segunda-feira, 15 de julho de 2019

"A ESCOLA DO FUTURO"

As causas dos conflitos escolares


O professor manda, o aluno obedece. Afinal o aluno está ali para aprender.

O professor é quem tem o domínio do conhecimento, assim ele é autoridade em sala de aula. Ele é quem determina o quê e como deve ser feito.
O professor se posta na frente dos alunos e começa a aula. Explica, discursa, fundamenta sua fala com citações de autoridades seculares historicamente embasadas.

Tudo parece tranquilo e lógico.
Quem sabe, ensina; quem não sabe, escuta e aprende.


Os problemas surgem

Junta-se crianças com diferentes habilidades e talentos, e diferentes dificuldades de aprender.
Todos recebem a mesma explicação e espera-se que todos aprendam "igualmente bem". Se alguém apresentar alguma dificuldade, começa o problema.
Todos recebem uma avaliação para determinar se aprenderam "igualmente bem". Estabelece-se assim um parâmetro concreto para julgar, notas que estampam a testa dos mais preguiçosos, ou mais estudiosos. O espírito de equipe é substituído pelo espírito da competição num ciclo sem fim, mesmo na idade adulta.

 As crianças que são gênios da criatividade começam a ser moldadas por uma escola que determina o quê e quando irão aprender tudo. As crianças passam a ter horários para respeitar, modelos a se encaixar e quando atingem a adolescência, sua genialidade criativa já não existe mais.
Se a criança insistir em não aprender, ou se focar em qualquer outra coisa que não seja o que foi determindado para todos, passa a ser estigmatizada como "rebelde" ou com "deficiência de aprendizado". E a empresa que fabrica Ritalina se desbalda em encher o bolso de dinheiro.


Enquanto a criança é proibida de usar seu cérebro para nenhuma outra coisa senão ao engessado sistema de ensino, entope-se suas delicadas caixas cranianas com toneladas de informações que jamais usará na vida quando adulto.
Suas capacidades mentais com suas sinapses geniais, cheias de criatividade como um livro em branco a ser escrito por elas mesmas, são integralmente abarrotadas quando atingem a adolescência. Português, matemática, química, física, geografia, filosofia, história, sociologia, Inglês, etc; tudo numa vez só, ainda que em partes fragmentadas e que jamais entendemos o todo.
Caminhões de informação guela abaixo são empurrados pela mão pesada do professor, com as pressões das mudanças físicas e emocionais, da necessidade de manter boas notas e manter a perspectiva de ser dar bem na vida de adultos.

Provavelmente jamais usarão um décimo das informações de décadas de estudo diário, que incansavelmente cobrados com mão de ferro, tornaram a vida duma criança até atingir maioridade como se fossem trabalhadores numa fábrica ou num quartel.

Assim, os gênios e os autodidatas são completamente destruídos. Surge a população manipulada e dependente do estado, de cursos, de capacitações tercerizadas.

Se um aluno está num mal dia, será um problema para o professor.
Se o professor ou a professora está num dia mal, toda a turma sofre com sua inquietude, ainda que talvez ela mesma não veja e depois da aula expresse-se: "como esta turma está agitada hoje!"    
Usualmente nestes dias é que surgem os combates entre autoridade e comandados. "Quem é que manda aqui?"
Para tudo que a criança pense em fazer, tem um adulto e uma regra com sobrancelhas pesadas em direção dela.

A solução já existe

Diversas escolas já estão lidando com sucesso com estes problemas.

O professor na sala não atua como o dono do conhecimento. Mas as crianças ficam a vontade para aprender do jeito que for mais fácil para ela.

Alunos de diversas idades aprendem juntos uns com outros.

A criança escolhe qual oficina se dá melhor em razão de suas habilidades.

A criança faz sua autoavaliação, não o professor. Ela aprende a se avaliar honestamente sabendo que um caminho para melhoras surge sempre que sua avaliação indicar que deve aprender melhor determida coisa.

Veja uma grande reportagem sobre isto no vídeo:

"A ESCOLA DO FUTURO"
(Tema original: "Educação Proibída")


Leia também: EDUQUE COM EDUCAÇÃO

Outro vídeo que nenhum professor deveria deixar de assistir é este:
MEDIANDO CONFLITOS NA ESCOLA - TELMA VINHA conflitos-na-escola.html


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quarta-feira, 4 de julho de 2018

EDUCANDO COM BERROS - RESOLVE MESMO PARTE 03

O papel da escola e do professor de Educação Infantil

Iniciamos este tópico apresentando os dados retirados dos relatórios de estágio realizado em salas de Educação Infantil e que também foram discutidos com os futuros professores em sala de aula.
Normalmente as professoras gritam com as crianças para que façam silêncio, reclamam muito da educação que elas trazem de casa, poucos são os momentos que as professoras demonstram atenção e afetividade.
Observamos uma professora enfurecida gritando com um aluno pequenino chamando-o de animal e tomando-o bruscamente pelo braço. Levou-o à professora de outra sala e disse: “vou deixá-lo em sua sala, porque ele deve ficar longe das outras crianças, ele é um animal e não uma criança”.
A maioria das professoras grita muito com as crianças, principalmente, quando estão mais agitadas. A punição para a indisciplina é deixá-los sem parque por volta de quinze minutos ou mandá-los para a sala vizinha para ficar com outro professor.
Observei professores repreendendo os alunos com gritos e xingamentos.
O professor castigava os alunos colocando-os de frente para a parede e os humilhando diante das demais crianças. A criança que desobedecia era levada para outra turma ou para a coordenação.
Para corrigir a indisciplina, a criança é posta num canto, sentada na cadeira com o intuito de neutralizar o seu comportamento.
Observamos algumas professoras da educação infantil sem a menor paciência com os pequenos, gritam demais.

O professor desempenha um papel importante na vida dos pequenos, pois, ao assumir a postura que a mãe mantinha em casa, será idealizado como alguém muito importante e fará com que a criança se sinta segura e busque novas descobertas. Ao professor cabe assumir um papel caloroso, já que de agora em diante será o principal esteio na vida da criança; cabe ser coerente em seu comportamento para com ela, discernindo suas alegrias e mágoas.
No que se refere à continência emocional, basta imaginar uma criança cujos lares são insatisfatórios. Para Winnicott (1998, p. 234), elas não vão à escola para aprender, mas para encontrar “um lar fora do lar”, ou seja, vão à busca de uma situação emocional, de um grupo do qual possam fazer parte. Para elas, faz-se necessário fornecer uma alternativa à vida familiar, pois sem isso dificilmente o professor terá bons resultados. Muitas das condutas postas acima são direcionadas também a essas crianças. Com base nos referenciais apresentados anteriormente, podemos inferir que esses professores podem estar contribuindo para que elas apresentem baixa estima, falta de confiança em si mesmas, medo dos adultos e dificuldades para estabelecer relações interpessoais. A elas está sendo negada a possibilidade de desenvolver um self maduro que consiga enfrentar as dificuldades que a realidade impõe.
Segundo Winnicott (1998) a escola de Educação Infantil deve:
• Fornecer uma atmosfera saudável fora do lar, onde surgem novas relações triangulares.
• Desempenhar a função materna, oferecendo segurança à criança.
• Garantir a estabilidade pessoal.
• Dar continuidade à apresentação da realidade externa.
• Continuar o processo de individualização da personalidade da criança.
• Observar o tratamento dispensado pelos pais, para dar continuidade na escola.
Entendemos que a escola, na figura de seus gestores, é conivente ao aceitar que algumas situações de injustificada violência aconteçam, principalmente aquelas relacionadas aos xingamentos, pois não acreditamos que isso ocorra sem que coordenadores e diretores saibam.
As escolas, nas figuras de seus gestores, podem fornecer cursos de educação continuada e/ou palestras para os profissionais, além de espaços de discussão sobre as dificuldades que encontram no cotidiano, principalmente nos horários de HTPC (Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo) e em reuniões pedagógicas, no caso da escola privada. Congressos, seminários, mesas redondas, entre outras atividades acadêmicas, também podem ser sugeridos. Os professores devem estar em constante atualização para que possam refletir sobre suas práticas e buscar resultados melhores.

