terça-feira, 3 de março de 2020

QUANDO PAIS SÃO CHAMADOS NA ESCOLA – QUE DESASTRE! - série Telma Vinha, Sandra Tedeschi






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Esta série de textos são reflexões da autora Sandra Cristina De Carvalho Dedeschi com a orientação da Dra Telma Pileggi Vinha e dizem respeito a resolução de diversos conflitos escolares, usando pesquisas realizadas pela equipe de educadores da UNICAMP. O texto completo está em “Bilhetes reais e/ou virtuais: uma análise construtivista da comunicação entre escola e família”.

Uma prática bastante comum empregada pelas instituições de ensino para manter a comunicação com os pais é o envio de bilhetes, por meio das agendas ou dos cadernos escolares usados pelos estudantes para fazer as atividades em sala.
Tínhamos uma aluna no 3o ano considerada indisciplinada, apresentando um bom rendimento cognitivo, mas comportamentos extremamente agressivos e uma considerável falta de limites. A diretora da escola encontrou uma solução que, segundo suas crenças, era bastante eficaz para conter a garota de apenas oito anos. Orientou a professora a registrar diariamente na agenda da aluna tudo o que ela fizesse de “errado” enquanto permanecesse na escola, pois isso encorajaria a mãe a tomar alguma atitude em casa para mudar aquelas posturas.
Tal situação me inquietava (além de causar certa indignação) e fazia com que me questionasse: Que tipo de relação vai estabelecer com sua professora, que diariamente delata tudo o que faz? Qual a chance de ela compreender que deve comportar-se de outra maneira? Será que sua agressividade não pode piorar? Frequentemente, outra queixa muito comum entre os educadores das escolas em que atuei era a de que não adiantava mandar bilhetes para certos pais, que apesar de assinarem a agenda, não faziam nada para resolver os problemas comunicados.

A forma como essa comunicação acontece realmente promove uma parceria em prol do estudante ou somente transfere os problemas vivenciados no espaço escolar para que os pais os resolvam em casa? Será que o conteúdo encontrado em mensagens, reais ou virtuais, favorece a interação entre essas instituições educativas ou trata de terceirizar para a família conflitos de responsabilidade da própria escola? Estariam os responsáveis preparados para esse auxílio?

Parece-nos que os bilhetes não são utilizados somente para informar os familiares, uma vez que por meio deles a responsabilidade pela solução dos problemas é transferida aos pais. Tal estratégia acaba por reforçar a heteronomia do aluno, impossibilitando seu envolvimento na troca de perspectivas e na busca por soluções justas para seus conflitos.



COMO A ESCOLA LIDA COM OS CONFLITOS

Na perspectiva tradicional, que difere da concepção construtivista, os educadores compreendem harmonia como ausência de conflitos, uma vez que estes são considerados como antinaturais.

Geralmente, as escolas autocráticas utilizam três tipos de mecanismos para lidar com os problemas que surgem em seus espaços.

O primeiro
deles é por meio de contenção, medida usada após o conflito acontecer.

Acredita-se que ao receber uma punição, o aluno não voltará a repetir os mesmos comportamentos, por isso recorrem com muita frequência à ‘terceirização’ dos conflitos para a família ou para especialistas.

Em vez de o aluno ter a oportunidade de refletir sobre seus atos e as possíveis soluções, tem seus problemas entregues aos pais para que estes tomem as providências que julgarem cabíveis, diferente do que se espera numa visão construtivista, em que os envolvidos devem participar ativamente da busca de alternativas para resolver as situações conflituosas em que se envolvem.

Para Vinha e Mantovani de Assis (2005, p. 21) “os problemas que ocorrem no espaço escolar precisam ser considerados como parte do processo educativo, planejados e trabalhados como as outras matérias.”

Ao terceirizar o conflito para os familiares, o professor está sobrepujando o principal responsável pelo mesmo – o aluno.




O segundo
se refere a mecanismos para evitar os conflitos.  

A escola, por exemplo, elabora inúmeras regras, mantém a vigilância dos adultos visando às condutas adequadas. Constata-se que frequentemente as instituições educativas criam extensos regimentos a fim de coibir os comportamentos indesejados, muitas vezes não sendo conhecidos por completo pelos próprios educadores. 

Assim, quando algum tipo de problema é recorrente entre os alunos, são elaboradas normas e sanções para que seja evitado, retirando a oportunidade de aprendizagem que este pode promover.  

