que foi perdido em questão de respeito às 'raças' negra e indígena. Se uma revista se intitular hoje como 'raça branca', ou em vez de homenagear um dia a vinda dos alemães, italianos, japoneses ou outros, homenageássemos a 'raça branca', seria muito descabido para nossos dias. Assim, se pretende elevar a 'raça' afro para assegurar o respeito que faltou nos séculos até hoje.


Veja:
AS CONTRADIÇÕES DE NOSSO MUNDO Parte2

domingo, 21 de junho de 2015

QUALIDADE NA EDUCAÇÃO - QUANTO DE DINHEIRO PRECISA?



A escola de qualidade começa em nossas mentes, em nossos ideais e duma ideia mui clara do que almejamos.

Sempre falamos e ouvimos dizer que com mais dinheiro (recursos diversos) a qualidade de educação no país se resolve. Que se pagar mais o professor, melhora a qualidade de ensino. Tudo parece tão simples de resolver, mas não é.

Eu vejo diferente.
Problemas que levam à má qualidade no ensino.

  1. Preparação para provas. É muito esquisito quando o professor fornece uma data, uma dica do que vai cair e o aluno deve "estudar" em casa. O aluno já não aprendeu em sala? Para que estudar em casa? É desumano fazer uma prova ou algum tipo de avaliação, mesmo oral, no final da aula ou no início da próxima? Ora se o aluno "aprendeu", não terá dificuldades, e nem precisará "estudar" para a prova em casa, aliás terá prazer em responder avaliação. E, se o aluno não aprendeu em sala, qual a chance de aprender ao 'estudar' em casa? E, se o aluno não aprendeu em sala, surge a oportunidade de descobrir o porquê e corrige-se na hora o problema. Se não, deve haver algum problema no processo de ensinagem. Qual seria o problema, ineficácia de quem ensina? Quantidade de alunos elevada em sala? Falta de motivação? Pouco tempo para muito conteúdo? Tinha que se inventar um método, tipo, dividir a aula em três partes (ou três aulas): primeira o professor considera o conteúdo do jeito que achar melhor, segundo se faz uma avaliação oral, conversando, sem pressão, aluno expressa em suas palavras e terceiro, uma aula para atingir os pontos em que os alunos foram mal na avaliação anterior de maneira a certificar-se que todos "apreenderam" o conteúdo corretamente. Mas o professor precisa de algo assentado por escrito, então faz uma prova final no mesmo dia. (Veja Método socrático)   Que desastre seria se professoras preparassem os alunos especificamente para fazer a Provinha Brasil, para a ANA, para elevarem o índice!

     

  2. Nas escolas por onde trabalhei eu sempre fiquei impressionado com quantidade de projetos e atividades durante o ano. Muitas vezes professores estão com vários projetos ao mesmo tempo, mais os projetos de comemorações, e estes demandam uma grande quantidade de tempo e serviço, pouco ensino e muita montagem, recortes, murais, etc. Não dá tempo nem para avaliar o aproveitamento do último projeto, porque acabou, mas já tem outros em andamento e outros a começar. Uma loucura, muitas vezes se deixa de lado por um instante o conteúdo para se desenvolver trabalhos da próxima comemoração, inclusive treinamento para apresentações e ensaio de musicas afins com alunos. Vejo este como um dos principais empecilhos para a qualidade na educação. Quer fazer bem feito, faça com tempo suficiente, devagar e bem feito, para isto, enxugue, trabalhe com qualidade no pouco e bem feito.

  3. Em qualquer escola do Brasil, em qualquer dia, alunos são 'obrigados' a dominar milhões de informações até o dia da prova. O aluno precisa dominar todas as disciplinas ao mesmo tempo. Pegue uma semana qualquer do ano, uma escola de nível médio. O aluno precisa saber do conteúdo da semana de língua portuguesa, matemática, biologia, cidadania, filosofia, artes, sociologia, química, física, etc. O cérebro é limitado, não se pode simplesmente "socar" um monte de informações ali dentro em curto espaço de tempo. Depois da prova, do Enem, do vestibular, o cérebro apagará metade deste conteúdo que serviu apenas a este propósito. Se pegar qualquer professor (ou diretor) nesta semana e pedir para fazer qualquer prova de outra disciplina, é muito provável que não saberá. Se pedir para qualquer professor, que não seja de matemática ou física, para resolver uma simples questão de equação de segundo grau, é possível que não saiba. Mas o aluno tem que saber "tudo de todas”, cada semana, o ano inteiro. 