Disciplina nas aulas

Professor e educação

Atitudes do professor que facilitam a disciplina
1. Nunca falar para a turma, enquanto não estejam todos em silêncio.
2. Dirigir-se aos alunos com linguagem e voz clara, com certa pausa e expressividade para que percebam o que se diz à primeira.
3. Nunca gritar. Um grito deve ser uma atitude rara que por vezes é necessária. Não esquecer que os gritos desprestigiam o professor. Ordens como: "Calados!", são inúteis.
4. Jamais esquecer esta regra de ouro: Se basta um olhar, não dizer uma palavra; se basta uma palavra, não pronunciar uma frase.
5. Esforçar-se por manter a presença de espírito, serenidade e segurança. Os alunos notam a mais leve falta de estar à vontade, insegurança ou excitação do professor. Se isso se prolonga, a aula está "perdida".
6. Não deixar passar "nem uma" e atuar desde o principio. Nada fere mais o aluno e desprestigia um professor que as possíveis "injustiças". É o caso de deixar passar uma falta num aluno e, logo a seguir, castigar outro por uma falta semelhante.
7. Cuidar as atitudes corporais, os gestos, as expressões do rosto e vocais; tudo isso influi positiva ou negativamente nos alunos.
8. Procurar manter o domínio de toda a aula. Mesmo que se dirija apenas a uma parte da aula, deve ter a restante sob controle. E preciso evitar a todo o custo que um aluno apanhe o professor desprevenido.
9. Não aceitar que os alunos se dirijam ao professor com modos ou expressões pouco apropriadas, como sejam: abraços, palmadinhas nas costas, graçinhas, etc. Isto só serve para "queimar" o professor.
10. Jamais utilizar o sarcasmo ou a ironia malévola. Tem efeitos imediatos, mas consequências desastrosas a longo prazo.
11. Tornar-se acessível ao aluno, colocando-se ao seu nível, mas sem infantilidades nem paternalismos. Falar-lhes com afabilidade, afeto, por vezes com doçura; mantendo sempre uma discreta distância que eles aceitam e até desejam.
12. Se alguma vez acontecer uma situação de conflito (o que deve ser raro e excepcional) com um aluno ou com a turma, procurar o modo de sanar essa "ferida", através de alguma saída engenhosa, gentil e simpática. Eles possuem um sentido epidérmico da justiça, mas igualmente uma grande capacidade de desculpar e esquecer agravos.
13. Saber manter o equilíbrio entre a "dureza" e a amabilidade. A jovialidade e a alegria do professor deve-se manifestar, apesar de tudo, em todas as circunstâncias; os alunos têm de a notar. A maior parte das antipatias dos alunos têm a sua origem em rostos ou atitudes pouco acolhedoras.
14. A correção deve ser:
a) silenciosa: falar em voz baixa e só por necessidade;
b) sossegada: sem perturbação, impaciência ou exaltação;
c) de forma a provocar a introspecção do educando: que o aluno contenha os seus impulsos, caia em si e retome o caminho;
d) afetuosa: "se quereis persuadir, consegui-lo-eis mais pelos sentimentos afetuosos que pelos discursos" (S. Bernardo).
15. Evitar proferir ameaças, que podem não se cumprir, pelo desprestígio magistral que isso implica.
16. Mandar o menos possível. O ideal é conseguir com o mínimo de ordens. Mandar o estritamente necessário e com a certeza de que vamos ser obedecidos.
17. Algumas citações:
"São o silêncio, a vigilância e a prudência dum mestre que estabelecem a ordem numa escola e não a dureza e a pancada" (VITOR GARCIA HOZ).
"...a escola terá um pouco de sanatório, de biblioteca e de claustro, o que quer dizer que estará mergulhada em silêncio. Um silêncio que não será interrompido pela voz do professor, nem por campainhas nem por exercícios de piano... Um silêncio todo penetrado de atividade intensa, de vai-e-vem na ponta dos pés, de cochichos discretos e de alegria contida. Este silêncio supõe todo um conjunto de condições: mobília apropriada, motivos de atividade para estimular o trabalho da inteligência, e um professor omnipresente, mas invisível" (LUBIENSKA DE LENVAL).
"Evitar a "expressão sem vigor, sem clareza, nem exatidão" (Platão), por ser contrária ao silêncio" (V. GARCIA HOZ).

"A criança não praticará seriamente a virtude, se não conseguirmos tornar-lha amável e sedutora" (JOSEPH DUHR).
"Contribuem muito para suscitar o interesse e, em consequência, a atenção da criança, a personalidade e as atitudes mentais do professor. As atitudes e emoções são muito contagiosas. O professor entusiasta, alegre e animado, costuma ter alunos atentos e interessados. A primeira condição da aprendizagem interessante é que o professor reflita nas suas atitudes e atividades em grau suficiente de simpatia e entusiasmo"
(AGUAYO)
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ATITUDES DO PROFESSOR QUE FAVORECEM A RELAÇÃO COM OS ALUNOS


1. Planificar e programar bem as aulas. Não confiar na improvisação.
2. Manter sempre os alunos ocupados porque nada favorece tanto a indisciplina como não ter nada que fazer.
3. Evitar centrar-se num aluno, pois os outros ficarão entregues a si mesmos.
4. Evitar os privilégios na aula. A escola deve ser um lugar de combate aos privilégios.
5. Não fazer alarde de rigor. Quando for necessário corrigir, fazê-lo com naturalidade e segurança.
6. Não falar de assuntos estranhos à aula.
7. Aproximar-se dos alunos de modo amigável, tanto dentro como fora da escola.
8. Estar a par dos problemas particulares dos alunos para poder ajudá-los quando necessário.
9. Se tiver de fazer uma admoestação, que esta seja firme, mas que nunca ultrapasse a linha do amor próprio e seja de preferência em privado.
10. Procurar um ambiente cordial, relaxado e sereno.
11. Ser coerente e não justificar as incoerências. Quando houver alguma incoerência o melhor é reconhecê-la e honestamente retificá-la.
12. Se se aplica um castigo deve ser mantido e cumprido, a não ser que haja um grande equívoco que justifique uma mudança de atitude.
13. Não se deve castigar sem explicar clara e explicitamente o motivo do castigo.
14. Não agir em momentos de ira e descontrole.
15. Evitar ameaças que depois não possam ser cumpridas, pois isso tira prestígio ao professor.
16. Os chefes de equipe ou grupo devem colaborar na disciplina da aula.
17. Há que ser pródigo em estímulos e reconhecimentos de tudo o que de bom faça o aluno, embora sem exageros ou formas que pareçam insinceras.
18. Evitar castigar todos aos alunos por culpa de um só, a não ser que existam implicações gerais.
19. Evitar atitudes de ironia e sarcasmo.
20. Ser sincero e franco com os alunos.
21. Saber dar algo aos alunos, não pedir-lhes sempre.