Muitas regras e princípios aparecem misturados nesses documentos escolares, como se falar de maneira desrespeitosa com uma pessoa pudesse ser classificado da mesma forma que o fato de não comparecer a uma aula com o uniforme adequado. Deveriam ser elaboradas de modo a favorecer o desenvolvimento da autonomia moral dos estudantes e não apenas servir como instrumento de controle.

É preciso refletir se são justas e necessárias, sobre a razão delas e qual o comportamento esperado, se impostas pelas autoridades ou estabelecidas por meio de mecanismos democráticos.
Não se discute sua relevância na organização do espaço escolar; no entanto, parece-nos que muitos educadores cobram insistentemente que sejam obedecidas, mas na maioria das vezes nunca refletiram sobre sua real necessidade ou a respeito dos princípios que as regem.




O terceiro
aspecto se refere ao fato de que muitas vezes o professor ignora o conflito.

Alguns estudos (LEME, 2006; MALTA CAMPOS, 2008) indicam que o conflito entre o aluno e a autoridade (professor, funcionário, especialista) é visto como sendo de maior gravidade do que o ocorrido entre pares, o que pode acarretar na conivência com situações de bullying e maus tratos entre os iguais. Muitos educadores chegam a declarar que não passa de brincadeira ou de
desentendimentos naturais típicos da idade, deixando que os envolvidos resolvam entre si.

Uma intervenção é feita somente quando esse tipo de ocorrência leva a desfechos como o uso de agressão física, por exemplo, não sendo possível ignorar o fato. A escola acaba despendendo de bastante energia para lidar com os conflitos que atingem diretamente as ordens estabelecidas pela autoridade (indisciplina); entretanto, as relações entre os iguais ficam em segundo plano.

Em síntese, as estratégias utilizadas podem ser: conter, evitar ou ignorar as situações conflituosas no espaço escolar.

Verifica-se que, apesar de no discurso dos educadores estar presente a meta de formar pessoas assertivas, que usem o diálogo como instrumento de resolução, na prática, os conflitos não fazem parte do seu “currículo”. Diante da dificuldade de um conteúdo científico, na maioria das vezes são realizadas intervenções para o aluno superá-la. Todavia, ao deparar-se com problemas entre os alunos em suas aulas, não têm a mesma preocupação, pois não consideram como sua a responsabilidade de resolver.

É fácil resolver
Tognetta e Vinha (2008a) propõem dois tipos de estratégias que podem ser realizadas nas escolas para favorecer o pensar e o sentir, qualidades exclusivamente humanas. Para isso, reconhecem que as intervenções precisam estimular a coordenação mental das ações e trabalhar com os sentimentos de todos os personagens envolvidos. Sugerem algumas propostas que, a longo prazo, interferem indiretamente no problema, tornando-se ações preventivas e outras que podem ser utilizadas nos momentos de crise.

 No primeiro grupo, destacam atividades e jogos para falar de sentimentos (TOGNETTA, 2003; 2009); a realização de assembleias de classe para a discussão de problemas incentivando a busca coletiva por soluções justas e a resolução de conflitos por meio de discussão de dilemas, histórias ou filmes. Em relação às que contribuem como intervenções, quando o educador presencia o ato, apontam para a importância do uso de uma linguagem descritiva, do reconhecimento e da permissão de manifestar os sentimentos e encorajar que os sujeitos busquem rever seus atos e compreender quando houver a necessidade de agir de outra forma.

Para mais detalhes sobre linguagem descritiva veja: A ESCOLA FORA DA SALA - A IMPLANTAÇÃO DE ESCOLA INTEGRAL  subtema: "Conversando com a criança"

Também: "O educador e a moralidade infantil: uma visão construtiva" É o texto original.




O que a escola poderia fazer antes?
Auxiliar na aprendizagem dos alunos e, ao mesmo tempo, favorecer seu desenvolvimento sócio moral podem aparentar serem problemas diferentes, mas não o são. Esta dissociação é equivocada, pois são sistemas solidários, visto que os eventos de desavenças pessoais e os de aprendizagem estão incorporados, fundem-se. A obtenção de relações equilibradas e satisfatórias (o que não significa que os conflitos estarão ausentes) não são frutos de um dom gratuito ou de desenvolvimento maturacional; mas sim, decorrentes de um processo de construção e aprendizagem

A criança ou jovem não irá aprender por si mesmo uma questão que é muito complexa e para a qual não foram previstas boas intervenções e oferecidas situações que lhe auxiliassem a aprender o que necessita. 