  4. A quantidade e qualidade de conteúdos é imensa e algumas vezes inadequada. Por exemplo, eu, como professor de Física, exigia que todos os alunos da sala aprendessem sobre “a energia do fóton emitido na transição que vai corresponder à diferença de energia entre os subníveis atômicos”, ou seja a energia que o elétron ganha ou perde ao pular de camada. Ou nas aulas de “Ótica Geométrica”, associação de espelhos planos, espelhos convexos e lentes convergentes, saber resolver todas as formulas. Aulas 'exigidas' de alunos que jamais irão usar isto na vida, que o professor não usa, senão em aulas. Alunos que terão profissões em áreas totalmente diferentes. Eu citei só exemplos, mas existem milhares de conteúdos em todas as disciplinas que são cobrados de todos igualmente sem importar as diferenças pessoais, diferenças de talentos e o uso que estes conteúdos terão se é que terão no futuro. O tempo é curto, então alguns conteúdos, obrigatoriamente, terão que ser mitigados. Quais? Seres humanos limitados fazem assim: ou fazemos muitíssimas coisas, mal feitas, ou fazemos poucas coisas bem feitas. Na busca da qualidade na educação não será diferente.Por que há atualmente um estresse muito grande que antecede as provas do ENEM? É possível dizer que o aluno realmente aprendeu tudo em sala mas 'esqueceu? Ou que, de fato, é muita coisa para o cérebro reter? 
     

  5. Alunos são tratados como verdadeiras máquinas idênticas. O professor prepara uma aula e espera que “todos” os alunos da sala aprendam aquele mesmo conteúdo. Se um deles tem mais dificuldades será rotulado de aluno 'lento' ou pejorativamente de 'gênio'. Se alguns conseguem, todos devem conseguir igualmente. E, se alguns não conseguem, o carro anda, virá o dia da avaliação, depois o conteúdo será outro e na outra semana outro, e assim vai. Alunos que vão muitíssimo bem em algumas disciplinas, não vão bem em outras. Ninguém é tão bom assim. O “gênio” é assim só numa área. A cada duzentos anos aparece um Leonardo da Vinci, que domina várias áreas, mas nunca todas. Mas a escola acha que todos tem que aprender, apreender, apropriar-se, de “todos” os conteúdos no mesmo tempo, como se tivessem cérebros produzidos em série. O nível de aproveitamento é exigido por igual de pessoas totalmente diferentes (considere isto nas avaliações escritas, mas também em todas as avaliações utilizadas na escola atual). Vejo crianças rotuladas como 'inquietas, bagunceiras', que são na verdade mais espertas mentalmente, mais curiosas, mais criativas, só que incomodam do ponto de vista do professor que não descobriu em que áreas estas se darão bem (inclusive melhor que as outras crianças). Passa-se o mesmo conteúdo, cobra-se com mesmos critérios de avaliação de alunos totalmente diferentes. "Ser diferente é legal!", mas na prática . . .