O Quê O planejamento Anual Tem A ver Com Indisciplina Diária.
  
Mudar o comportamento dos alunos, começa com um Planejamento Escolar que contemple esses 10 itens:

RESULTADOS DO ANO ANTERIOR: analise os resultados do que deu certo e errado no ano anterior (levantamento de números e causas)
QUALIDADE DO APRENDIZADO: crie um sistema de avaliação que priorize a qualidade de aprendizado e não apenas a quantidade de conteúdo memorizado
FAZER DIFERENTE: Levante novas estratégias pedagógicas, adequadas aos modelos de aprendizagem dos seus alunos
GERENCIAMENTO SALA DE AULA: crie procedimentos para o gerenciamento e gestão de sala de aula
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS: crie um sistema de resolução de conflitos (aluno x aluno) , (aluno x professor), (professor x pais)
RELACIONAMENTO COM A FAMÍLIA: crie estratégias para encantar e se relacionar com as famílias dos alunos
PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA: Crie estratégias e atividades para a participação da família no ambiente escolar e fora dele
HABILIDADES E NECESSIDADES: Levante pontos fortes e fracos dos alunos , trace objetivos, crie intervenções e monitore semanalmente
PORTFÓLIO INDIVIDUAL: Levante os modelos de aprendizagem dos seus alunos e trabalhe as inteligências
PORTFÓLIO DO PROFESSOR: Levante os seus pontos fortes e fracos e trace um plano para sua mudança pessoal com metas, estratégias e tarefas a realizar.
Esses 10 itens compõem a parte dinâmica e viva do Planejamento Escolar, o verdadeiro Plano de Ação que conduzirá os alunos a um novo patamar de aprendizado não apenas pedagógico, mas de vida, de auto estima, de relacionamento , de valores, de novas e maiores possibilidades.
Agora você já tem o esboço do grande Plano de Ação para começar o ano. Afinal, um ano só pode ser chamado de novo, se novas coisas forem feitas. Lembre-se, os resultados sempre são proporcionais ao esforço que fazemos. Você é a peça fundamental do Planejamento Escolar, com você ele ganhará vida, e o seu aluno conquistará asas.
Lembre-se: mudar o comportamento dos alunos, começa com um Planejamento Escolar que contemple esses 10 itens.
Compartilhe seus comentários no blog SOSProfessor enviando suas ideias para cada um dos itens acima. 
Fonte: 
http://www.sosprofessor.com.br/blog/planejamento-anual-e-a-indisciplina-diaria/

PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO: OS 5 PASSOS PARA RESOLVER
http://www.sosprofessor.com.br/blog/problemas-de-comportamento/



 A tática é infalível.Pura Ilusão!
Pais estressados com filhos, casamento, emprego, trânsito, usam esta tática. "De vez em quando é preciso" dizem, " funciona imediatamente". 
Professores estressados com filhos, casamento, emprego, trânsito, projetos escolares, cobranças de desempenho, e uma sala cheia de crianças ou adolescentes usam esta tática. "De vez em quando é preciso" dizem, e funciona".

Pura ilusão!



Referências: Videos

Um professor na educação infantil deve ser um bom "contador de histórias"

Um professor na educação infantil deve ser um bom "caçador de talentos"
 

A Educação Proibida”
- A Educação Proibida Filme completo em HD áudio Português 

Professora Cientista Drª Telma Vinha -
Mediando Conflitos Na Escola 
 
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Série: UNIVESP
Princípios Gerais de Administração Escolar: Administração Escolar

Série: Afetividade na Educação

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Rubem Alves - A Escola Ideal - o papel do professor 

ESCOLA IDEAL - O PAPEL DO PROFESSOR

O Que A Escola Deveria Aprender Antes De Ensinar?

O QUE A ESCOLA DEVERIA APRENDER ANTES DE ENSINAR? 

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Como Lidar com a Indisciplina? - 'Workshop do Educador'

COMO LIDAR COM A INDISCIPLINA?


A importância do vínculo afetivo entre professor e aluno

A importância do vínculo afetivo entre professor e aluno PROFESSOR E ALUNO

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Referências Adicionais, (não citadas nos textos acima): Livros 


  1. A Indisciplina Escolar Enquanto Desafio Na Formação Do Professor: Uma Realidade Posta Na Sociedade Contemporânea” - Silva, Margarete Virgínia Gonçalves – Utfpr
  2. A indisciplina e a escola atual” - Julio Groppa Aquino
  3. Cuidar Respeitando” - Anna Christina Cardoso
  4. Educação – A Solução Está no Afeto” - Gabriel Chalita
  5. Importância Da Afetividade Na Aprendizagem Dos Alunos” - Alessandra Maria De Oliveira Siqueira - Demuniz Diniz Da Silva Neto - Rutemara Florêncio
  6. A Influência Da Afetividade No Processo De Aprendizagem De Crianças Nos Anos Iniciais Do Ensino Fundamental” - Josiane Regina Brust 
     
  7. Indisciplina Escolar E A Relação Professor-Aluno: Uma Análise Sob As Óticas Moral E Institucional” - Zandonato, Zilda Lopes – Unesp
  8. Indisciplina Na Escola: Uma Reflexão Sobre A Dimensão Preventiva“ - Joe Garcia
  9. REGIMENTO Escolar E Projeto Político Pedagógico: Espaços Para A Construção De Uma Escola Pública Democrática“ - Maria Beatriz Gomes E Mariângela Bairros
  10. Adoro odiar meu professor: O aluno entre a ironia e o sarcasmo pedagógico” - Antônio Zuin 
     
  11. RELAÇÕES Interpessoais: A Construção Do Espaço Artesanal No Ambiente Escolar” - Elisandra Mottin Freschi Márcio Freschi
  12. A Afetividade Entre Professor E Aluno No Processo De Aprendizagem Escolar Na Educação Infantil E Séries Iniciais“ - Adriana Silva Vieira E Maristela Diniz Lopes
  13. Afetividade Na Aprendizagem “ - Sandra Regina De Paula E Moacir Alves De Faria 
     
  14. AFETIVIDADE E Aprendizagem “ - Nara Regina Goulart Sarmento 
     
  15. PEDAGOGIA Da Afetividade No Processo De Ensino Aprendizagem“ - Lucíola Ribeiro Nascimento E Rosineia Carvalho Bicario Pratti 
     
  16. A Influência Da Afetividade Na Aprendizagem “ - Agivanda Soares De Andrade 
     
  17. A violência psicológica na relação entre professor e aluno com dificuldades de aprendizagem “ - Rita de Cássia Souza Nascimento Ferraz; Marilena Ristum
  18. Como Criar Meninos E Meninas?” : O Governo Das Condutas Maternas E Paternas Para A Constituição Da Infância” - Débora Francez Sostisso 
  19.  
  20. Criando Meninas” - Gisela Preuschoff (2008)
  21. Criando Meninos” - Steve Biddulph (2006)
  22. Como Criar Meninas Felizes E Confiantes” - Elizabeth Hartley-Brewer (2004)
  23. Como Criar Meninos Felizes E Confiantes” - Elizabeth Hartley-Brewer (2004)

terça-feira, 3 de julho de 2018

EDUCANDO COM BERROS - RESOLVE MESMO PARTE 02


Qual a função do grito?