Porém, raramente se percebe a preocupação das instituições escolares com as possibilidades pedagógicas dos conflitos, sendo que seus esforços nesta área estão mais voltados para conseguir um “bom comportamento” do aluno (muitas vezes por medo ou conformismo) e para a contenção do conflito do que para a aprendizagem.

Algumas pesquisas (LEME, 2004; PEREIRA, 1998; VINHA, 2003; VINYAMATA, 1999) indicam que o conflito pode ser um contexto construtivo, mas também pode ser destrutivo.

Em nossa pesquisa (TOGNETTA; VINHA, 2007; VINHA, 2003) comprovamos que, em geral, encontram-se duas grandes concepções sobre os conflitos interpessoais entre os educadores.
Em uma visão tradicional, os conflitos são vistos como sendo negativos e danosos ao bom andamento das relações entre os alunos.
Tal concepção evidencia-se porque os esforços são, em geral, apontados para duas direções: a primeira delas seria evitá-los. Para isto, elaboram-se regras e mais regras, controlam-se os comportamentos por meio de filmadoras ou através de vigilância sistemática dos alunos, trancam-se armários e salas de aula para evitar furtos, ameaçam, coagem... (Leia: “Vigiar para Punir” - Michel Foucault)





A segunda direção ainda bastante prezada pela escola é a resolução rápida desses conflitos. Deste modo, os educadores transferem o problema para a família ou especialista; dão as soluções prontas; utilizam mecanismos de contenção e punições; incentivam a delação; culpabilizam; admoestam; associam a obediência à regra ao temor da autoridade, ao medo da punição, da censura e da perda do afeto.

 São mecanismos de controle utilizados cotidianamente na escola, que “funcionam” temporariamente, mas que, além de reforçar a heteronomia, não raro contribuem para agravar o problema

Em longo prazo contribuem para formar jovens que possuem baixo índice de habilidade social, apresentando dificuldades para: emitir opiniões, argumentar e ouvir perspectivas diferentes sem sentir-se ameaçado; tomar decisões, expor e discutir seus sentimentos e coordenar perspectivas em ações efetivas.

Os jovens, na resolução de seus próprios conflitos empregam mecanismos ainda primitivos tais como as reações impulsivas, submissas ou agressivas; a não interação; as soluções unilaterais; a mentira... 

Como são privados de entender as justificativas para os valores e normas nas relações, esses jovens tendem a orientar suas ações de modo a receberem gratificações, evitarem castigos ou por mero conformismo, demonstrando que os valores morais foram pobremente interiorizados. 

O fato de fazer com que um comportamento não seja mais apresentado não significa que a criança ou jovem percebeu as consequências de tal ato e está aprendendo outras formas mais elaboradas de proceder; pode significar, simplesmente, que está sob controle por temor ou por interesse.

 Como nos recorda La Taille (1996, p. 10) “o aluno bem-comportado pode sê-lo por medo do castigo, por conformismo. Pouco importa: seu comportamento é tranquilo. Ele é disciplinado. Isto é desejável?”. É a “educação do presente”, que resolve, momentaneamente, o “problema” da escola.


A PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA

Conflitos são naturais e bons
Já para o professor que possui uma perspectiva construtivista, os conflitos são compreendidos como naturais em qualquer relação e necessários ao desenvolvimento da criança e do jovem. São vistos como oportunidades para que os valores e as regras sejam trabalhados, oferecendo “pistas” sobre o que precisam aprender. Por conseguinte, suas intervenções não enfatizam a resolução do conflito em si, o produto, como resolver; mas sim o processo, ou seja, a forma com que os problemas serão enfrentados, o que eles poderão aprender com o ocorrido. 

Os educadores que possuem esta concepção compreendem o conflito e sua resolução como partes importantes do “currículo” tanto quanto os outros conteúdos que devem ser trabalhados e não apenas o vendo como um problema a ser resolvido. De acordo com essa perspectiva, ao invés de o professor gastar seu tempo e energia tentando preveni-los, deve-se aproveitá-los como oportunidades para auxiliar os alunos a reconhecerem as perspectivas próprias e as dos outros e aprenderem, aos poucos, como buscar soluções aceitáveis e respeitosas para todas as partes envolvidas. 