  6. Métodos de ensino ultrapassados. Por exemplo, um professor pergunta -Todos entenderam? - A turma responde em coro – Sim, professor! - Vejo isto o tempo todo. Alunos tímidos ficam em silêncio ou se juntam ao coro, mas 'eles não entenderam'. O professor toca a aula pra frente, muitas vezes acaba nem sabendo que “nem todos entenderam”. Outro: O professor tem uma vivência de muitos anos na escola, na faculdade, na vida, num casamento, numa roda de amigos, enfim, toda uma experiência única e rica. Ele não entende como é que estes alunos 'preguiçosos' não assimilam o conteúdo, pois o professor foi 'muito claro' em sua aula, ele acha que 'todos deviam ter entendido sim' o que ele explicou. Chamamos isto de “Discursos Que Perpassam” a abordagem em si, ou seja, como nosso interlocutor entenderá nossa fala. Quando esperamos que outra pessoa entenda exatamente assim como nós entendemos determinado ponto de vista vivemos uma ilusão, uma irrealidade (um excelente exemplo disto é a entrega duma flor pelo marido para sua amada esposa, em como cada um sente isto). Outro: Professores ainda passam o conhecimento, e a nova visão de ensino diz que o professor deve, como mediador, contribuir para que o aluno aprenda, ajudá-lo a raciocinar e chegar a conclusões. Algumas vezes talvez seja possível alunos que 'pegaram' o assunto ensinem outros alunos (com supervisão), pois quando se ensina, aprende-se. Mas se um aluno diz que não acredita, por exemplo, na Teoria da Evolução (mesmo que o professor não acredite ou não possa apresentar provas concretas), surge um mal estar, por que os livros mostram homens grotescos, hominídios peludos e encurvados, apresenta como fato e o professor somente repete. E assim será mesmo na faculdade, em que o aluno jamais pode defender 'a própria opinião”, por mais que tenha embasamento em experiências reais, em estudo de campo, em laboratório. Só será aceito quando o aluno citar um 'famoso', renomado nos meios científicos. Por outro lado, insistimos que iremos, como professores, transformar o aluno em cidadãos pensantes, reflexivos, autônomos, etc. Uma vez um aluno perguntava depois de cada exposição minha do conteúdo como ele poderia saber que aquilo era verdade. Eu acabei me irritando, achando que ele queria atrapalhar minha aula e dei um bronca nele e exigi que ficasse em silêncio dali em diante. Hoje vejo que errei, pois o professor tem a obrigação de ajudar o estudante a buscar o conhecimento, a questionar, a discordar, a não entender, a ter dúvidas, querer saber o porquê e como.


  7. "O aprisionamento do professor a métodos e conteúdos ditados pelas autoridades em assuntos escolares. As escolas públicas têm a sua prática pedagógica determinada ou por orientações oriundas das secretarias de educação ou pelos próprios livros didáticos. Isso resulta, na maioria das vezes, em uma prática curricular muito pobre, que não leva em conta nem a experiência trazida pelo próprio professor, nem a trazida pelo aluno, ou mesmo às características da comunidade em que a escola está inserida. Por outro lado, isso restringe a autonomia intelectual do professor e o exercício da sua criatividade. E pior: não permite que a escola construa sua identidade" -  (http://www.moodle.ufba.br/mod/book/view.php?id=14550&chapterid=10917) . Na reestruturação da educação em diversos países, o professor tem liberdade de construir o currículo segundo as necessidades do aluno, às vezes o próprio aluno ganha certa liberdade para participar disto também.Veja reportagem "Educação Proibida"

      
  8.  Acontece que, assim como na sociedade, há uma visível fragmentação das atividades da escola. Nela, predominantemente, os diretores coordenam as atividades, os professores ensinam, os estudantes estudam, os orientadores educacionais apoiam os estudantes, os supervisores ajudam os docentes, os técnicos administrativos cuidam da escrituração escolar e do atendimento ao público, os funcionários fazem a limpeza e manutenção, os vigias e porteiros cuidam da segurança da escola. Essas são as ações de cada um desses sujeitos, mas, comumente o problema está em que essas partes não conversam entre si, isto é, executam ações fragmentadas e desconectadas.

    A prática social da educação é um todo, com partes que se articula e se complementam. Quando as partes desse trabalho se distanciam, quando seus membros perdem a noção da totalidade e, muitas vezes percebem sua “parte” como “o todo”, a escola tende a ver seu esforço se esvair na fragmentação. Tornam-se partes que fragmentam o conhecimento. Tornam-se partes que fragmentam todos os sujeitos envolvidos no trabalho escolar. E, fragmentados, os sujeitos perdem a dimensão do viver em sociedade pois ficam individualizados nos seus desejos e lutas.   Caderno 2 Conselho escolar                          

     9. Finalmente, dinheiro. Dinheiro para melhores espaços escolares. Dinheiro para pagar   melhor o professor e profissionais da área. Dinheiro para materiais e tecnologia melhor. Dinheiro para verdadeiros projetos da escola com comunidade. Dinheiro. Na minha lista, é o último, mas muito importante.

E qual é a solução afinal?

A PRIMEIRA SOLUÇÃO

Eu aprendi muito com este filme: "A Educação Proibida".

É sobre a reestruturação da educação que acontece já por vários anos nos países da América do Sul (no Brasil mui timidamente), assim como alguns países da Europa e Japão em que se resolve justamente estas questões que mencionei acima. Este documentário é o resultado de mais de 90 entrevistas realizadas em 8 países através de 45 experiências educativas não convencionais e um total de 704 co-produtores.