Vale sempre muito a pena refletir sobre como estamos conduzindo a educação das crianças. O grito tem acontecido com bastante frequência. Parece funcionar, mas ao mesmo tempo, o aprendizado das crianças não acontece e os gritos se repetem cada vez mais.
Funciona mais ou menos assim: as crianças começam a obedecer seus pais/professores somente quando os gritos aparecem, como se tivessem criado um espaço de tempo entre o pedido e o grito. O pensamento acontece desse jeito: "como sei que meus pais/professores ainda não gritaram, entendo que tenho ainda mais tempo para enrolar antes de fazer o que eles pediram". Essa é a reflexão da criança que, muito inteligente, percebe o nosso funcionamento e se adequa a ele.
O grito funciona como um grande susto. A criança sente a pressão, a irritação ou até mesmo a raiva e sai em disparada, assustada para fazer o que lhe foi gritado. No grito não absorve o que foi dito, por isso o pequeno volta a repetir esse mesmo comportamento até que mais um grito acontece. Ou seja, pais/ educadores passam a gritar todos os dias.
Além disso é importante pensarmos em qual mensagem estamos enviando quando gritamos. Existe uma listinha bonita que fala sobre o que aprendemos no jardim de infância e gostaríamos de destacar dois itens que todos os adultos deveriam levar muito a sério: respeite o outro e peça desculpas quando machucar alguém. As crianças têm uma sensibilidade enorme para perceber quando os adultos fazem exatamente o contrário do que dizem e, sendo assim, esses valiosos ensinamentos que estão apenas sendo ditos e não vividos, perdem muito de sua força.
É muito mais fácil para os pais/professores manterem o controle das crianças na base do grito, da opressão e do autoritarismo. Percebam que autoritarismo não é o mesmo que autoridade. Os pais/professores devem, sim, exercer sua autoridade (é preciso, inclusive), mas é essencial que eles tenham em mente que é imoral silenciar a voz da criança. É difícil, mas essencial, exercer a tolerância. Assim como a liberdade da criança precisa de limites para que não se perca na libertinagem, a voz dos pais/professores também necessita de limites éticos para que suas palavras não se tornem agressivas e machuquem as crianças.
Também é importante pensar que comportamentos mais agressivos, como o grito, podem contribuir para que essas crianças apresentem baixa estima, falta de confiança em si mesmas, medo dos adultos e dificuldades em estabelecer relações interpessoais. Podendo ser negada a possibilidade de desenvolver de uma forma saudável as estratégias para enfrentar as dificuldades que a realidade impõe. Já pensou se sempre que não nos sentirmos ouvidos vamos resolver isso através do grito?
Assim, um passo importantíssimo é cuidar de como nos comunicamos. Olhar nos olhos, ir até a criança e falar com o tom de voz baixo e firme, ter clareza e cuidado ao comunicar o que precisa acontecer. Isso facilita o dia a dia de todos os envolvidos nas tarefas necessárias e diminui o estresse.
Referências:
Faria, Daniella “Gritar não faz com que crianças aprendam com os erros”;
Varcelli, Ligia “O professor de educação infantil como promotor do desenvolvimento emocional da criança pequena”;
Psic. Fernanda Bortolotto
http://www.tempodecrescer.net/#!Texto-Qual-a-fun%C3%A7%C3%A3o-do-grito/czcz/54fdd11b0cf27b8ab251c05e

 
Professor, Não Grite Com Seu Aluno


Observo muitos professores, na beira do abismo do stress, tentando fazer com que os alunos os escutem e aprendam aos berros. Fico me perguntando, como acreditam que eles vão aprender algo agindo dessa forma? Sabem eles que isso gera um enorme constrangimento ao aluno? Sempre leio nas redes sociais: “gritos não educam”, também entendo que não ensinam. Então, pra que gritar? Não sou professora, entendo o lado “de saco cheio” que muitos possuem, porém, também entendo que de nada adianta reclamar da turma. A válvula de escape de muitos professores é o grito, mas vamos lá, o que pode causar tanto stress numa turma?
Quando questionados sobre afetividade, muitos professores alegam que são afetuosos com seus alunos, e eu acredito nisso. Mas, por que também não o ser na hora das atividades? Que, diga-se de passagem, é a hora mais importante. Seja do ensino infantil ou do fundamental, ser afetuoso vai além do abraçar quando chega ou se despedir quando vai embora. No ato de ensinar precisa ter uma dose também, e das grandes!
Gritar com uma criança é algo assustador, tanto para quem está do lado dela quanto para a própria criança. Muitas vezes ela não vai entender que o grito é para educá-la, até porque nenhum grito é bem vindo numa relação. Quando a criança é pequena o que pode se desenvolver é um medo ou uma vergonha, dependendo a situação que gerou o grito. Já com as maiores, podemos pensar que se desenvolverá uma raiva, uma irritação pelo constrangimento que foi gerado. São muitos os professores que berram com um determinado aluno na frente de outros, e isso não é uma coisa agradável. Crianças também se sentem constrangidas e isso afeta todo o sistema social delas!
Se queremos desenvolver cidadãos que respeitam e que acreditam no futuro precisamos mudar alguns hábitos nas salas de aula. Sei que pode ser difícil, mas acredito que não é impossível. Se você, professor, acredita que ‘gritos não educam’, acredite que também não ensinam. Pois realmente não ensinam! Desenvolvem-se os medos, as vergonhas, culpas desnecessárias e irritação, que prejudicam, que atrasam e que ficam guardadas como rancores de uma aprendizagem mal sucedida. A atividade, que era para ser algo inovador, se transforma em algo assustador e aí as dificuldades aparecem. Outra coisa que pode aparecer também é a violência, que mais tarde, pode ser uma via de escape do aluno.
Eu sou psicóloga e acredito na capacidade de mudança do ser humano, acredito que ele pode, se ele assim desejar. Acredito que podemos mudar um mundo inteiro, se mudarmos nossas atitudes com a infância. Vemos tantas notícias ruins de alunos que agridem seus professores que fico pensando o quão pior ainda pode ficar. Acredito que se tornarmos a aprendizagem mais afetiva, os alunos confiarão mais e acreditarão que são capazes de aprender.
O que grito faz é totalmente o contrário: bloqueia, diminui a autoestima e a motivação do aluno. Quer gritar? Que sejam gritos de alegria, com muita gargalhada. E não gritos de humilhação e medo.
Psi Stephanie Machado Barbosa
https://stephaniepsi.wordpress.com/tag/gritos/



ENSINAR, APRENDER, APREENDER E PROCESSOS DE ENSINAGEM
Léa da Graças Camargos Anastasiou


Sabe-se que o modelo jesuítico, apresentava em seu manual, Ratio Studiorum - datado de 15991, os três passos básicos de uma aula: preleção do conteúdo pelo professor, levantamento de dúvidas dos alunos e exercícios para fixação, cabendo ao aluno a memorização para a prova. A aula é o espaço onde o professor fala, diz, explica o conteúdo, cabendo ao aluno anotá-lo para depois memoriza-lo (a partir daí surge o aluno 'preguiçoso, sem estímulo).
Toma-se, assim, a simples transmissão da informação como ensino, e o professor fica como fonte de saber, tornando-se o portador e a garantia da verdade.
Assim, se eu expliquei um conteúdo, mas o aluno desse não se apropriou, posso dizer que ensinei, ou apenas cumpri uma parte do processo? Mesmo tendo uma sincera intenção de ensinar, se a meta (a apreensão, a apropriação do conteúdo por parte do aluno) não se efetivou plenamente, como seria necessário, ou esperado, para prosseguir o caminho escolar do aluno, posso dizer que ensinei?
Trabalhando com os conhecimentos estruturados como saber escolar, é fundamental destacar o aspecto do saber referente ao gosto ou sabor, do latim sapere – ter gosto. Na ensinagem, o processo de ensinar e apreender exige um clima de trabalho tal que se possa saborear o conhecimento em questão. O sabor é percebido pelos alunos, quando o docente ensina determinada área que também saboreia, na lida cotidiana profissional e/ou na pesquisa e socializado com seus parceiros na sala de aula. Para isso, o saber inclui um saber quê, um saber como, um saber porque e um saber para quê.3

EDUCANDO COM BERROS - RESOLVE MESMO PARTE 03

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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

EDUQUE COM EDUCAÇÃO - O QUE TODO GESTOR E PROFESSOR DEVERIA SABER

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EDUQUE COM EDUCAÇÃO




Para todas as coisas existem duas maneiras de se resolver bem os assuntos,
1- A maneira eficiente
2- A maneira eficaz

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA

A maneira eficiente é a solução para o momento, extremamente necessária, mas fugaz, efêmera.
Na escola, um berro, um sermão, uma limitação, um castigo, etc.