Ao agir assim, o educador demonstra reconhecer a importância de desenvolver-se nas crianças e jovens habilidades que os auxiliem na resolução de conflitos interpessoais e, consequentemente, favorecer a formação de pessoas autônomas.
Por exemplo: situações de mentira constituem-se em oportunidades para refletir sobre a necessidade da veracidade para manter o elo de confiança; circunstâncias em que há agressões físicas ou verbais entre os alunos podem ser aproveitadas para trabalhar o reconhecimento dos sentimentos e a resolução das desavenças de forma não violenta e mais eficaz, por meio do diálogo; e assim por diante.




O que diz Piaget?
Piaget concebe o conflito, tanto o que ocorre no interior do sujeito como entre os indivíduos, como necessários ao desenvolvimento. Quando ocorre um conflito na interação com o outro, o indivíduo é motivado por esse desequilíbrio a refletir sobre maneiras distintas de restabelecer a reciprocidade. Uma resolução de conflito considerada como positiva implica em um equilíbrio entre a capacidade de persuasão do outro e a satisfação de si mesmo, sendo necessário para isto operar considerando os sentimentos e perspectivas próprias e de uma outra pessoa (resolução cooperativa).


Por reconhecer a importância de favorecer a atividade no interior do sujeito, o professor que pauta suas intervenções nessa concepção reconhece que o conflito vivido pelos alunos não lhe pertence, assim sendo, não lhe cabe resolvê-lo retirando-os do mesmo.



É hora de chamar os pais?
Frequentemente, o que ocorre é o contrário, ou seja, o professor retira os alunos do controle do próprio conflito ou problema, atribuindo a si próprio a resolução dessas situações vividas pelos alunos, dizendo-lhes o que deve ser feito (ou induzindo) e ainda chamam os pais para resolver. 

Todavia, o fato de não solucionar por eles não é sinônimo de largá-los a própria sorte. Em situações de conflito, o educador poderá intervir explicitando o problema de tal forma que eles possam entender, ajudá-los a verbalizar seus sentimentos e desejos, promovendo uma interação, e auxiliá-los a escutar uns aos outros, convidando-os para colocar suas sugestões e propor soluções.


Intervenções do professor – Desastrosas ou construtivas?
O professor auxilia o autoconhecimento quando ajuda as crianças e jovens a refletirem sobre seus sentimentos e tendências de reação, todavia, ele deve evitar tomar partido, falar pelos envolvidos ou propor a resolução, estimulando-os a descreverem por si próprios seus pontos de vista e sentimentos, favorecendo a coordenação dos mesmos. 

A escola deve ajudá-los a controlar seus impulsos, tornado-os aptos a refletir sobre as consequências de seus atos. Ressalta-se, todavia, que se os esforços do professor para mediar um atrito entre as crianças estão mostrando-se ineficientes porque elas estão bravas ou com raiva, ele pode pedir que se separem até se sentirem mais calmas, podendo escutar e falar.

Quando se tem a concepção de que harmonia não significa ausência de conflitos, pois estes são situações necessárias para a aprendizagem e que lidar com eles não é algo “desviante” da função de educador, modificam-se, inclusive, os sentimentos diante dos mesmos. Compreende-se que os problemas ou desavenças, por serem naturais em qualquer relação, devem ser administrados, não sofridos



A angústia ou a insegurança leva o sujeito a resolvê-los rapidamente, de forma improvisada, para “livrar-se” daquilo que gera esses sentimentos, assim, muitas vezes as intervenções são autoritárias e, não raro, desastrosas. 

Concebendo-os como inerentes às relações e necessários ao crescimento individual ou de um grupo, lida-se com os conflitos de forma mais serena, percebendo a necessidade de, muitas vezes, planejar o processo de resolução dos mesmos (“O que o conflito está indicando? O que os alunos precisam aprender? Como trabalhar essa questão?”), compreendendo que os procedimentos que serão empregados, as situações promovidas ou as regras que serão elaboradas não devem apenas atuar sobre as consequências de um problema, mas sim sobre as causas. Uma resolução considerada eficaz em um conflito é aquela que minimiza ou elimina as causas que o gerou.

Nesse processo, a postura do professor fará grande diferença. Muitas vezes, a intervenção descuidada do adulto só faz com que os educandos tentem esconder o conflito e, outras vezes, a interferência do professor pode aumentar as hostilidades e acarretar maiores problemas. Daí a importância de se estudar e refletir com profundidade sobre esta dimensão das relações educativas tão necessária para a realização de um trabalho construtivo na escola, para minimizar a violência, para a melhoraria das interações sociais e para um maior favorecimento do desenvolvimento sócio moral de suas crianças e jovens.