Dizer que mais dinheiro melhorará a qualidade, é duvidoso. Dizer que uma determinada medida solucionará o problema só arrastará o mesmo para o futuro. Por que será que ainda não aconteceu a almejada "melhora na qualidade da educação”? Ouço falar disto a décadas.

O Conselho Escolar certamente é o primeiro passo.  

Estes são órgãos máximos da gestão da escola que precisam contribuir para o processo de democratização.


Já tinha ouvido dos conselhos escolares desde a década de oitenta, me admiro como demora para pegar em todas as escolas. Sempre achei que o Conselho Escolar era muito importante para melhorar a qualidade da educação, mas achava que seu papel era de “fiscalizar e sugerir' soluções. Vi que é mais do que isto, ele tem o poder de deliberar, participar das decisões, na elaboração do regimento escolar, “consolidar a participação efetiva nas tomadas de decisões” e até mesmo “encaminhar, quando for o caso, sindicância para fins de destituição de diretor e vice-diretor da escola”, agindo “como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino”. LEI:   9.232 LEI Nº 9.232, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1991. ESTADO RIO GRANDE DO SUL

Quanto ao CE "sua participação, nesse processo, precisa estar ligada, prioritariamente, à essência do trabalho escolar. Assim, acompanhar o desenvolvimento da prática educativa, do processo ensino-aprendizagem, é sua focalização principal, isto é, sua tarefa mais importante. Dessa forma, a função político-pedagógica do Conselho Escolar se expressa no “olhar” comprometido que desenvolve durante todo o processo educacional, tendo como foco privilegiado a aprendizagem, qual seja: no planejamento, na implementação e na avaliação das ações da escola."Veja texto "O Papel Do Conselho Escolar Na Melhora Da Qualidade De Ensino". (http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_cad2.pdf)

Formam o CE representantes dos professores, dos pais, dos funcionários, dos alunos e o diretor da escola.
Os conselheiros não defendem ideias próprias, mas fazem a intermediação entre a comunidade e a escola, o que significa que não vão impor sua opinião, mas trazer a comunidade para a escola. Isto que é Democracia. Por isto têm representantes de dentro e de fora da escola. A década de oitenta já se falava que o Conselho iria “ contribuir com a progressiva autonomia das unidades escolares”, cada escola servindo às necessidade de sua comunidade, o que pra mim é surpreendente. Sim porque sempre me pareceu que as decisões vinham de cima, da prefeitura, do Estado, da União e não restava o que fazer senão obedecer. Isto muda toda minha opinião sobre o assunto. 

O CE, é a luz que precisamos. Eu fiquei particularmente muito feliz depois que li e reli os manuais do curso de conselheiros, assim como a legislação. Não se corrige problema algum sem saber qual é exatamente o problema. Não se corrige o problema da educação se apenas o diretor (a) manda e desmanda na escola. Não se corrige se o governo (União, Estado, Município) manda e “nóis obedece” como se fôssemos peças num jogo.

Atualmente considero a formação de CE de verdade na escola como um passo enorme em direção a tornar mais clara a razão da falta de qualidade, e o caminho justo, composto por todos, seja professor, funcionário escolar, pais e moradores, para se diagnosticar e resolver o problema de frente. 



 A SEGUNDA SOLUÇÃO EFICAZ


A segunda solução é o uso anual do plano de atividade para levantamento, controle, solução, e manutenção de perfis escolares chamado "Análise de Critérios de Eficiência Escolar".

Veja a segunda solução neste link: 
QUALIDADE DE ENSINO E A AUTO AVALIAÇÃO ESCOLAR 
 


Cosidere ler os manuais do MEC sobre CE:

Curso de Formação para Conselheiros Escolares 

Formação para Conselheiros Escolares 

Veja também:

CADÊ O CONSELHO ESCOLAR DESTA ESCOLA, GENTE? 

QUALIDADE DE ENSINO E A AUTO AVALIAÇÃO ESCOLAR 

EDUQUE COM EDUCAÇÃO

COMO SE FINANCIA A EDUCAÇÃO NO BRASIL? QUEM E COMO SE USA ESTES RECURSOS?