A maneira eficaz é a solução permanente. Exige-se projeto, plano. Exige participação das pessoas envolvidas no ambiente com a certeza que serão ouvidas. Exige tempo para se determinar a melhor solução, que seja a mais simples e duradoura. Exige a participação dos envolvidos na aplicação das ações determinadas pelo grupo e organizada pela direção. Na escola, a solução principal é a conversa contínua, respeitosa, mas repetida até o excesso, ou seja até que haja respostas concretas ao problema.

ENSINAR E EDUCAR

Ensinar é transmitir conhecimento e usando raciocínio lógico, produzir uma compreensão seguida de um convencimento intelectual na mente do aprendiz. No ensinar basta que o aprendiz demonstre a certeza de ter assimilado o conhecimento administrado com destreza pelo ensinador. Ele entendeu o assunto, mesmo que não aplique em sua vida.

Educar é um segundo nível. É quando aprendiz passa a aplicar e se acostuma a isto. Ele torna-se educado quando, depois de tantas vezes aplicar o conhecimento, lhes é fácil, pois já incorporou este em si mesmo.

O “ENSINAR”

Há diversos meios de se ensinar. E há armadilhas a serem evitadas. O melhor método ainda é deixar o aprendiz chegar a conclusões baseadas em seu próprio raciocínio, e para isto basta que o ensinador o auxilie em levá-lo ao rumo certo e a conclusões acertadas e verdadeiras. O ensinador fornece a estrada, mas é o aluno que define seu destino. O Ensinador não passa o conhecimento, nem dá as respostas. 
Primeiro ele estimula o aprendiz a querer saber. Depois ele, através de perguntas inteligentes, deixa que aprendiz chegue às conclusões por si mesmo, entendendo plenamente o conteúdo daquele conhecimento. Por quê, quando e onde são perguntas que se constituem ainda o melhor método de ajudar o aprendiz a “buscar” o conhecimento e é a própria mente do aprendiz que vai chegar a este. 
As armadilhas acontecem quando o ensinador dá dicas, responde as perguntas, dá o fonte de pesquisa, ou pior, faz um discurso “esclarecendo” dúvidas do aprendiz. Neste caso o ensinador está fornecendo erroneamente o destino sem dar oportunidade ao ensinado de trilhar qualquer estrada. Como se pegasse o ensinado e colocasse direto no destino, ele nunca verá a estrada. O destino cabe somente ao aluno, mas o ensinador ajudará o aprendiz a achar o caminho. 
 
Por aí se vê que o Brasil está longe de 'ensinar com qualidade'. Professores desandam a falar sem parar para uma turma inteira achando que estão "ensinando". Depois perguntam a turma toda: Todos entenderam? E todos, numa só voz respondem: Sim, todos entendemos!



O “EDUCAR” É UM PROCESSO

Já o “educar” é muito mais sublime. É guiar e conduzir, é ajudar alguém a aplicar conhecimentos e padrões de comportamentos (note-se aqui "padrões"). Levar a ações de civilidade.
É a repetição do aprendido que leva uma pessoa a acostumar a fazer e assim se educar. Ainda que um fonte de educação externa possa encaminhá-lo, obrigá-lo até mesmo, o educar é algo próprio do aprendiz, é quando ele se apropria por si mesmo, se veste, do conhecimento. Mas é pela prática voluntária que ele se educa. Ele talvez não consiga fazer isto por si mesmo, precisando de um educador para apoiá-lo e incentivá-lo. Mas no fim, ele é que vai absorver pela prática e tornar isto intrínseco em si mesmo, como que fazendo parte inerente dele. Educar-se então, nada mais é do que a pessoa se acostumar a fazer algo que aprendeu um dia. O educador irá incentivá-lo à pratica, mas é o próprio aluno que vai internalizar em si mesmo, pela prática, a conduta desejada.

Depois de aplicar aquele determinado conhecimento em tantas ocasiões, chega uma hora em que ele aplica muitas vezes sem mesmo perceber. Como quem aprender a dirigir automóvel, exige-se memória para guardar os passos, coordenação para seguir a sequência desde a ignição até o passar a das marchas na velocidade e rotação correta, coisa que o motorista mais experiente mal percebe que faz por tantas vezes que já fez.
É o caso do atleta que repete incessantemente algum movimento de modo que na competição ele faz com muita facilidade o que tanto treinou.

Exemplos mais simples:
O motorista “aprendeu” que ao sinal vermelho deve parar, mas ele nunca faz. Ele sabe, mas não aplica. Ele foi ensinado, mas não educado. A repetição de multas irá educá-lo.
Ouvimos adultos muitas vezes repetindo expressões dos pais porque ouviram a vida inteira estas de modo que foram incorporadas neles. Usam as mesmas palavras para ensinar seus filhos e, conforme repetem tantas vezes da mesma maneira, educam seus filhos.

Usamos o termo "educação" também para nos referir a ser respeitoso e agradável.

Mas note-se que "educar" é praticar um conhecimento até acostumar, portanto este conhecimento pode ser bom ou mal. Se o jovem estiver exposto a um ambiente de violência, desrespeito e crime, ele estará se educando, ou incorporando em si mesmo, violência, desrespeito e atitudes criminais.

A TV pode "educar" a criança a fazer o bem ou o mal.
Veja:  A deseducação educativa


A ESCOLA ENSINA, NÃO EDUCA!

- "A escola ensina, não educa!"
E quem educa? Os pais educam!
Nada poderia ser mais longe da verdade.

Os pais tem a obrigação de ensinar e educar.
A escola tem obrigação de ensinar e educar.
A escola deseduca quando trata sem educação, aos berros por exemplo, seus alunos. Deseducar: fazer perder a educação.


Perguntamos então: A escola não tem então a missão de entregar um cidadão educado à sociedade? Entregará um cidadão sem educação, sem virtudes? E no próprio ambiente escolar, não se cobra “educação”, boas maneiras, respeito aos direitos de outros, respeito aos professores, respeito ao regimento escolar? E fazendo assim, não participam também da construção do "caráter" em seus alunos?

Se aluno não teve o ensino "moral" correto em casa, ou a "formação do caráter" em seu lar, irá a escola se eximir de fornecer "educação"?
Na verdade, respeito, "educação", não se cobra somente, se cultiva pela repetição de admoestações.


Cartazes em paredes na escola com "as palavras mágicas" como obrigado, com licença, desculpe, etc, e admoestações de professores e diretores com objetivo de ajudar alunos a se comportarem certamente mostram que "educar" é mais do que obrigação da escola, e também é inevitável pois tendem a se amalgamarem com demais obrigações da escola.