Quem deve resolver os conflitos?
Como favorecer a um aluno o desenvolvimento de estratégias mais assertivas para lidar com seus conflitos se estes não são trabalhados na instituição escolar, mas simplesmente terceirizados para as famílias?

Acreditamos que o sujeito envolvido no conflito deve ter participação ativa no processo de resolução.



OS PAIS QUE RESOLVAM - O PROBLEMA É DELES! COMO ELES RESOLVEM?

Segundo Moreno e Cubero (1995) existem pais que apresentam uma postura bastante rígida e controladora, procurando sempre exigir o máximo possível de seus filhos. Considerada uma educação “autoritária” provém de adultos geralmente pouco afetuosos ou comunicativos, que utilizam de ações rígidas. A obediência às regras estabelecidas pela autoridade é valorizada ao extremo sem qualquer preocupação em explicar as normas para que os filhos compreendam sua necessidade. Diante da transgressão de alguma regra imposta, esses pais se valem de ameaças e castigos para restabelecer a ordem. Um ambiente familiar que se caracterize pelo excesso do autoritarismo pode levar os educandos   se tornarem indivíduos obedientes e organizados, porém com alto grau de timidez, de conformismo e de  baixa auto estima.




Podem ser pessoas (alunos) com dificuldades para emitir opiniões, argumentar, tomar decisões, resolver seus conflitos de forma satisfatória para todos, expor e discutir seus sentimentos, demonstrando baixo índice de habilidade social. Levados a obedecer sem entender as justificativas para as normas que lhes são impostas, tendem a orientar suas ações de modo a receberem gratificações ou evitarem castigos.

Outro tipo de educação constatado por essas duas autoras é a “permissiva”. . .Dessa maneira, as crianças e os adolescentes têm liberdade para fazer o que querem, o que dificulta que os adultos exerçam o controle sobre eles. (…) tendem a apresentar comportamentos impulsivos, a ser mais imaturos com baixos níveis de auto estima.

Existem ainda as famílias consideradas “negligentes”. Segundo Reppold, Pacheco e Hutz (2005) são constituídas por pais pouco afetuosos, mais centrados em seus próprios interesses e necessidades,(…)




(...)a autoridade na família serve para auxiliar seus membros mais jovens a crescer e se preparar para a vida. Torna-se, pois, indispensável que os pais assumam o papel de “adultos”, ou seja, a pessoa madura da relação. Nas palavras do autor:
É preciso compreender que o desaparecimento de toda forma de autoridade na família não predispõe à liberdade responsável, mas a uma forma de frágil insegurança que com os anos se refugia em formas coletivas de autoritarismo (SAVATER, 2005, p. 69)

O quarto tipo de educação a que se referem é a “elucidativa” em que os adultos não deixam de ser a autoridade, porém são participativos, mantendo relações mais equilibradas e respeitosas com seus filhos, procurando compreender suas necessidades e opiniões. Quando ocorrem situações conflituosas, dão oportunidade para pensarem no problema e incentivam a busca por condutas melhores que não acarretem prejuízos a si mesmos nem aos outros.

Continua. . .

Na PARTE 02 os seguintes subtópicos:


- Quando a família esta “desestruturada”, que apoio a escola terá?

- Qual é o papel da escola afinal? E a constante crítica de que os pais dos alunos que fracassam e não a escola?

- E se a família não faz. . . A escola se estressa?

- Quando a escola conversa com os pais. Como se dá esta conversa?

- Problemas de casa e problemas de escola. Como diferenciá-los?

A COOPERAÇÃO

Neste subtópico considera os diversos diálogos possíveis. Com o respeito mútuo, há agora uma nova obrigação, não apenas o respeito ao outro, mas a exigência de ser respeitado, ou seja, de também ser visto como alguém de valor.

- Desenvolvendo a autonomia nas crianças. Como ajudar o aluno a resolver por si mesmo?

- Não resolva pelas crianças.

- A culpa é a falta de interesse do aluno. Como sujeitos que entram ainda tão pequenos na escola perdem o interesse por adquirir conhecimento?  

ANTES DE CHAMAR OS PAIS PARA RECLAMAR DE SEUS FILHOS . . .

- propondo atividades sistematizadas que ajudem aluno a lidar com problema.

- estratégias mais evoluídas que a escola recorre.

regras impostas de maneira autoritária que devem ser revistas.

QUANDO PAIS SÃO CHAMADOS NA ESCOLA – QUE DESASTRE! - Parte 02

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