O Fundeb não é uma conta única, mas 27 fundos - um para cada estado e o Distrito Federal. É composto por nove impostos e transferências (veja quadro no site:  http://revistaescolapublica.uol.com.br/textos/18/por-dentro-do-fundeb-246407-1.asp). Cada ente federado é obrigado a depositar 20% dessa arrecadação em uma conta específica para o fundo. A União complementa quando esse repasse não atinge o valor mínimo estabelecido para cada aluno ao ano - em 2010 foi de R$ 1.414,85. Hoje, nove entes federados recebem essa complementação: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí.
"A forma como ele é composto, o conjunto de regras, dificulta um pouco a compreensão. O Fundef durou dez anos e ao final poucos secretários de educação dominavam o funcionamento. Hoje o Fundeb também está nessa briga", aponta César Callegari, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE). O principal problema, segundo ele, é que a tarefa de acompanhar e administrar os recursos geralmente não fica nas mãos do secretário de educação, mas do prefeito ou da área de finanças.
A lei do Fundeb determina que pelo menos 60% do dinheiro deve ser gasto com pagamento de professores. O restante pode ser investido na "manutenção e desenvolvimento da Educação Básica".
Existe o Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb. Por lei, todo município deve ter um. A principal função do órgão é acompanhar e controlar a distribuição, transferência e aplicação dos recursos. Ele deve ser formado por representantes do poder local, professores, diretores, pais de alunos e servidores.
http://revistaescolapublica.uol.com.br/textos/18/por-dentro-do-fundeb-246407-1.asp
Além deste, há o salário-educação, responsável por cerca de 20% do total de verbas , uma contribuição social feita pelas empresas ao governo com valor correspondente a 2,5% da folha de pagamento anual.


Estes recursos chegam até as Prefeituras. Existe uma gama de Programas que suprem recursos par o sistema Educacional, são estes:

Programa Nacional de Transporte Escolar (PNTE)                                                                            
 Programa Nacional de Saúde do Escolar – (PNSE)                                                                
 Programa Nacional de Alimentação Escolar – (PNAE)                                                                                 
 Programa Nacional do Livro Didático – PNLD                                                                         
 Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE                                                                            
Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE                                                                                  
Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância)                                                                                   
 Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo)

Manual dos CONSELHOS ESCOLARES (Caderno 07)


"Assim, no tocante à dimensão financeira, a escola passa a ser responsável por definir ações, elaborar e executar os seus projetos educativos e de gestão. Essa responsabilidade, diferente de antigamente, não fica mais restrita à figura do diretor e à sua equipe de coordenação. Todos os envolvidos direta e indiretamente são chamados a se responsabilizar pelo bom uso das verbas destinadas à educação.
Ao defendermos a autonomia da escola, estamos defendendo que a comunidade escolar tenha liberdade para, coletivamente, pensar, discutir, planejar, construir e executar o seu projeto político-pedagógico, entendendo que neste está contido o projeto de educação e de escola que a comunidade almeja.

Autonomia administrativa consiste na possibilidade da escola elaborar e gerir seus planos, programas e projetos. A autonomia administrativa da escola evita que esta seja submetida a uma administração na qual as decisões a ela referente sejam tomadas fora dela e por pessoas que não conhecem a sua realidade.
A autonomia financeira deve possibilitar à escola elaborar e executar seu orçamento, planejar e executar suas atividades, sem ter que necessariamente recorrer a outras fontes de receita, aplicar e remanejar diferentes rubricas, tendo o acompanhamento e fiscalização dos órgãos internos e externos competentes.
Em síntese, é obrigação do poder público o financiamento das instituições educacionais públicas e compete às escolas otimizar e tornar transparente e participativo o uso dos recursos.  Assim, o conselho escolar é o local apropriado de discussão e democratização do uso dos recursos financeiros administrados pela escola."  


"Para que a escola possa planejar e executar seus projetos e planos de ação é necessário que ela tenha autonomia para executar seu plano de gestão pedagógica, administrativa e financeira. Para tanto, é fundamental que as autoridades envolvidas na escola, como todos aqueles que direta ou indiretamente tenham a responsabilidade de acompanhar ou fiscalizar a gestão orçamentária das verbas públicas, nesse caso em específico as verbas destinadas à unidade escolar, conheçam um conjunto de procedimentos estabelecidos por lei. A utilização de verbas públicas segue um conjunto de procedimentos que variam de acordo com o montante a ser gasto e com o tipo de serviço a ser adquirido."  
 

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