Muitas vezes parece que os adultos pensam que a criança sabe distinguir o certo do errado. E quando erra, é por querer, sabendo que está errada, é mal educada mesmo, assim basta um grito, um sermão ou uma bronca para realinhar a criança aos trilhos.

Na verdade, quando uma criança pratica uma ação indesejada, ou ela não sabe do erro ou ela sabe e não tem controle sobre o mesmo (como também acontece com adulto).
Não adianta o adulto cobrar, dar bronca ou sermão.

A coisa certa a fazer é ajudá-la a entender e oferecer sua mão (ali e nos dias a frente) para que desenvolva um novo costume desejado.

Bons costumes, respeito, ética e caráter, são adquiridos pela repetição de palavras respeitosamente faladas com firmeza, tanto no lar da criança como na escola, ou em qualquer outro lugar apropriado. Nunca aos berros e sem controle, ou através de sarcasmo.
Sermões descontrolados não educam, voz alta muito menos.
É a repetição de maneira respeitosa que faz isto!





INCIVILIDADE NA  ESCOLA

Quando os níveis de indisciplina se tornam preocupantes, é hora da comunidade escolar parar, sentar, debater o assunto. Mas, . . . não é função do diretor sair berrando pelos corredores, pelo refeitório, ou fazendo ecoar o que se faz na sala - professores berrando com alunos?
Não, não mesmo, isto só deseduca. Pode até ser eficiente no momento, mas o mal que provoca a longo prazo é enorme.
 
Se berros e sermões fossem verdadeiramente eficazes, por que os anos se passam e os berros continuam para os mesmos alunos?
Os alunos não sabem que foram desrespeitosos?
Eles sabem! Precisam agora praticar por um bom tempo, mesmo que sob alguma pressão, até se acostumarem a aplicar o que já sabem muito bem. Broncas e sermões jamais atingirão este objetivo, é pura perda de tempo, porque vêm de fonte externa e não internalizam na mente do aluno. Vire as costas e aluno não muda nada seu proceder, só que agora escondido do adulto.
 
É como um banheiro com vazamento em que um funcionário age eficientemente ao concertá-lo. Todo o dia ele põe um esparadrapo no furo. É eficiente, mas não é nada eficaz! Não resolve de vez por todas.
E quanto aos alunos comportados que se acostumam a ouvir berros por parte de adultos? Alguns sofrem traumas emocionais e passam a odiar o ambiente escolar e ninguém descobre o que se passa naqueles corações. Outros passam a comportar-se mal também, e passam a berrar com colegas e em casa com pais.. E os mal comportados, continuam mal comportados por anos. É eficiente porque sana o problema para aquele dia. Noutro dia. . .
 
Alguns educadores parecem acreditar que os conflitos sejam ocorrências atípicas. . . Diante das brigas e atritos, esses educadores sentem-se inseguros. . . sentem-se despreparados para realizarem intervenções diferentes de conter, punir, acusar, censurar, ameaçar, excluir, ou mesmo ignorar... Assim, acabam por educar moralmente agindo de maneira intuitiva e improvisada,
pautando suas intervenções principalmente no senso comum”. (VINHA,T.P., TOGNETTA, L.R.P.)


SOLUÇÃO 'EFICAZ'

Quando a Diretoria assume sozinha esta responsabilidade de cuidar da indisciplina escolar, os demais passam a se eximir da mesma. As paredes das salas passam a ecoar: “Fulano, se você não se comportar, vou te levar à diretoria”.
Mas quando o grupo senta, estuda e debate o assunto, surgem ideias e ações interessantes, simples na maioria dos casos; também aparecem planos de média duração em que todos se prontificam a colaborar com alguma parte. O trabalho unido com objetivo específico comum, tira dos ombros da direção o peso, pois este é compartilhado. A direção fica com a incumbência de apenas organizar e conduzir o plano.
 
Se o plano contemplar ações já em sala, mais da metade dos casos nem chega até a direção como problema, mas como algo já solucionado.
Talvez uma primeira ação possa ser o de identificar quais alunos são indisciplinados contumazes, e daí identificar também as causas, sejam familiares, seja de algum incômodo na própria escola. Sim, às vezes a própria escola fornece o solo fértil para o crescimento da indisciplina.
Neste passo deve-se identificar quais alunos são causa e que alunos são apenas seguidores de outros, estando sempre à sombra dos verdadeiros indisciplinados. Daí o plano fica mais simples, pois basta afastá-los dos mesmos. No fim, ficam os problemas concretos.
Veja o passo-a-passo em: Problemas de comportamento: os 5 passos da disciplina

Para que as escolas possam solucionar todos suas dificuldades na escola, não importa quais sejam estas, o MEC fornece um formulário chamado "análise dos critérios de eficácia escolar". Escolas que preenchem este e fazem exatamente como se sugere ali têm todos seus problemas resolvidos com "eficácia". 
Veja consideração sobre esta ferramenta no link: QUALIDADE DE ENSINO E A AUTO AVALIAÇÃO ESCOLAR


EDUQUE COM EDUCAÇÃO

Deve fazer parte deste plano de ação substituir berros e sermões, por repetidas conversas, inclusive dando oportunidades para alunos se expressarem sobre o assunto. A maioria das conversas deveriam ser particulares em tom baixo e respeitoso, sem ameaças, não em público, não importa quantas vezes necessárias.
 
Quem poderia achar que, usando de má educação, berrando, usando de sarcasmo, talvez até palavrões, se possa 'educar' alunos?
Educar sendo mal educado? 
 
- Mas conversar não adianta!
Na verdade é aí que está a diferença entre ensinar e educar.
O 'ensinar' pode envolver uma ocasião apenas, mas inevitavelmente o 'educar' sempre exigirá tempo e repetições, pelo que envolve o termo. Em geral todos os alunos já estão ensinados, já sabem o que é certo.

A maioria do atos de indisciplina não acontece deliberadamente no coração do aluno. Ele não sai de casa com planos maus, nem arquiteta ações maldosas. Mas, alunos mal educados, ou seja, que não estão acostumados a agir com o conhecimento que já têm, 'sabem mas pouco aplicam', se envolverão em situações do momento, sem planejamento e vão agir mal. Outro que os acompanham, sem perceber, vão agir do mesmo modo. Depois é que irão se conscientizar da gravidade, ou mesmo quando alguém conversar com eles.
Por que, não sabiam?
Sabiam, mas no momento, com aquele vírus do ser humano de querer agradar seus pares, irão arriscar e agir mal para pensar depois.
Havia um menino com seu grupo, e algum colega desafiou: - “Duvido que você jogue uma pedra em algum carro que passa na BR”. Ele jogou! Na hora nem pensou o que poderia acontecer. Uma pedrinha tão pequenininha! Não sabia? Claro que sabia que podia acontecer algo errado mas tinha pouca noção disto. A pedra quebrou o para-brisa dum automóvel em alta velocidade e quase houve um acidente grave. Mais tarde foi conscientizado da gravidade do ocorrido.

Fato é que sempre dar sermões e às vezes grosseiramente, ou 'mal educadamente', simplesmente não resolve. Não educa.
No momento que a maioria do grupo, e aqui pode se referir até a agentes de alimentação e agentes de limpeza, passam a tratar com educação, começa a acontecer uma mudança incrível.



O MUNDO DESEDUCA

Pense em quantas maneiras os alunos estão sendo deseducados fora da escola. Pense em quanto tempo ficam expostos a agentes que os deseducam. Na verdade, os educam para o mal caminho.

Filmes violentos, especialmente brasileiros, lutas de MMA, novelas, jogos infantis violentos, desenhos de TV infantis violentos, pais que falam palavrões e berram com filhos, e a internet mal usada.
A escola acaba sendo um pequena ilha onde se poderia admitir que o 'deseducar' estivesse ausente.
Mas subentende-se que os alunos deveriam vir de suas casa, vir do mundo, para a escola, já educados, e que a escola não tem este papel.
Se assim for realmente, diga adeus à educação!
 
Pelo contrário, ali na escola têm as pessoas melhor capacitadas, devidamente formadas, pedagogos, inclusive psicopedagogos, e devem, no mínimo, tratar com educação em todos os momentos. Pelo menos para dar algum exemplo diferente do que eles têm fora da escola.
Ainda existem aquelas famílias que educam bem seus filhos. Não admitem palavrões, conversam gentilmente com eles, treinam, falam amorosamente, cuidam deles. E eles reagem bem. Então eles vão à escola e lá observam adultos tratando alunos indisciplinados com berros, com sarcasmo e grosseria. . . Desaprendem o que pais ensinam.



PERDENDO AUTORIDADE

Berros e palavras ríspidas e ácidas (sarcásticas) demonstram total falta de autoridade. Ora, se a diretoria, ou professores, tem autoridade, não precisa ameaçar nem levantar a voz. Pense num juiz: ele calma e firmemente dá voz de prisão. Jamais aos berros.
A escola reúne uma característica bem interessante: junta pessoas de diversas formações, crianças de diversas personalidades, raciocínios, temperamentos em um mesmo ambiente. Isto significa que uma hora ou outra inevitavelmente surgirá uma discussão, até uma briga, troca de insultos, peraltagens. Mesmo aqueles tidos como excelentes alunos podem sucumbir.
Mesmo assim não há razão para profissionais adultos perderem a paciência e se estressarem. Todos os assuntos podem ser resolvidos com calma e "eficácia".
 
Nunca vi um médico gritando com pacientes teimosos, ou comerciantes xingando seus clientes, ou advogados dando uma bronca em alta voz em seus clientes, culpados ou não.
Não há razão para isto. Os alunos são os clientes, mesmo em escolas públicas!
Antigamente os professores faziam tudo que podiam e quando aluno ainda assim era indisciplinado, os professores deixariam este para repetir o ano. Hoje, se um aluno não corresponde as expectativas, os profissionais podem ficar estressados, podem gritar, dar sermões, até ficarem doentes.
 

QUAL É O PLANO MESMO?

Como parte de um plano mais concreto de conversar repetidamente sobre os mesmos assuntos, toda a segunda feira, cordialmente, usando raciocínio e bondade, sem se exasperar, o educar acontece. Pode demorar um ano, mas uma vez resolvido, é duradouro e 'eficaz'. É simples assim. Talvez para o resto da vida do aluno.
Mas já foi conversado! Portanto, ele já está “ensinado”, não “educado”. O “educar” virá com as repetições das conversas. Conversar muito! Funciona, ninguém se estressa e é solução duradoura para o resto da vida do aluno. Poderá fazer a diferença quando um adulto responsável, cidadão equilibrado surgir para construir o futuro da nação.
 
CONFLITOS - OPORTUNIDADES PARA EDUCAR
 
Em escola modernas, construtivistas, os profissionais ficam felizes quando acontece um conflito entre alunos pois surge então uma excelente oportunidade para "educar". Jamais significa que adultos irão resolver os conflitos, mas poderão ajudar os alunos com sugestões para que eles mesmos se resolvam. E cada vez que se resolvem, se "educam" ou ficam experimentados em resolver conflitos por eles mesmos sem interferência de adultos.

ESTRATÉGIAS

Muitas vezes podemos trocar berros, estresse, por estratégias.

Às vezes o problema pode ser resolvido com ações mais locais. Por exemplo, um caso em que alunos correm por determinado corredor, ou setor em que não deviam estar, em vez de sempre ter que admoestar e recorrer ao berro pode ser melhor solucionado por restringir a passagem àquele setor, e ponto.
 
Estratégias são ações que automaticamente resolvem situações difíceis. Por exemplo, em uma sala em que alunos ficavam virando para trás, ou sendo cutucados tempo todo pelo coleguinha detrás, a professora mudou as carteiras para um circulo e acabou o problema, sem estresse.

 
O AMBIENTE FAZ DIFERENÇA?

No aprendizado o ambiente faz muita diferença. Numa sala barulhenta, a capacidade de concentração e absorção de conteúdo fica negativamente afetada. Assim, se houver barulho de uma serra elétrica ou parafusadeira em uma construção próxima, ou algum aparador de grama, a aula sofrerá mais tanto quanto mais alto seja. Além de qualquer irritação, o aprendizado em si sofrerá concordemente.
 
Não é incomum se ver uma sala com alunos barulhentos e uma professora dando  aula com voz alta e reclamando que os alunos não entendem o que ela explica, apesar de ter repetido a mesma coisa várias vezes.
 
Quando o educador consegue acalmar a turma e observa que alunos não estão entendo realmente o que explicou, ele chega perto do aluno e faz uma verificação da dificuldade que este tem e explica em tom agradável de maneira que o educando sinta real interesse.
É incrível como é constante estas situações de estresse e o professor continua sua aula, briga, dá bronca, se altera, e culpa os estudantes de não colaborar, e se passam os dias e nada muda.

Uma outra situação que pode ser pensada diz respeito a soma dos volumes de muitas vozes conversando. Alunos são reunidos numa sala de aula, ou num pátio fechado onde haverá apresentação de algum evento. Muitas vezes são eventos felizes em que alunos expressarão suas emoções. Alguma vezes, as crianças receberão presentes como no natal ou  páscoa.
Em determinados momentos o diretor ou quem administra o ajuntamento começa a dar bronca porque as crianças (e adolescentes) estão falando tão alto, todos ao mesmo tempo.           
-"Eu não entendo porque esta gritaria, todo mundo falando ao mesmo tempo!"

Mas não é difícil de entender porque acontece isto.
Veja esta página: POR QUE ALUNOS FALAM TÃO ALTO QUANDO ESTÃO AJUNTADOS?



PAIS, TOMEM PROVIDÊNCIAS

Em ocasiões em que se chamam pais tem que se ter em mente que, se a escola não consegue lidar com assunto de indisciplina, provavelmente os pais terão menores condições ainda. Na escolas tem profissionais altamente gabaritados, formados, pós graduados, mestres e até doutores.
 
Os pais muitas vezes mal tem o ensino médio. Jamais foram a uma escola que os ensinou como criar seus filhos. Muitos jamais foram chamados para criar o regimento escolar e mesmo que tenha acontecido isto, eles não têm o que fazer pois não estão na escola para controlar seus filhos, responsabilidade esta dos profissionais escolares. Talvez uma surra (claro que não!). Ou melhor, conversar muito.
 
E por que este 'conversar muito' não pode ser o primeiro passo que a própria escola tome? Por que sempre tem que ser no berro e na ameaça?
Quanto mais vezes os pais são chamados, mais o aluno passa a ser estigmatizado como aluno mal. Cria-se um ciclo vicioso: O aluno taxado como mal, passa a agir sempre mal. Quem e como será quebrado este ciclo antes que o mesmo se torne adulto, um bandido talvez?
Pais devem ser informados sim, mas que seja de assuntos mais graves e de preferência daqueles que a escola eficaz já conseguiu sanar.




QUANTAS RESTRIÇÕES!

Ainda há de se considerar que muitas vezes a escola tem restrições demais. Não há uma definição clara sobre as regras. Até pequenas indisciplinas recebem reações exageradas. 
Então, o grupo de profissionais, não só a diretoria, precisa examinar as regras e definir quais são as mais graves e que precisam de intervenção. Pequenas ações de indisciplinas, se não forem frequentes, devem ser relevadas. Mas tem de haver uma definição para que todos trabalhem em uníssono.
Às vezes acontece que falhas graves hoje são relevadas, amanhã recebem exageradas intervenções e assim há aquela confusão na mente dos alunos.

REGRAS BEM DEFINIDAS E ADMINISTRADAS

Também há o excesso de regras. Dependendo do dia, a professora não está em seus melhores dias, o aluno não pode olhar para o lado que recebe uma bronca. Assim, diminuir a quantidade de regras e montar um grupo de ação para resolver faltas mais graves, facilita em muito a vida de todos na escola.
 
Ainda há aqueles professores e professoras que já chegam irritados. Enquanto um professor calmo, tranquilo, administra uma aula prazerosa com a colaboração de todos, aquele professor que o precede chega irritado, sempre tem aquela mesma turma inquieta e comenta com outros que sua turma é indisciplinada. Mas ele não consegue vislumbrar as causas disto. O grupo, com visões externas pode fornecer aconselhamento equilibrado e gentil a este professor, e mudar a vida desta turma.


Na classe autocrática, as regras existentes e que eram impostas pela professora visavam ao bom comportamento e ao controle. Em nome da disciplina, da “aprendizagem” ou do bom andamento dos trabalhos eram tomadas determinadas medidas autoritárias e impostas regras abusivas, como, por exemplo, querer que as crianças ficassem sentadas em silêncio após concluírem suas atividades ou ainda fixar um horário antes e depois do recreio para irem ao banheiro e beberem água. Outros exemplos de normas abusivas: as crianças não deviam conversar ou somente deviam fazê-lo quando solicitado pela professora; ficar sentado todo o tempo de duração das aulas; não ficar se movimentando pela sala; estar sempre atento; não ficar fazendo outra coisa que não seja aquilo que a professora tenha mandado, etc. As normas não precisavam ser compreendidas, mas obedecidas. Não eram necessários bons argumentos que justificassem a necessidade das regras; bastava a demanda da professora, que reforçava a submissão e a obediência acrítica.
 
Para manter a obediência, conseguir o silêncio e o bom comportamento, a professora valia-se de ameaças e sanções expiatórias, como, por exemplo, deixar as crianças sem o recreio ou retirar a educação física, realizar cópias, encaminhá-las para a diretoria ou contar aos pais. . .”
Observou-se nessa classe, como em inúmeras outras classes de outras escolas, a necessidade de um controle demasiado por parte da professora, que demonstrava querer legislar sobre quase tudo. Os educadores pretendem determinar como os alunos devem se vestir. . . como devem se comportar. . . e como usar os materiais. Ficam atentos às menores “transgressões”, considerando quase tudo como “desrespeito” à figura do professor: . . . 
 
De forma contraditória, tentam ser rigorosos com os alunos, mas são bastante condescendentes consigo próprios,tanto em relação ao exemplo que dão, quanto em relação ao seu comportamento quando estão no papel de alunos ao fazerem cursos…
Muitos professores e pais brigam com suas crianças, obrigando-as a cumprir essas regras absurdas, sem ao menos pararem para refletir se elas são de fato necessárias para ordenar
as relações ou para o processo de aprendizagem, e se são justas e respeitosas.”

(Considerações Sobre As Regras Existentes Nas Classes Democráticas E Autocráticas – 2006 –Telma P Vinha e Luciene Regina Paulino Tognetta)

Mas como mensurar que regras serão apropriadas para tipos de ações que correspondam bem a cada situação? Procure por artigos de Telma Vinha na internet. Seus artigos estão em UNICAMP.



Um deles é o “CONSTRUINDO A AUTONOMIA MORAL DNA ESCOLA”, onde é considerado como avaliar "regras tolas e desnecessárias".

". . .a resolução rápida desses conflitos. Educadores transferem o problemas para a família ou especialista; dão as soluções prontas; utilizam mecanismos de contenção e punições; incentivam a delação; culpabilizam; admoestam, associam a obediência à regra ao temor da autoridade, ao medo da punição, da censura e da perda do afeto."

Outro é o citado anteriormente: "Considerações Sobre as regras ..."

Como elaborar estas regras? Quem elabora? Quais princípios estão por trás das regras? Como são aplicadas as regras? Sabem os adultos diferenciar os tipos das regras, em que momento aplica cada tipo e como? E os alunos?

Toda escola deveria ter imprimido em papel estas matérias, e sempre considerar em suas reuniões. É um texto de fraseologia simples e de fácil entendimento, mas muito profundo e prático para a vida escolar.

Veja vídeo sobre: MEDIANDO CONFLITOS NA ESCOLA 


BENEFÍCIOS DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
O estresse produz diversas doenças, inclusive o câncer. Acaba com o prazer de ensinar. Deixa o profissional agitado, que acaba sendo ríspido com outros profissionais e com família em casa.
Mas, pode se acostumar ao ambiente agitado da escola e o estresse fica oculto. Depois vem o atestado médico. Vêm outras dores que não sabemos de onde. Os anos passam.
Até que a escola, através de um Conselho Escolar, começa a fazer mudanças. Ajusta o regimento para sua escola, não um feito por agentes externos a ela, nem a prefeitura ou estado. A paz, o bom andamento, a saúde dos profissionais, melhoram.
O aproveitamento do alunos melhora, o companheirismo entre alunos e com profissionais também. A qualidade de ensino aparece.
 


O CONSELHO ESCOLAR

A presença atuante do CONSELHO ESCOLAR é vital para a paz escolar, assim como libera os diretores dum peso enorme. O CE tem exatamente esta função.
Regras de disciplina devem ser criados com muito estudo e com participação de todos. 
Uma diretora não pode, do nada, simplesmente resolver que tal coisa tem que ser assim. 
Também, não se pode tratar uma indisciplina dum modo esta semana, e na outra tratar de outro jeito diferente, como um carro sem rumo.
 
O CE deve, em suas reuniões, definir que indisciplinas acontecem e determinar que plano específico colocar em ação com apoio de todos. Este plano só vai mudar quando o CE se reunir novamente e chegar, como grupo, a conclusão que se deve mudar por alguma razão de ineficácia do plano.
 
E quando CE se reúne, os envolvidos já devem ter o assunto discutido antecipadamente com seus pares para que a reunião não seja com base em 'achismo'. Se não houve o adiantamento do assunto, que a reunião sirva para dar início ao processo de juntar informações e numa próxima reunião, com sugestões nas mangas, devidamente estudados, todos possam contribuir com qualidade na solução do problema.
Junto da solução, o CE definirá como serão todos avisados, quem vai coordenar o plano, que pode ser o diretor, ou não, e, em quanto tempo se espera primeiros resultados para que haja uma reunião para reconsiderar se o plano continuará funcional e eficaz, ou haverá mudanças para torná-lo melhor. Ou mesmo trocar de plano.
 
O funcionamento do CE é explicado melhor no link abaixo.
Este texto foi baseado no vídeo da Professora Cientista Telma Vinha e no curso de Conselheiros Escolares do Governo Federal:MEDIANDO CONFLITOS NA ESCOLA.

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J á na infância, acabamos descobrindo que não existe Papai Noel. Depois descobrimos que Jes...